sexta-feira, abril 26, 2013

Sobre pontes, cadeados e bicicletas

 

Paris

pra você, mulher que não conheço, e que deu um pití estrondoso no recém marido por ele não ter feito o check in na Torre Eiffel.


Nada contra os casais apaixonados (ou não) que selam seu amor 'eterno' em uma ponte de Paris. Apesar de me perguntar quantos deles ainda permanecem juntos 'além cadeado', que é ad infinitum, não quero parecer descrente com o amor, muito pelo contrário, algumas vezes até penso que roubei o posto de último romântico do Lulu Santos. 


Romântico  mesmo é colocar sua garota no bagageiro enquanto ela te agarra a cintura e cheira teu cangote, selando ali o sentimento bom, o amor (ou o que quer que o valha), apenas  com os movimentos das mãos, sem chave e cadeado. Sem palavras, sem nada. 


Torre Eiffel em sí não é romântica, receber um postal de lá, sim.


O romantismo não é rico e nem carece de luvas (mesmo que não esteja frio)  pra sair bem no registro do instagram para os colegas verem e darem um like na sua pseudo felicidade deprimente. 


Paris, seus postes, o rio Sena e até aquela estrutura giga de ferro podem ser românticas. 


Paudalho também. 



Amsterdam



quarta-feira, abril 24, 2013

Em todo lugar

Pudera eu em um só trago te fumar
E depois ir te soltando aos poucos
Te vendo em estado gasoso
Partir com o vento da cidade
Pra onde quiseres ir
Malemolente e sem amarras

Pudera eu

quinta-feira, abril 18, 2013

Barça - 16.04.13




Se eu pudesse comer lugares, antes eu lamberia Barcelona inteira. Percorreria a língua por todas as esquinas, postes, ladrilhos, chafarizes, pessoas, plantas, monumentos, pitocos de rua. Como não posso, lambo os segundos, engulo e fico grávida de instantes. Quero parir não. Nem partir, Paris.
 
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Barcelona é lugar pra perder o costume, o juízo, a rota, o mapa, a hora, o vôo.  Lugar pra se perder e, principalmente, pra se achar.

quarta-feira, abril 03, 2013

Instante

Fiz um poema 
No meio da rua
Que não me esperou
Escre