* texto de junho/10
Hoje deixei a rima de lado para escrever um pouco sobre o ato de constranger (ou achar que está constrangendo) e o de se sentir constrangido por uma coisa tão besta. É que eu tava andando pelas lojas americanas procurando 'meia invisível', foi quando uma senhora me perguntou se tinha massa de modelar. Eu, já sabendo que ela ia ficar constrangida em achar que eu ficaria constrangida ou ofendida por dizer "eu não trabalho aqui" , resolvi dar uma forcinha, fui no setor de material escolar e vimos juntas que não tinha.
Ela insistiu "querida, será que não tem no estoque?" e eu, de forma descontraida, falei que não trabalhava lá. Acho que piorei foi tudo, ela ficou envergonhada duas vezes, primeiro por eu ter ajudado sem ser funcionária e depois por ter sido insistente, até grossa e só depois ficar sabendo que eu não trabalhava lá e soltou um "oh, desculpe" com rosto vermelho. O tratamento mudou na hora. Era natural que ela pensasse que eu trabalhava lá, afinal, estava usando a mesma farda que todo o shopping, por sinal, uma blusa do Brasil horrível de mal feita.
Depois disso fiquei pensando porque isso sempre acontece. Todo mundo na vida já passou pelos dois lados e ainda assim a sociedade não superou esse ato besta do constrangimento. Fiquei pensando se era por conta de ser uma loja popular... e me perguntei se o mesmo aconteceria se por acaso você fosse confundido por alguém de um cargo mais elevado do que o seu. Se você ficaria 'ofendido' e se a pessoa falaria com tom constrangido "oh, desculpe".
Um comentário:
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Bom pensar nisso. Bons dias moça bonita!
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