Pequenas porções que, somadas umas às outras, transformam nosso dia-a-dia num calendário mais leve de se cumprir. Há a possibilidade do dever ser prazer e só de existir essa possibilidade, mesmo que nem sempre venha a ser concretizada, tudo se torna mais fácil.
Hoje, no Mundial, os tomates, pela primeira vez em quase um ano, estavam em maioria bonitos, sem machucados ou mofos. Tavam lisinhos, nem tão verdes e nem maduros demais. Coloquei 5 na minha sacola sem esforço e fiquei o resto da feira sorrindo de canto de boca e até mesmo naquela fila que parecia não acabar.
Ganhei o dia.
Agora, seguem as pequenas e também alegres esperanças cotidianas daquele pedaço de mundo que, se levado a sério, arrasa com o humor do cidadão: que o tomate Deborah ou Carmem dê um cadinho de espaço para o italiano e que o limão galego divida sua prateleira com o siciliano, sem traumas.
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