segunda-feira, junho 04, 2012

Dá saudade

Saudade é cavar na memória e ainda achar tesouros perdidos de uma história já batida.
É fazer e refazer versões para um mesmo fato e perceber que são inesgotáveis as possibilidades e todas felizes só pela beleza de ter o mesmo protagonista. 

Saudade é não ter medo de embarcar em uma viagem sozinha, bancada apenas por você.


Saudade é um choro em desalinho dentro do ônibus, um balãozinho no lado esquerdo do pensamento, uma vozinha tentando falar em seu ouvido e que você ouve, mesmo com todo o barulho que faz na cidade. 

As buzinas, os motores, as pessoas, nada disso: apenas a vozinha em seu ouvido como se fosse cantiga de ninar em plena rua, em plena vida, em pleno dia que custa a passar... por causa de uma saudade daninha e tão difícil de matar.


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