- Você sempre fez isso pra conseguir parar os ônibus?
Perguntou o motorista quase morrendo de tanto rir.
Um movimento positivo de cabeça combinado de um sorriso silencioso e quase tímido respondeu que sim. (ainda que a resposta verdadeira fosse "claro que não"). Nem parecia aquela menina que acabara de sair de uma pirueta de ballet, em frente a parada de ônibus, afim de chamar a atenção daquele bendito e único meio de locomoção que sempre passa batido.
Depois desse dia, o 354 nunca mais passou direto da minha parada!
sexta-feira, agosto 31, 2012
quarta-feira, agosto 29, 2012
Se sempre fosse outra palavra...
... Sempre seria maresia
Atemporal
Devastadora
Infinita
Maresia
Corrói
em devaneios
sobre um mundo
paralelo
chamado
Cheiro
E o sempre também
Atemporal
Devastadora
Infinita
Maresia
Corrói
em devaneios
sobre um mundo
paralelo
chamado
Cheiro
E o sempre também
segunda-feira, agosto 27, 2012
Cigarra
sexta-feira, agosto 24, 2012
Pé de acerola
Das minhas memórias afetivas, parte IV
Trepada no pé de fruta
Bracinhos esticados
Galhos crespos
Arranhões
Mãozinha cheia
Arremessos
Salto e espinho no pé
Balde cheio
Trepada no pé de fruta
Bracinhos esticados
Galhos crespos
Arranhões
Mãozinha cheia
Arremessos
Salto e espinho no pé
Balde cheio
Chã da Peroba
Das minhas memórias afetivas, parte III
Carambola verde
Estrelinhas e sal
Sombra
Bunda suja
Terra fresca
Roupas secando no varal
Carambola verde
Estrelinhas e sal
Sombra
Bunda suja
Terra fresca
Roupas secando no varal
quinta-feira, agosto 23, 2012
Tanajura
Das minhas memórias afetivas, parte II
Durante a chuva
Em casa
A espera pela busca
Farinha d'água na pia
Crianças e adultos:
Euforia
Depois da chuva
Feitiço e alegria
Tanajuras saindo
pelos buracos
Crianças e adultos
alvoroçados
Fogo ligado:
Asinhas e cheiro forte
Por todos os lados
No dia seguinte
Milhões de histórias
E o dilema que matuta:
Todo mundo querendo saber
Quem foi o maior catador
Das bundinhas de tanajura
Durante a chuva
Em casa
A espera pela busca
Farinha d'água na pia
Crianças e adultos:
Euforia
Depois da chuva
Feitiço e alegria
Tanajuras saindo
pelos buracos
Crianças e adultos
alvoroçados
Fogo ligado:
Asinhas e cheiro forte
Por todos os lados
No dia seguinte
Milhões de histórias
E o dilema que matuta:
Todo mundo querendo saber
Quem foi o maior catador
Das bundinhas de tanajura
quarta-feira, agosto 22, 2012
Tamandaré
Das minhas memórias afetivas, parte I
Tatuí
Tu ta í?
Tu ta, tatu
Tá aí?
Tá?
Tu?
Afinal
Cade tu
Tatuí?
Sumiu!
(Fincou em minhas lembranças o V que se formava na areia da praia e as tardes a fio na competição de quem catava mais tatuís. A graça não era em comê-los depois e muito menos a de ganhar o posto de catadora mais ágil. A lembrança mais preciosa que guardo é a companhia da outra e das ondas do mar que esfoliavam nossos pés de areia por todos os dia, a tarde inteira. Pés e mãos Salgados de sal e de sol. E o coração iluminado feito férias de verão...)
Tatuí
Tu ta í?
Tu ta, tatu
Tá aí?
Tá?
Tu?
Afinal
Cade tu
Tatuí?
Sumiu!
(Fincou em minhas lembranças o V que se formava na areia da praia e as tardes a fio na competição de quem catava mais tatuís. A graça não era em comê-los depois e muito menos a de ganhar o posto de catadora mais ágil. A lembrança mais preciosa que guardo é a companhia da outra e das ondas do mar que esfoliavam nossos pés de areia por todos os dia, a tarde inteira. Pés e mãos Salgados de sal e de sol. E o coração iluminado feito férias de verão...)
O dia 22 de agosto, há 28 anos
Esta data é tão especial e cheia de magia, pela maneira como aconteceu, pelas felizes coincidências e pela vida que fez isso com a gente, que só nos resta comemorar! Por muitos anos as comemorações foram conjuntas, uma celebração de vida e de outras vidas, hoje, por uma questão geográfica, Pernambuco e Rio de Janeiro se encontram em festa: festas astrais... E mesmo tendo milhões de palavras e motivos pra expressar o que esse dia significa, por toda a sua beleza, neste ano eu deixo as palavras com minha mãe, que usou-as com muita sensibilidade e sabedoria. Palavras dela para ele neste aniversário dos dois. De 51 e 28 anos:
'Nosso primeiro aniversário juntos, que cronologicamente você estava completando 4 anos, comemoramos no quartel, em uma festa onde a atração principal era um passeio em um tanque de guerra. Minhas amigas do mundo civil acharam muito estranho isso de comemorar aniversário infantil em um quartel, pois no mundo 'normal' as atrações são palhaços e mágicos. Hoje em dia, dentro da nossa 'normalidade' de sempre, chegamos a conclusão que sobrevivemos a todos os nossos anos e aniversários em meio a palhaços, mágicos e até aos tanques de guerra... E fomos/somos felizes'.
É isso, sinto o maior orgulho do mundo de fazer parte de uma família onde normalidade e tradicionalismo são palavras que acabaram passando despercebidas pelos anos e acontecimentos. Nosso coração bate no mesmo batuque desde sempre, para nós, relógios e calendários não são reais, pois o mundo já mostrou que nossas almas estão em comunhão desde outros carnavais.
'A vida é a arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida...'
Parabéns para meus dois amores, mamãe e irmão, no peito!
'Nosso primeiro aniversário juntos, que cronologicamente você estava completando 4 anos, comemoramos no quartel, em uma festa onde a atração principal era um passeio em um tanque de guerra. Minhas amigas do mundo civil acharam muito estranho isso de comemorar aniversário infantil em um quartel, pois no mundo 'normal' as atrações são palhaços e mágicos. Hoje em dia, dentro da nossa 'normalidade' de sempre, chegamos a conclusão que sobrevivemos a todos os nossos anos e aniversários em meio a palhaços, mágicos e até aos tanques de guerra... E fomos/somos felizes'.
É isso, sinto o maior orgulho do mundo de fazer parte de uma família onde normalidade e tradicionalismo são palavras que acabaram passando despercebidas pelos anos e acontecimentos. Nosso coração bate no mesmo batuque desde sempre, para nós, relógios e calendários não são reais, pois o mundo já mostrou que nossas almas estão em comunhão desde outros carnavais.
'A vida é a arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida...'
Parabéns para meus dois amores, mamãe e irmão, no peito!
foto da festa de 2011, após a apresentação de tango de mamis |
quarta-feira, agosto 15, 2012
A palavra Amor
O amor cometeu roubo
Ficou tolo, tosco, torto
Virou esquina
Pilhas de livro
ou lâmpadas fluerescentes
Frias, frígidas
Apenas letras unidas
A palavra amor
Usou com quem não devia
Devia a quem não usou
Misturou com cloro
Tempero de arroz e adesivos
Uma mistura deprimente
de horrível
E estragou
Virou pop star
Sucesso popular
Mais usada do que bucha
ou pano de esfregar
O amor se fez
Sempre
de louco
E de tanto usar
a direita e a torto
O coitadinho ficou rouco
Eu quero outra palavra pra usar!
Ficou tolo, tosco, torto
Virou esquina
Pilhas de livro
ou lâmpadas fluerescentes
Frias, frígidas
Apenas letras unidas
A palavra amor
Usou com quem não devia
Devia a quem não usou
Misturou com cloro
Tempero de arroz e adesivos
Uma mistura deprimente
de horrível
E estragou
Virou pop star
Sucesso popular
Mais usada do que bucha
ou pano de esfregar
O amor se fez
Sempre
de louco
E de tanto usar
a direita e a torto
O coitadinho ficou rouco
Eu quero outra palavra pra usar!
terça-feira, agosto 14, 2012
Cúmulo da ansiedade é ...
... No meio do trabalho receber uma mensagem de uma amiga:
'Tem secador de cabelo na tua casa?'
Detalhe: Ela só chega na minha casa daqui a quase um mês.
Secador não tem, mas humor e amor têm aos montes!
'Tem secador de cabelo na tua casa?'
Detalhe: Ela só chega na minha casa daqui a quase um mês.
Secador não tem, mas humor e amor têm aos montes!
segunda-feira, agosto 13, 2012
sexta-feira, agosto 10, 2012
Os sentires sem nomes
quinta-feira, agosto 09, 2012
A última da pequena Sofia
terça-feira, agosto 07, 2012
Para Caêta
Meus sinceros agradecimentos por tua existência tão vibrante e pelas canções que tanto me colocaram pra dormir e acarinharam meu coração calejado. Obrigada pelos acordes bem amarrados que ininham em meu cabelo, em meus braços e que me pegam distraída em uma tarde qualquer a cantarolar, a chorar, a sorrir, a sentir.
Obrigada por toda a dúvida que sempre me deixou em nunca saber (até hoje) qual é a música que mais gosto e também pelo sorriso sozinho que costumo doar a quem passa, involuntariamente, enquanto te escuto e decido que essa é a melhor, ou essa, ou essa.
Obrigada, sobretudo, pela emoção que sempre me proporcionou com essa voz. Ah, a tua voz. Sobre essa eu não saberia falar, é feito reza, fico com a boca seca e um olhar distante, em tempos remotos, futuros e principalmente em tempos onde as coisas simplesmente acontecem dentro de mim, contra o vento, sem lenço, sem documento, com nada no bolso ou nas mãos, apenas no coração.
Eu te desejo muitos, muito e muitos anos de vida, pois o passar do tempo só te fez bem.
Com amor,
Carlinha.
Obrigada por toda a dúvida que sempre me deixou em nunca saber (até hoje) qual é a música que mais gosto e também pelo sorriso sozinho que costumo doar a quem passa, involuntariamente, enquanto te escuto e decido que essa é a melhor, ou essa, ou essa.
Obrigada, sobretudo, pela emoção que sempre me proporcionou com essa voz. Ah, a tua voz. Sobre essa eu não saberia falar, é feito reza, fico com a boca seca e um olhar distante, em tempos remotos, futuros e principalmente em tempos onde as coisas simplesmente acontecem dentro de mim, contra o vento, sem lenço, sem documento, com nada no bolso ou nas mãos, apenas no coração.
Eu te desejo muitos, muito e muitos anos de vida, pois o passar do tempo só te fez bem.
Com amor,
Carlinha.
sexta-feira, agosto 03, 2012
Viva de saudade
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