Meu sábado de carnaval não acabou.
É verdade quando digo isso e vai além das 24h que passei em Olinda. Eu, que até então não tinha tatuagem no corpo, agora tenho uma que cirurgia nenhuma seria capaz de passar por cima mesmo que algum dia eu viesse à loucura e me arrependesse dela.
Tem uma tatuagem bem bonita grudada em cada pedacinho de mim e quando paro pra avaliar com lupa, a tatuagem gruda mais um cadinho. Ela não tem forma definida, ela é líquida e gasosa e flutua sem parar em cada poro. Entra e sai de mim em cada respiração. Batuca e reverbera em cada batida no peito. Dá um passo a frente cada vez que me desloco.
Meus pés, pequenos e grosseiros, carregam essa força toda.
Meu coração, enorme e frágil, também.
*relatos sobre o sábado de carnaval dividido em fragmentos.
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