A questão não era o que ele sabia e o que ela sabia daquilo tudo. Eles já sabiam que sabiam.
A questão era exatamente o “entre isso”. O espaço que parece vago pra quem vê, mas não é.
Eles até negavam... Mas era como se ouvissem gritos satisfatórios em pleno quarto escuro e silencioso, enxergando tudo com as mãos frias e úmidas.
Um estranhamento sentado no chão de uma sala com teto e piso branco.
Nu, completamente nu e uma iluminação clara sufocante, embaçando a retina.
Desejando água nos pés e letras nos olhos.
Letra embaralhando tudo, embaçando e esfregando as mãos nas pálpebras.
Hálito de fome.
Sem perceber, passou dias assim. Todos os dias suficientes para ser chamado de “entre isso” ou de entre eles.
Micropercepções tinham até demais.
O remédio que faltava para curar desse estranhamento excitante, era apenas um pouco de tédio.
Não conseguiram e foram dormir.
5 comentários:
esperam que eles consigam depois.
clara
faço das palavras de clara as minhas.
saudade, florzinha =*
Carlinha,
venho aqui pedir para que você volte a escrever no seu blog. Espero ser atendido.
Estive reparando, vai pra rua. Só falta isso para se tornar A rua do cata-ventos, livro de Mário Quintana.
Beijão!
td q eu leio eu tento entender. tento fazer uma historinha na minha cabeça.. q as vezes rola, as vezes não. existem coisas q são apenas para serem lidas e contempladas, principalmente pq fazem parte do contexto da vida de utra pessoa, mas eu sempre contemplo e msm assim sempre tento entender...
teu blog ta igual o meu agora
IMITONA!!
:*
muito bom!
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