Coração que anda na mão Escapole antes no chão Então suspendo, coloco na boca: engulo Engasga no esôfago Falo o que falo que não falo e empurro Coração de volta ao peito Onde enterrar palavras que morrem na ponta da língua?
2 comentários:
Duda
disse...
Acho que o erro tá no deixar na ponta da língua. Fale, não importa quanto tempo tenha passado ou quanto o coração tenha ficado na mão. Apenas fale.
Te entendo... mas eu já sou a pessoa que fala tudo, não importa quanto tempo tenha passado - pq não costumo mesmo deixar passar. Ou quanto o coração tenha ficado na mão. A questão é que algumas vezes é preciso devolver o coração ao peito sem precisar usar de todas as palavras, sem despejar no outro uma questão que é sua. Pelo menos comigo funciona assim: aflição/loucura, durmo (alguma hora eu durmo), acordo e o outro dia é outro dia. De algum modo as coisas ficam entre o dormir e o acordar. Nem tudo, mas a angustia sim - e ai passo a pensar a questão que era coronária de maneira racional. É um risco viver assim, mas o balanço do saldo tem sido positivo até então.
2 comentários:
Acho que o erro tá no deixar na ponta da língua. Fale, não importa quanto tempo tenha passado ou quanto o coração tenha ficado na mão. Apenas fale.
Te entendo... mas eu já sou a pessoa que fala tudo, não importa quanto tempo tenha passado - pq não costumo mesmo deixar passar. Ou quanto o coração tenha ficado na mão. A questão é que algumas vezes é preciso devolver o coração ao peito sem precisar usar de todas as palavras, sem despejar no outro uma questão que é sua. Pelo menos comigo funciona assim: aflição/loucura, durmo (alguma hora eu durmo), acordo e o outro dia é outro dia. De algum modo as coisas ficam entre o dormir e o acordar. Nem tudo, mas a angustia sim - e ai passo a pensar a questão que era coronária de maneira racional. É um risco viver assim, mas o balanço do saldo tem sido positivo até então.
O lance é ter paciência durante a noite.
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