terça-feira, março 27, 2012

Bons Ares - 15.03 & 16.03 - O início!



"4 dias são suficientes pra conhecer Buenos Aires". É bastante comum ouvir essa frase quando se trata de um passeio pelas terras portenhas. Mas, vamos lá, o que é conhecer um lugar? Se a resposta for fazer um tour turístico, então realmente 4 dias são suficientes pra conhecer BsAs, aliás, em um dia seria possível fazer isso: Basta comprar o ticket do ônibus de passeio que faz o tour por toda a cidade, te apresentando os locais através de um fone de ouvido onde tudo é explicado, tim tim por tim tim. Se pra você, conhecer um lugar vai além disso, então estás na página certa, e, a partir de agora, te convido a entrar de cabeça (ou melhor, de boca), nessa viagem, e, quem sabe, ainda descolar umas boas dicas para a sua trip.

Esse post vai em especial para a minha mãe (que chega por lá na próxima quinta-feira, pra dançar tango (fina!) e para minha querida amiga Blenda que vai tirar férias por lá. Uma boa maneira de registrar a viagem e dar as boas dicas sem precisar repetir a mesma coisa mil vezes: Caneta e papel nas mãos? Então vamos lá!


Primeiro dia (no caso, noite)



Quando chegou o cobierto,pensamos, tensos, que era a pizza rs
Chegamos no Aeroporto de Ezeiza às 20h da quinta feira, 15. Na realidade o passeio começou antes mesmo do pouso, quando pudemos observar o quão diferente dos demais lugares vistos lá de cima Buenos Aires é. Zero montanhas, espaços enormes sem construções, apenas árvores. Muitas e muitas casas que parecem iguais. Ao desembarcar na cidade, tomamos um taxi e fomos direto para o nosso destino: Rua Armenia, em Palermo Soho. Aliás, melhor escolha de local pra ficar não poderia ter sido feita. As indicações valeram a pena! Palermo é um bairro charmosíssimo de dia e a noite, arborizado, cheio de bosques, bares e lojas lindas. Os restaurantes mais famosos estão por lá, além das festas e vida noturna.

Fizemos o chekin no nosso apartamento e seguimos pra rua atrás de algo pra comer. Ainda perdidos quanto a geografia do local, e, principalmente quanto à "buena onda", caminhamos pela Santa Fé (Av gigantesca que com mentira e tudo liga um lado ao outro da cidade) e, no final das contas, paramos em uma pizzaria pertinho de casa, a Míchí. Fazia um estilo Pub, lembrando a estética do outback. Tinha ouvido falar que não vale a pena comer pizza por lá, pois as nossas são infinitamente melhores, mas fui surpreendida. A pizza tava uma delícia e o cobierto também. Além do local ser agradável e o dono do estabelecimento super receptivo. (passou um bom tempo tentando explicar para nós o que era Jamón.) Em todas as pizzas tinha Jamon e não sabíamos o que era. Até que ele fala que é o braço do porco, através de mímicas. Se tivéssemos chegado de dia, seria a primeira palavra a aprender, afinal, em toda padaria, tem escrito Jamon Y Queso no menu do desayuno.


Após o jantar, ainda ganhamos de cortesia da casa, taças de Champagne. Depois disso, seguimos para o Ap e dormimos ansiosos para o primeiro dia de passeio! 



mimo do Míchí





Ah, já no primeiro dia eu comecei com minhas estabanices e derrubei uma azeitona no copo do meu namorado. Aliás, estabanices foi o que não falou nessa viagem, vez por outra ouvia ele falar: "Só podia ser a minha mulher" e, ao redor, pessoas rindo de mim por alguma coisa!

Na ponta do lápis:

1 real = 2,30 pesos

* Preço em Peso

Taxi de Ezeiza até Palermo - 198
Jantar no Restaurante Míchí para dois - 120



Primeiro dia - 16/03 - Passeio pelo Centro de Buenos Aires



Casa Rosa, na Plaza de Mayo





Tiramos o dia pra conhecer o Centro de BsAs e aproveitamos pra trocar os reais e dólares por peso. Trocamos no Banco de La Nacion, pois a cotação estava boa por lá.Aliás, os melhores cambios estão no Banco de La Nacion e no Banco Piano, ambos no Centro. (Levar identidade e papel da imigração pra cambiar) e nada de confiar nos cambistas de rua, e, por falar em confiança, sempre checar o troco! Eles são meio malandrinhos nisso.

Fomos ao centro de metrô (que foi de graça, pois algumas estações são liberadas a partir de determinado horário) e de lá caminhamos pela famosa Calle Florida. Percorremos por todos os arredores: Casa Rosa, Catedral, obelisco, Café Tortoni, igrejas e ruas, olhamos lojas (achei bem carinho), e paramos para o primeiro almoço no restaurante e café Templar



Primeira Parrilha da viagem!

Eu pedi o tradicional Bife de Chorizo (contra filé) e Igor pediu Lomo (filé mignon) com pimenta negra. De acompanhamento, papas espanholas! (Ah, nunca pedir batata, a não ser que você queira comer batata doce). O meu tava muito gostoso, mas a pedida dele foi certeira. Todo mundo fala do bife de chorizo, mas o Lomo é dez mil vezes melhor, e, conscequentemente mais caro. Mas vale a pena, é bom demais!! A partir daí, o bife de chorizo ficou um pouco escanteado. Após o almoço, já bem de tarde, continuamos o passeio pelo centro, tomamos o primeiro sorvete de doce de leite da Freddo e o ponto final foi na famosa Galeria Pacífico. 


Teto da Galeria Pacífico




Todo mundo indica esse local pra fazer compras, mas, de verdade, é um shopping comum, com marcas renomadas e com preços altos. Bem acima da minha expectativa, aliás, como com tudo relacionado a roupas e calçados. Essa imagem de que os outlets são baratinhos deve ter vindo de alguém cheio de grana que acharia baratinho lá, aqui no Rio ou onde quer que seja. Mas vale o passeio pelo Pacífico! A estética do shopping em sí tem seu charme, um teto muito lindo, uma iluminação bacana, uma sala com exposições de artistas argentinos e uma loja/café deliciosa de produtos da Patagônia. 






E foi lá mesmo que paramos, tomamos o primeiro cafézinho da viagem, uma torta e, de quebra, compramos três cervejas da Patagônia. Uma tomamos lá mesmo e as outras levamos pra casa. O cantinho se chama Abuela Goya, e é charmosíssimo, adorei! Passamos um bom tempo lá.


delícia!


Cerveza da Patagônia


Já a noite, tomamos um ônibus de volta a Palermo, passamos no supermercado e compramos uma Quilmes litrão, um doritão e o primeiro vinho da viagem. O vinho era um dos mais caros da prateleira, e, ainda assim, continua barato em comparação aos rótulos vendidos aqui no Brasil. É impressionante como bebida lá é barato em supermercado ao passo que é caríssimo nos restaurantes!

Fomos para casa e tomamos o vinho ao som de música clássica de uma estação da rádio argentina. O vinho tava divino, bem como o restante da noite.





Na ponta do lápis:

*preço em peso

metrô: 2.50
Almoço no Templar para dois: 170.00
Abuela Goye - Torta: 22 / café com creme: 12 / Cerveja longneck Aguilla: 18 / 2 cervejas litrão Patagônia: 80.
ônibus: 1,20
Quilmes litrão: 6,50
Vinho: 75

 
Ps- Quando chegamos no supermercado, vimos que a cerveja da Patagônia que compramos no Abuela Goye estava pela metade do preço. tsc

Um comentário:

Namorado porteño disse...

Perfeito, namorada!

Muito bom relembrar cada momento delicioso dessa nossa viagem! ;)