Ai bate um banzo. Uma vontade de sei lá o quê. Sentada na minha cama, tenho preguiça de ir no quarto ao lado buscar a mochila. Queria que tivesse tudo pronto. Queria mesmo era dormir até quarta-feira e acordar no Aeroporto Internacional dos Guararapes com a voz sensual da moça informando que a tripulação tem que se preparar para o pouso. Uma das frases que mais me emociona na vida quando estou indo (e nunca voltando), seja lá pra onde for. Ou mesmo dentro do avião, tremendo de ansiedade naquelas 2h45 que demoram uma vida e meia pra passar, mas que vale cada minuto depois.
Sentada na minha cama eu penso em tudo isso e lembro da música do Paulinho. E coloco ela só porque sei que me dá vontade de chorar. Ou de ficar numa preguiça maior do que a que ja me encontro. Essa música é tão bonita, meu deus do céu. Penso em emendar com Frevo número 1 de Betânia mas ai já acho que é demais. Se fizer isso, meu quarto vai permanecer bagunçado e eu vou permanecer aqui. Procurando mais motivos para não me mover até que chegue quarta-feira. To melancolica e to feliz, tão esquisito isso.
" A razão porque mando um sorriso e não corro\ É que andei levando a vida quase morto\ Quero fechar a ferida, quero estancar o sangue\ E sepultar bem longe o que restou na camisa colorida que cobria a minha dor". isso é tão bonito, meu deus. Como não ter vontade de chorar? Que saudade. To numa saudade medonha mas nem sei direito de quê.
Sentada na minha cama - é preciso levantar - é só o que penso agora. Até que chegue a quarta-feira, "tão logo a noite acabe, tão logo este tempo passe, para beijar você..."
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