E é nesse período em que a canguinha estendida no chão de areia fria se torna minha companheira mais requisitada. Não quero me bronzear, apenas deitar, alí, e existir com um livrinho ou fatia qualquer de sono insistente nesse periodo. Não há o intuito de pegar uma cor, mas a vontade segura de quarar. Como fazem com as roupas. Quarar ao sol.
Até então, nunca havia pensado na diferença entre pegar sol no verão e no inverno. Hoje, é tão clara. Uma diferença abissal entre elas. No verão, transmitimos luz. No inverno, ao contrário, nos deixamos iluminar. Em paz.
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