A mensagem cifrada, sobressalto
Armadilha invisível do apego
Ameaça do meu desassossego
O silêncio da esfinge fala alto
Cometer e ser vítima de assalto
Perder a condição de estar sadio
Passear nos jardins do desvairio
Cair no precipício do teu jogo
O desejo de usar de arma de fogo
O desfecho da estrofe num desvio
quarta-feira, agosto 29, 2007
terça-feira, agosto 28, 2007
Semente
A semente tão prenhe, carregada
Do jardim do meu peito ocupa o centro
Semeada lá dentro do de dentro
Dentro do lá de dentro semeada
É palavra escondida, bem guardada
É palavra guardada, escondida
Feito a noite escura duma vida
Esperando chegar a sua aurora:
Germinar pé de amor, pé de amora
Dessa coisa tão doida e tão doída.
Do jardim do meu peito ocupa o centro
Semeada lá dentro do de dentro
Dentro do lá de dentro semeada
É palavra escondida, bem guardada
É palavra guardada, escondida
Feito a noite escura duma vida
Esperando chegar a sua aurora:
Germinar pé de amor, pé de amora
Dessa coisa tão doida e tão doída.
domingo, agosto 12, 2007
Recifilis
Jogada na lama negra em forma de redenção
Não tinha sol não tinha luz
A chuva lavava a alma rasgada
Enquanto ela esmagava os seios fartos de leite grávido na boca
Na própria boca farta de fome, fome de gente, de homem
Não sabia mais onde escorrer tanto dissabor
Vergonha já não sentia
Não sentia mais nada
A dor entrando pelos poros não pedia licença,
involuntária
Tudo
Doía todas as peles
Todos os pêlos em todas as partes
Partes partidas de uma mulher em estado de perigo
Não resistiu, enfim, um filho.
Não tinha sol não tinha luz
A chuva lavava a alma rasgada
Enquanto ela esmagava os seios fartos de leite grávido na boca
Na própria boca farta de fome, fome de gente, de homem
Não sabia mais onde escorrer tanto dissabor
Vergonha já não sentia
Não sentia mais nada
A dor entrando pelos poros não pedia licença,
involuntária
Tudo
Doía todas as peles
Todos os pêlos em todas as partes
Partes partidas de uma mulher em estado de perigo
Não resistiu, enfim, um filho.
sexta-feira, agosto 03, 2007
tempo.
-Todo mundo correndo, vitor trabalhando muito.. todo mundo,né... nao pode perder tempo mesmo, agora na minha situaçao é que vjo isso.. a hora de perder tempo é essa, que nao se tem mais como ganhar dele.
-é... deve ser,vó
-Pode ir, carlinha. Sei que voce tem muita coisa pra se fazer e que nao pode perder esse tempo que a gente ta falando
-Mas as vezes perder tempo é bom, vó. É importante.
-é... deve ser,vó
-Pode ir, carlinha. Sei que voce tem muita coisa pra se fazer e que nao pode perder esse tempo que a gente ta falando
-Mas as vezes perder tempo é bom, vó. É importante.
quinta-feira, agosto 02, 2007
Irmãos
Eram irmãos. sabe-se lá o por que, mas eram. Nasceram assim e pronto. Mas não passavam os momentos juntos, não passavam os choros e gargalhadas perto, no mesmo riso, na mesma sintonia, alias, acho que a única coisa que passavam, era o arroz ou a carne para o outro em um almoço de domingo. Por uma fina obrigação rotineira.
Com saudades do meu irmão, fui me imaginar pendurada no pescocinho magro dele em Aldeia ou vendo algum filme deitados.
Pra tentar matar minha saudade, inventei de imaginar um amigo meu (que conheço pouco por dentro) com a irmã dele (que eu nunca nem vi, mas sei que tem) e deu nisso.
Não consegui matar a saudade do meu!
Com saudades do meu irmão, fui me imaginar pendurada no pescocinho magro dele em Aldeia ou vendo algum filme deitados.
Pra tentar matar minha saudade, inventei de imaginar um amigo meu (que conheço pouco por dentro) com a irmã dele (que eu nunca nem vi, mas sei que tem) e deu nisso.
Não consegui matar a saudade do meu!
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