terça-feira, julho 26, 2011

Seremos sempre (?)


Não tiveram a coragem de se reconherecem perdidas até agora, mas no fundo sabem: Se perderam no caminho, em algum pedaço de caminho que não foi satisfatório.


Quando duas pessoas se perdem, não importa em qual grau ou gênero de relacionamento, sabe-se que isso aconteceu em um dado momento, mas não se sabe, ao certo, onde ou quando. Se naquela intriga aparentemente boba, naquela festa, naquele olhar que não se cruzou. Não se sabe se isso aconteceu naquele primeiro instante de não ou se no último que eu possa lembrar, na gota d'água, nas palavras que saiam da boca diretamente para o lixo do canto da cozinha, junto das garrafas de heineken


Sem os olhos se olhando. Sem os olhos, só as palavras. Em um sofá, talvez em um elevador.




Se foi na primeira ou na última situação, não sei. Acredito que no trajeto entre um ponto e outro. E fico pensando no porque não reparamos nisso na primeira instância, no porque não sentamos e encaramos aquela "besteirinha" que nem ao menos sei qual foi, como algo importante, assim, teríamos deixado tudo no zero a zero e seguido nosso caminho, agora, de braços dados e segredos compartilhados.


Mas não, como seres humanos que somos, preferimos deixar passar. E, deixando passar uma vez, deixamos também as outras, até chegarmos ao ponto que agora te descrevo. Um ponto que não é quente e nem é frio. Entramos naquela inércia do "seremos sempre", como se isso fosse o suficiente. Isso é suficiente sim, quando de fato praticamos o "sempre seremos" . Desse modo, o happy end é garantido. Mas agora, em uma noite comum de terça feira, me pego pensando no que somos; em quem somos, e, definitivamente, se somos ou seremos, não encontro, não vejo. Não te vejo, você não me vê.


Sempre?


No mundo do sempre onde as datas não datam, como diz Quintana. E nunca precisou datar, nunca precisamos de contagens, encontros marcados,prazos ou rotinas. Justamente pela certeza boba de que seríamos sempre.


E agora, Maria, que não podemos escapar do sempre, te pergunto:


 Enfim, seremos?


Enquanto isso, eu cantarolo baixinho, que nem você me fez um dia:  'Você precisa saber da piscina, da margarina, da Carolina, da gasolina. Você precisa saber de mim. Baby, baby, eu sei que é assim'

domingo, julho 24, 2011

As flor mais bonita

Hoje eu recebi as flores mais bonitas. Elas tinham um sorriso tímido, com saudade e com raiva do porteiro. 
(E também um coração batendo bem depressa, aqui por dentro.) 

O tamanho delas era do tamanho da distância até o chão, onde ela brota. 




A questão é que agora eu quero olhar o tempo inteiro pela janela, à procura da flor.



quinta-feira, julho 21, 2011

Cataporizando

Ninguém gosta de ficar doente, é bem verdade. Mas, quem me conhece, sabe o quanto eu sou rueirinha e dou valor a coisas que costumam passar em off e são vistas apenas como rotina do dia-a-dia. Segundo meu chefe, o dia amanhecer com sol, já é motivo suficiente pra eu chegar no trabalho com um sorriso de orelha a orelha. E é bem verdade, apesar de aparentemente bobo, ele deu o exemplo mais verdadeiro: dias ensolarados, ainda mais quando eu 'largo' cedo do trabalho, clareiam tudo aqui por dentro: Quero andar de patins, fotografar, pegar uma prainha, ir em alguma exposição, fazer um piquinique ou simplesmente voltar a pé para casa, olhando o movimento e tomando um picolé de chocolate com menta. Isso já me satisfaz e como! E vem fazendo tantos dias assim...


Então dá pra imaginar a chateação que foi, para mim, ser diagnosticada com Varicela, vulgo, catapora, em plena tarde de um sabadão de sol e lua cheia. Chateação é pouco, foi o fim, uó! Ainda mais que era um final de semana cheio de programações. Ok, como todos. Mas eu tinha sido convidada para passar o final de semana que vem em Muriaé-MG, sinto saudade de gente que não posso ver por motivo de contágio, e, pra piorar, ainda tem o anima mundi, um festival de animação que tá acontecendo durante toda a semana nas principais salas de cinema da cidade. Enquanto isso, eu aconteço na minha sala particular.


Entre um filme e outro. Um cochilo e outro. Uma coçadinha e outra. Um remédio e outro. Uma refeição e outra. Um banho e outro. Uma visita e outra. Uma ligação e outra.


Pois é, minha vida que costuma ter um leque com variações mais agradáveis, se transformou em um espaço entre uma coisa e essa mesma coisa. E essa mesma coisa, de tão chata, nem sobrenome tem: monotonia.


Bom, com tanto tempo livre, o que me restou foi aproveitar para tirar os pensamentos do modo de descanso, colocar algumas idéias no lugar, confundir outras, organizar uns papéis, escrever umas bobagens e perceber que, em definitivo, não nasci para servir de paisagem, seguir uma rotina tão quadradinha ou para ficar, literalmente, me coçando.


Bom, mas isso eu já sabia. Eu queria mesmo era uma cerveja bem gelada, posso?

terça-feira, julho 19, 2011

Negocinho bom




'Há de surgir
Uma estrela no céu
Cada vez que ocê sorrir'




E eu te guardo dentro daquele  abraço cheio de silêncios, afeto e (bem)querer que me fez desabrochar em sorrisos, sozinha, por todo o trajeto do elevador - que quase não subiu - por um esquecimento sadio e distraído de não apertar o botão.

Eu te guardo e aguardo até o próximo abraço!

E hoje eu sei o que você é pra mim. Você é o meu negocinho bom!
Menino dos olhos infantis e sorriso despreocupado...

Sim, meu negocinho bom!

Eu também prezo por você, bastante.


'Hum!
Deus fará
Absurdos
Contanto que a vida
Seja assim
Sim
Um altar
Onde a gente celebre
Tudo o que 

Ele consentir'

sábado, julho 16, 2011

Na infanto-esperança que dure mais tempo,



alguma coisa me traz medo, quando me pego economizando em uma roupa o cheiro.






quarta-feira, julho 13, 2011

Por amor ou por besteira?

Não é bacana ter aquilo que, de antemão, não suportaríamos perder. Não é saudável... Caso contrário, para mais do que para menos, tal sensação seria motivo infindável de fardo e enfado. E, para mais do que para menos, nós precisamos mesmo é de equlíbrio, leveza, bem estar, bem querer e amor.


Deixei os dias passarem lá fora na tentativa de entender o que se passa aqui dentro, não sei se tive o sucesso que esperava, muita coisa ainda caminha confusa, mas uma coisa é certeira, certeza: Eu posso,embora com saudade e vontade, viver sem. Sem tudo isso, todos esses pequenos issos que a gente vem somando nos dias, nas horas, nos instantes. Deliciosamente.

Mas se quer saber? Eu não quero. E o fato de não querer viver sem, assim, tão espontaneamente, faz uma diferença enorme.

Agora, talvez, eu consiga explicar um dos questionamentos que minha cabeça manda ligeiro para meu coração :

Capricho?
Se é capricho, confesso que capricharam direitinho...

E aí eu pergunto:

Por amor ou por besteira?

domingo, julho 03, 2011

Sim e Não:


São duas palavras que carregam em sí uma responsabilidade acima de três letras.

Talvez, por sua vez, tem letras demais...


sexta-feira, julho 01, 2011

Desapego...




... É apagar antigas mensagens para conseguir receber as novas!

Abusinho...





... É querer o bem, só que bem longe!