acontece que agora me deu vontade de te falar. ouvir tua voz. Telefonar talvez fosse moderno demais para mim, seria desafio e desatino. Não sei se conseguiria. Mas quis, aliás, quero no meu ouvido, todas aquelas palavras, bobas ou não.
As duas horas sentados em um colchão, com trechos de pernas se tocando fingidamente por acaso, como trechos de livro preferido. Que se decora. Eu te decorei. Delicia, deliciosamente.
-Sim, eu quero isso. Não sei ter isso, mas eu quero.
Querer não é suficiente, ter também não.
Não se tem. Não quero. Eu quero. Querer tanto assim. A guerra dos nãos. A guerra das mãos.
Mãos segurando o que escapa...
Me escapa e preenche.
No rosto, o vento frio e azul
me tem.
3 comentários:
Como gosto de ler o q vc escreve, como escreve... É intenso e fluido.
:)
fala por mim
Texto incrível.
Postar um comentário