segunda-feira, abril 02, 2012

Bons Ares - 21.03 - Puerto Madero

Logo cedo fomos ao Centro resolver umas questões burocráticas do apartamento: havíamos acertado apenas sete dias e queríamos alongar a estadia por mais 3. A burocracia, na verdade, foi zero. Pagamos o proporcional a cada dia (sem custo extra) e fomos super bem atendidos pela moça da BYT. O esquema é organizado, eu indico! Além de ser uma maneira prática e segura de ficar hospedado em BsAs, o valor compensa, além do conforto: O ap vem todo equipado com toalhas de banho, lençois, secador, ferro de passar roupa, cofre e até sabonete!  Aproveitamos que já estávamos no Centro e fomos trocar uns dólares, dessa vez no Banco Piano, pois já havia passado das 15h. O Banco de La Nacion funciona até às 15h e o Piano até às 16h. Mais uma vez: papel da imigração em mãos!

Depois de tudo resolvido, partimos pra Puerto Madero a pé, fica pertinho do Centro! A idéia era ver o pôr-do-sol por lá, conhecer o local e depois jantar no El Mirasol ou no Cabana Las lilás. Estávamos com os dois na manga. Todos os livros turísticos indicam o Siga La Vaca, mas quando você procura saber direitinho, só escuta crítica. 







Chegamos lá, e, confirmamos o que mais se ouve: Puerto Madero é o oposto do restante de Buenos Aires. Enquanto que a cidade inteira é colorida com tons pastéis que oscilam entre o bege, o rosa e o cinza, Puerto Madero é uma grande metrópole, super moderna e espelhada! Arranha Céus enormes e muitas empresas grandes alojadas por lá. De cara, já avistamos a Ponte de la Mujer, onde o arco branco que passa por cima do canal simboliza o sexo feminino e as astes, o sexo masculino. Ao fundo, vemos os mais variados designs de prédios, um mais cheio de vidros do que o outro! Apesar de ser diferente do estilo antigo de Buenos Aires, é bem bonito.



É na beira desse canal que ficam os restaurantes chiques, na rua Alicia Moreau del Justos. E são muitas as opções, de perder de vista! 

Quando estávamos atravessando a ponte, umas meninas se aproximaram com a câmera delas e tentaram se comunicar. Entendi que era pra tirar uma foto delas. Quando peguei a câmera ela perguntou se podiam tirar uma foto com a gente. O mais engraçado foi a cara de envergonhada, e, ao mesmo tempo, de empolgação que elas ficaram ao tirar essa foto! Depois que saímos ficamos achando que elas confundiram a gente com algum famoso! Vai saber! Passei uma semana inteira ouvindo que pareço a atriz de O Artista. rs


Andamos por Puerto Madero e passamos por um campo onde pessoas andavam de skate e etc. Buenos Aires se assemelha muito com o Rio no que diz respeito a prática de esportes: o tempo inteiro, não importa a hora ou dia da semana! 


O dia começou a cair, trazendo com ele um tom roseado no céu. Afora a poesia, trouxe também um punhado de fome! Atravessamos de volta e caminhamos por toda a Calle Alicia M. Del Justos atrás do nosso restaurante! Primeiro passamos pelo Cabana Las Lilás, mas achamos meio esquisitinho. Seguimos pela rua e lá no final tinha o El Mirasol, bem mais convidativo. E foi lá que ficamos!


provolleta










De entrada pedimos a primeira Provolleta da viagem. Se soubesse que era tão gostosa, teria começado a pedir antes, mas tudo bem, teve tempo pra isso! Provolleta nada mais é do que o queijo provolone na chapa com orégano e azeite. Mas parece que eles fazem de um jeito que fica uma coisa! Como pedimos uma entrada, perguntei ao garçon se o cobierto poderia ser descartado e ele explicou que até poderia, mas seria cobrado do mesmo modo, pois é uma tradição dos restaurantes portenhos. Todos eles cobram o cobierto. Foi bom esclarecer essa questão, pois até então não sabíamos se era obrigatório ou não, pois sempre comemos e então sempre pagamos sem questionar. Acho que já falei, mas o cobierto varia entre 8 e 15 pesos por pessoa.







Pedimos um Ojo de Bife e uma Colita de Lomo. Tava muito, muito, muito bom! Tanto que precisei perguntar para o garçon qual era o segredo para a carne argentina ser tão absurdamente macia e saborosa. Ele então explicou o óbvio: A Argentina, como vimos lá de cima do avião, é um lugar rasteiro, diferente do Brasil que tem muitas montanhas. Desse modo, os pastos são retos, e, consequentemente, os animais se exercitam menos e possuem uma carne macia! Tá explicado! Quando cogitei pedir uma picanha, ele retrucou: "você viaja quilometros e quilometros pra comer picanha que tem no seu país???" Então tá,né? 






Usufruimos daquele jantar delicioso com vista para o canal todo iluminado, mais brega romantico impossível! Depois aproveitamos as luzes da cidade para tirar umas fotografias noturnas! Tomamos um café em uma cafeteria que não lembro o nome e seguimos para Palermo, na expectativa de pegar o Supermercado Disco aberto. Ah, é! O namorado compartilha da mesma paixão por supermercados, ainda mais os elaborados. Podemos passar horas passeando pelas prateleiras atrás de uma cerveja ou um tempero diferente, e foi exatamente isso que fizemos! A questão é que ao invés de "uma cerveja diferente", nos empolgamos e compramos bem umas dez cervejas diferentes de várias regiões do mundo pra experimentar! 


detalhe para o mini chandon rose!




Também pudera, enquanto que no Brasil pagamos uma média de 11 até muitos reais em uma cerveja importada, lá encontramos várias (que sequer conhecíamos) por uma variação que ia de 7 a 11 pesos. Essa valor convertido pra real sequer paga a Antartica Original do boteco da esquina de copacabana! Fizemos a farra mesmo! Aliás, não só com cerveja: aproveitei e dei uma de fina, comprando chandon mais barato que Salton. Tá bom, né?


Na ponta do lápis:
Jantar no El Mirasol - 340
Cafezinho - 10
Festa no supermercado - 200



Um comentário:

Namorado Porteño disse...

Que beleza acompanhar estes posts! E reviver esses momentos mágicos! A riqueza nos detalhes das suas descrições faz provoca todos os meus sentidos!

Eu quero é mais!

beijo, namoriña!