sexta-feira, abril 06, 2012

Bons Ares - 23.03 - La Boca

Hoje a gente acordou sabendo que íamos para La Boca, último lugar do roteiro oficial de Buenos Aires que faltava conhecer. Mas acordamos bem sem pressa, e, sem pressa, levamos o dia. Levantamos, e, ao abrir a geladeira detectei que tínhamos bastante cerveja pra "degustar"! Tomamos um café da manhã só pra não ter aquela sensação de ser carnaval fora de época, e, antes mesmo de partir pra rua, pegamos cada um uma garrafa das importadas e fomos tomando no caminho até uma lojinha que eu queria comprar uma bolsa, alí perto! Que cerveja boa da gota serena! As duas. 


pan de miga


hitchcocke




Enquanto andávamos na rua, as pessoas olhavam com aquela cara de ódio de quem estava no meio do expediente. Chegamos na loja, comprei a minha bolsa (linda!) e depois passamos em outra que o Igor também tinha curtido. Ele viu um tênis alí escondidinho e me mostrou. Ficamos os dois de namoro com a botinha da Puma edição limitada. Bem diferente, fazendo um estilo desenho animado. SÃO NOSSOS! Mas, e cadê dinheiro suficiente pra comprar eles naquele exato momento em que só tinham esses dois exatos pares? Pedimos pra moça reservar enquanto voltávamos em casa pra buscar o cartão.






Chegamos lá, e, claro, pegamos mais duas garrafas e fomos bebendo novamente no caminho. Ai eu já tinha a certeza absoluta de que aquela sensação de carnaval estava mais que impregnada na nossa pele, enquanto os risos se misturavam com as fotografias na rua. Mas era um carnaval só nosso. A rotina da cidade continuava! Compramos os tênis,compramos também os presentes das meninas e voltamos pra casa pra deixar os pacotes. 


Era hora de partir para o Centro pra trocar mais dinheiro e depois seguir para La Boca. Chegamos em casa, tomamos uma outra garrafa, e, ao sair, levamos mais duas. Manhã de degustação (?) total. Deixaram a gente entrar no metrô com as garrafas numa boa! Quase que eu falo: "só no Brasil mesmo!"
passagem!




Descemos no Centro, cambiamos e corremos pra parada de ônibus com medo de chegar tarde no bairro de La Boca que todo mundo diz ser o mais perigoso de BsAs. Que a coisa mais comum é um turista chegar la e voltar sem uma câmera, como já aconteceu com conhecidos meus. Pra garantir, levamos apenas a compacta, e, diferente do terror que foi tocado, me senti tranquila por lá. Claro que ficamos sempre ligados (eu sempre fico em qualquer ocasião), mas não me senti ameaçada hora nenhuma. O que rola mesmo é furto! Você tá de bobeira, sorrindo para as cores do Caminito e chega algum malandrinho e tira a câmera da bolsa sem que você note. Mas, calma aê, a gente mora no Brasil,né? Temos um Saara inteiro como escolinha.


la bombonera ao fundo!






Chegamos lá, e, de cara, vimos o estádio do Boca Juniors, o La Bombonera. Todo grandão, bonitão! Em frente tinha uma praça bem bonita, bem cuidada! Andamos algumas quadras e lá estávamos nós no Caminito! Lá é tudo tão mágico! Muitas, muitas cores, uma alegria danada! Sem contar com a espontaneidade e simpatia dos boquenses. Adorei! Fomos recepcionados por uma feirinha charmosa,jogo de futebol no campinho e muitas lojas com "lembrancinhas", mas era tudo muito turístico. Bonequinho de tango, mafalda e coisas relacionadas ao caminito! 


tangueira




Lá haviam alguns restaurantes, todos seguindo a linha alegre de cores vivas e dançarinos de tango dando show enquanto as pessoas comiam (por sinal, os menus tinham um preço bem convidativo!) Até tentamos almojantar por lá, mas quando paramos o passeio pra finalmente comer, os restaurantes estavam na "xêpa", então preferimos comer por Palermo mesmo!


Pegamos o ônibus de volta e quando chegamos por lá, pensamos em comer no La Cabreira, outra parrilla famosa em BsAs, mas lá tem todo um sistema de reserva e de horas de espera que vai de contra à minha filosofia: esperar horas pra comer em um restaurante? no, gracias. E então tivemos que fazer o sacrifício de comer, novamente, no Miranda.






O Miranda fica na Costa Rica, aquela rua conhecida por ter vários restaurantes, acontece que ele fica situado depois da linha do trem, então é preciso dar uma volta até chegar nele! A noite tava fria e gostosa, e, sem pressa - e dessa vez sem medo - paramos pra tirar a foto que queríamos tirar no dia em que fomos ao Miranda pela primeira vez, lá no início da viagem, mas ficamos com medo do trem passar e de furto, pois a câmera ficava apoiada no chão para a foto! Dessa vez não, já estávamos familiarizados com o ambiente e ... Click! Feito!




O Miranda de cima




Chegamos no Miranda e pedimos dois cortes e uma guarnição. Esquecemos de pedir "ao punto" e, por conta disso, ele veio com mais casquinha e menos suculento, mas continuou incrível, apenas com menos sangue. A guarnição foi especial também! Ah, o Miranda, diferente dos demais restaurantes, dispensa o valor do Cobierto (que por sinal vem com uma pasta de cebola de lamber os beiços)!


friiiio!




Saímos do Miranda e fomos andando até o Planetário. No caminho, quase dez horas da noite, vimos pessoas se exercitando, correndo, passeando com os cachorros e, enquanto isso, aquele friozinho especial! Chegamos no planetário e vimos que ele tava desativado! Voltamos  pra casa passeando pelos bosques e zoológico de Palermo, vimos um programa de Tv Porteño que era um especial sobre Jim Carrey e comentei sobre Brilho eterno de uma mente sem lembranças, que achei incrível e que o Carrey conseguiu tirar o ranço humorístico! O Igor que também já tinha visto, não lembrava direito do filme, mas lembrava que tinha gostado. O programa de Tv acabou e então começou um filme. Pasmem: Brilho eterno de uma mente sem lembranças. Abrimos então o Chandon e brindamos com queijinho, brilho eterno e interno! 


Um comentário:

Andreane Carvalho disse...

Fiquei com muita vontade de ir! : )