quarta-feira, maio 30, 2012
musical
Entre uma matéria e outra, escuto minhas músicas que variam entre Arctic Monkeys e Cartola, e, em uma dessas, começo eu a cantarolar "diga lá meu coração a alegria de rever essa menina..." E o meu editor simplesmente para tudo, vira pra mim e fala: 'Mêo Deus. Essa desenterrou,viu?' Detalhe que ele tem seus 40 anos e me vem com essa. Ahhh, adoro música de 'velho' mesmo!
Que posso eu fazer se herdei o bom gosto musical dos meus pais? Desde sempre (Quando digo sempre, é sempre mesmo... desde que nasci), minha casa é o que se pode chamar de casa de Vinicius: de braços e portas abertas para o violão, sempre no comando do meu pai. E a voz, guiada por ele, mamãe e eu, ainda com a voz fina e carregada de uma ingenuidade de criança que quer conhecer mais e mais aquele universo musical. E era assim, sempre. Fosse em churrasco com convidados, fosse à noite, depois do jantar, na varanda da nossa casa em Aldeia. Por vezes o teclado também se fazia presente, como em uma maneira de mostrar que meu pai (que hoje também manja na gaita), era e é um músico de passar o chapéu, ou como dizem "que tira a música com o ouvido". Não precisa de cifra, puro ouvido e intuição. Uma coisa mágica, bem como a música.
O repertório era variado e a música popular brasileira era fio condutor de muitas noites, frias ou não. Cartola, Zé Ramalho, Bezerra da Silva, Gonzaguinha, Alceu, Geraldo Azevedo, Tim Maia, Raul, Elis, Caetano, Gil, Gal, Betânia, Fagner, Tom, Vinicius, Nara, Chico... São alguns nomes que visitavam minha residência.
Anos mais tarde tive o prazer de conhecer por conta própria o jazz, que virou minha paixão. E foi quando em meio a brincadeiras, decidi: me casarei com um homem que toque um instrumento de sopro.
Dia desses, meu namorado que já ouviu falar nessa história, apareceu com uma gaita e dando seus primeiros sopros com 'felicidade foi embora do meu peito e a saudade...'
A brincadeira fez-se verdade e só fiz conprovar: como é lindo instrumento de sopro, ainda mais quando conduzido por alguém que a gente ama!
terça-feira, maio 29, 2012
Efeito Gil
É engraçado como algumas coisas te tocam e simples palavras podem te levar a uma viagem astral. Música é assim e em se tratando de Gilberto Gil (ou Caetano), comigo, não podia ser diferente. Ontem ele fez um show incrível no Theatro Municipal acompanhado da Orquestra Petrobras Sinfônica, em comemoração aos 50 anos de carreira e 70 de vida. Se eu fui no show? Não. Passei o dia dolorida e murchinha por não ter ido. Quando soube do evento, os ingressos já estavam esgotados. Então agora, após ler os relatos do show no G1, me arrepiei e meus olhos se encheram d'água. Senti no coração a desenvoltura que o jornalista teve em descrever cada canção e por isso digo que foi um show incrível. Claro que faltaram muitas canções e que eu trocaria umas por outras, mas, como o prórpio Gil disse: "Ah, meu filho, são 500 e tantas músicas que precisei espremer num repertório de 20 canções. É uma judiação, né?" E é mesmo.
Agora só me resta esperar o próximo show desse neguinho tão querido! Ou, quem sabe, um dele e Caetano juntos, pra acabar de vez com meu coração.
Agora só me resta esperar o próximo show desse neguinho tão querido! Ou, quem sabe, um dele e Caetano juntos, pra acabar de vez com meu coração.
sexta-feira, maio 25, 2012
quinta-feira, maio 24, 2012
Coração desmemoriado
Conversando com uma amiga próxima, ela contou das novidades e falou que tava, finalmente, de paquera. Só para dar um parâmetro geral do histórico paquerístico dela, para que fique mais fácil entender o texto, é importante dizer que ela sempre complica demais as coisas e se encaixa com perfeição naquele esquema de quando eu gosto, ele caga em mim, quando eu cago nele, ele gosta. E, com isso, é praticamente um parto quando, dentre essas desventuras, ela consegue simplesmente se entregar no mesmo instante em que se entregam a ela.
Em 6 anos de amizade, só vi isso acontecer plenamente uma vez em sua vida, tirando, claro, os casos de alto mar (mesmo) que duram uma semana efetivamente e vários meses de cicatriz e pensamento distante, entre uma onda e outra. E então quando ela me falou que estava com paquera novo, no primeiro instante eu comemorei! (sim, eu sempre comemoro quando ela fala isso e mesmo que dê merda no final, acho justo que a pessoa aproveite, sorria e sinta o coração bater mais forte, nem que seja por uma semana e mesmo que essa semana alfinete seu coração por muitos e muitos meses e a outra pessoa sequer sáiba disso.)
Após as palminhas involuntárias que dei defronte ao computador, ela soltou o detalhe: "é, ele ACABOU de sair de um relacionamento de 6 anos, mas tá ótimo". Eita, nesse instante eu engoli seco e antes que eu decretasse caixão e vela preta para o caso de minha amiga, ela decidiu piorar a situação com a seguinte sentença, pra mim, muito decisiva "tou até meio bobinha...". Deus, que conselho posso eu dar a ela? Boa sorte? Felicidades? Cautela? Pêsames?
Bom, foi um pouco mais fácil do que isso tudo, afinal, ela acompanhou o início do meu atual relacionamento... Ela estava presente no dia em que nos conhecemos e viu todo o desencadear da minha história de amor e a minha história tinha um capítulo que muito se parece com o que ela vive agora: 6 anos preenchidos por uma outra pessoa. Bom, ao relembrar isso a ela, precisei ser clara e dizer o que ela já sabia, que ele só se entregou de verdade para alguém quase 1 ano depois da separação. Não por ainda gostar da outra pessoa, nada parecido, mas porque precisava do momento de respiro e curtição do próprio ser que todo mundo necessita.
Então apenas 1 ano depois de muita pegação, bagunças na casa e vida semi-desregrada, ele se entregou, e esse alguém, por sorte e merecimento, fui eu. Ela falou que as vezes ficava um pouco paranóica mas que seguia tranquila na maior parte do tempo, pontos positivo para ela! Que completou o dilema falando que, na verdade, o relacionamento deles já estava mal há um bom tempo.
Mas tem uma coisa importante que talvez tenha ajudado minha amiga em sua reflexão: Ela tem mania de diminuição e insegurança. Ela é linda, inteligente, amorosa, carinhosa e tudo ou mais que um bom rapaz pode querer, mas ela tem um bloqueio de sempre achar que até a baranga da esquina é melhor. Ela é assim e pronto, não adianta que digam que ela é a branca de neve misturada com a menina com uma flor de Vinicius de Moraes. Acontece que essa nóia é sem importância, pois o que ela precisa enxergar (e espero que ela enxergue, de coração), é que o que está contra ela não é a ex. A ex pouco importa, eles acabaram. O relacionamento tinha desmoronado fazia tempo. O que pesa, nesse aspecto, não são os lindos cabelos que ela tem ou o corpo esbelto, mas sim o tempo. E quando falo do tempo, não me refiro pontualmente ao tempo em que passaram juntos, mas sim esse tal tempo de respiro e de entendimento sobre tudo o que passou e o que estar por vir.
Antes que eu pensasse que era caso perdido, ela me explicou que estava bem com ele, que ele era muito legal com ela mas que eu não me preocupasse, pois ela não estava apaixonada e dessa vez ela estava bem consciente da situação, pois nas demais vezes, como a própria psicóloga dela fala, ela pula de cabeça em uma piscina sem nem saber se lá dentro tem água... Parece que dessa vez ela tá usando bóia.
Refletindo com mais calma, vi que esse pensamento óbvio de que é difícil iniciar um relacionamento com alguém que acabou de sair de outro nem sempre termina mal, afinal, as pessoas simplesmente se apaixonam e podem alcançar o happy end na boa. Meus pais foram assim, quer dizer, bondade minha falar "happy end", mas posso garantir que foram anos de casamento. Meu único medo é que acontecesse com ela o que vejo acontecer por aí, pessoas que levam seus fantasmas para o atual relacionamento, pois não viveu seu luto em paz, sozinho. E acabam carregando consigo essa carga. Acho que isso aconteceu com os meus pais apesar dos 20 anos de casamento. Preferi então relembrá-la disso tudo por uma questão de síndrome de coração desmemoriado, que passa pelas coisas na vida, apanha, jura que nunca mais vai passar, que aprendeu e tempos depois está lá, vivendo tudo aquilo novamente, mudando apenas os nomes e endereços. Sem nem ligar se vai sofrer, se vai sorrir, apenas dando saltos (as vezes mortais) dentro da piscina.
E se quer saber? Pra quê bóia? estamos falando de amor.
Em 6 anos de amizade, só vi isso acontecer plenamente uma vez em sua vida, tirando, claro, os casos de alto mar (mesmo) que duram uma semana efetivamente e vários meses de cicatriz e pensamento distante, entre uma onda e outra. E então quando ela me falou que estava com paquera novo, no primeiro instante eu comemorei! (sim, eu sempre comemoro quando ela fala isso e mesmo que dê merda no final, acho justo que a pessoa aproveite, sorria e sinta o coração bater mais forte, nem que seja por uma semana e mesmo que essa semana alfinete seu coração por muitos e muitos meses e a outra pessoa sequer sáiba disso.)
Após as palminhas involuntárias que dei defronte ao computador, ela soltou o detalhe: "é, ele ACABOU de sair de um relacionamento de 6 anos, mas tá ótimo". Eita, nesse instante eu engoli seco e antes que eu decretasse caixão e vela preta para o caso de minha amiga, ela decidiu piorar a situação com a seguinte sentença, pra mim, muito decisiva "tou até meio bobinha...". Deus, que conselho posso eu dar a ela? Boa sorte? Felicidades? Cautela? Pêsames?
Bom, foi um pouco mais fácil do que isso tudo, afinal, ela acompanhou o início do meu atual relacionamento... Ela estava presente no dia em que nos conhecemos e viu todo o desencadear da minha história de amor e a minha história tinha um capítulo que muito se parece com o que ela vive agora: 6 anos preenchidos por uma outra pessoa. Bom, ao relembrar isso a ela, precisei ser clara e dizer o que ela já sabia, que ele só se entregou de verdade para alguém quase 1 ano depois da separação. Não por ainda gostar da outra pessoa, nada parecido, mas porque precisava do momento de respiro e curtição do próprio ser que todo mundo necessita.
Então apenas 1 ano depois de muita pegação, bagunças na casa e vida semi-desregrada, ele se entregou, e esse alguém, por sorte e merecimento, fui eu. Ela falou que as vezes ficava um pouco paranóica mas que seguia tranquila na maior parte do tempo, pontos positivo para ela! Que completou o dilema falando que, na verdade, o relacionamento deles já estava mal há um bom tempo.
Mas tem uma coisa importante que talvez tenha ajudado minha amiga em sua reflexão: Ela tem mania de diminuição e insegurança. Ela é linda, inteligente, amorosa, carinhosa e tudo ou mais que um bom rapaz pode querer, mas ela tem um bloqueio de sempre achar que até a baranga da esquina é melhor. Ela é assim e pronto, não adianta que digam que ela é a branca de neve misturada com a menina com uma flor de Vinicius de Moraes. Acontece que essa nóia é sem importância, pois o que ela precisa enxergar (e espero que ela enxergue, de coração), é que o que está contra ela não é a ex. A ex pouco importa, eles acabaram. O relacionamento tinha desmoronado fazia tempo. O que pesa, nesse aspecto, não são os lindos cabelos que ela tem ou o corpo esbelto, mas sim o tempo. E quando falo do tempo, não me refiro pontualmente ao tempo em que passaram juntos, mas sim esse tal tempo de respiro e de entendimento sobre tudo o que passou e o que estar por vir.
Antes que eu pensasse que era caso perdido, ela me explicou que estava bem com ele, que ele era muito legal com ela mas que eu não me preocupasse, pois ela não estava apaixonada e dessa vez ela estava bem consciente da situação, pois nas demais vezes, como a própria psicóloga dela fala, ela pula de cabeça em uma piscina sem nem saber se lá dentro tem água... Parece que dessa vez ela tá usando bóia.
Refletindo com mais calma, vi que esse pensamento óbvio de que é difícil iniciar um relacionamento com alguém que acabou de sair de outro nem sempre termina mal, afinal, as pessoas simplesmente se apaixonam e podem alcançar o happy end na boa. Meus pais foram assim, quer dizer, bondade minha falar "happy end", mas posso garantir que foram anos de casamento. Meu único medo é que acontecesse com ela o que vejo acontecer por aí, pessoas que levam seus fantasmas para o atual relacionamento, pois não viveu seu luto em paz, sozinho. E acabam carregando consigo essa carga. Acho que isso aconteceu com os meus pais apesar dos 20 anos de casamento. Preferi então relembrá-la disso tudo por uma questão de síndrome de coração desmemoriado, que passa pelas coisas na vida, apanha, jura que nunca mais vai passar, que aprendeu e tempos depois está lá, vivendo tudo aquilo novamente, mudando apenas os nomes e endereços. Sem nem ligar se vai sofrer, se vai sorrir, apenas dando saltos (as vezes mortais) dentro da piscina.
E se quer saber? Pra quê bóia? estamos falando de amor.
terça-feira, maio 22, 2012
Tamborim
após muitas taças de vinho |
É difícil demais expressar através de linhas o brilho que habita nos olhos,
nos olhos dele.
O formato que aquele olhinho rasgadinho fica quando sorri,
quando sorri para mim.
E o rosto inteiro se transforma em um misto de ternura e de sorriso com os olhos e lábios. Mais. É como se o corpo inteiro estivesse sorrindo, sorrindo de coração,
do coração dele para o meu.
E eu sorrio de volta, como se todas as coisas que desejo pra ele, pra mim e pra gente se transfigurasse naquele ato tão simples e involuntário de sentir com o coração. E é quando cria-se uma atmosfera singela, ingênua e cheia de um sentimento que, apesar de leve, é consistente a ponto de conseguir cortar como um pão. É vibrante, é cintilante, é azul e é amarelo. É vermelho, arde. É mar, transborda, é mais. É mais que a aquarela. É uma porta aberta, um vaso de planta, uma semente, um quintal, um enxame. É vento frio, uma canção inacabada, pincel, lápis e borracha. São cata-ventos rodando a nossa estrada.
É uma vontade enorme de que aquele instante seja eternizado através do meu olhar que não pretende perder um segundo que seja. O registro quase que impecável e cheio de expressões e impressões. Um registro cheio de amor feito através de dois olhares, dois sorrisos e um coração: batendo forte.
-
Eu podia ter esperado para escrever esse texto na nossa comemoração de 1 ano de namoro que tá tão próxima, mas ela veio agora e amor não se espera, amor se soma. E, entre uma notícia e outra, entre um instante e outro, não paro de lembrar das surpresas que você me fez essa semana. E é quando mentalizo e agradeço, com todo o meu amor, como é gratificante e feliz te ter ao meu lado, todos os dias.
Amo você, meu amor.
* post novo no http://www.sobreestradasebotecos.blogspot.com
quinta-feira, maio 17, 2012
Sofisma
Em um dia bonito, Jó (mãe da minha irmãzinha de quase 3 anos) fala:
-Sofia, vem cá que mamãe vai te ensinar a brincar de amarelinha!
-Ah, mamãe, eu só quero brincar se for de vermelhinho!
(!)
terça-feira, maio 15, 2012
das delícias de guardar no peito
E bem no final do horário de trabalho, com a coluna doendo e pouca inspiração para o trânsito da Barra até a Zona Sul, recebo uma mensagem no celular que vem de longe, bem de longe, e, ao mesmo tempo, bem próxima, de coração pra coração... E ela diz assim:
'Só queria dizer que eu te amo. Entra ano, sai ano, entra estação, sai estação e o amor continua. Que saudade! Me abraça aí no infinito que eu tou aqui te abraçando!' Maria.
sexta-feira, maio 11, 2012
Das mães
As pessoas costumam falar que mãe não é a que pare mas sim aquela que cria, cuida, dá carinho, afeto, educação e todas essas coisas que um filho precisa ou semeia, independente de ter vindo do seu ventre ou não. Engraçado que apesar de eu me encaixar com perfeição nessa categoria de filho que tem uma mãe que cria sem ter colocado no mundo, eu nunca havia pensado nisso desse modo. Aliás, só estou falando a respeito por conta de uma discussão de trabalho sobre o tema. E foi quando me peguei pensando nisso, no porque não penso nessa máxima.
Mãe pra mim é troca, é ser a mãe dela quando preciso, é brigar, questionar, aprender juntas. Cozinhar, passear, sambar, tomar uma, contar piada, levar bronca pelo armário bagunçado, ficar emburrada e depois passar. É perceber que o armário dela tá mais bagunçado que o meu mas que o fato dela ser a minha mãe é o suficiente.
Mãe pra mim é uma melhor amiga que nunca vai te sacanear. Uma pessoa que nunca precisarei pensar duas vezes se o que ela fala é com a intenção de ser o melhor para mim (ainda que não seja). Mãe é a mulher mais linda que já conheci e conheço, e, por sorte, essa mãe é a minha: Ana, meu amor. Tudo pra mim. Feliz teu dia, todos os dias.
é que a gente é do samba, sabe? |
Mãe pra mim é mais que esse nome, mãe é a pessoa que eu converso sobre sexo, sobre amizade, sobre problemas, sobre amor, sobre tudo. Sem pudor, sem restrição, sem o balãozinho de pensamento que fala que ela é minha mãe, e, desse modo, alguém que apesar de fazer tudo por mim, não merece saber tudo o que me acontece.
Mãe pra mim é uma melhor amiga que nunca vai te sacanear. Uma pessoa que nunca precisarei pensar duas vezes se o que ela fala é com a intenção de ser o melhor para mim (ainda que não seja). Mãe é a mulher mais linda que já conheci e conheço, e, por sorte, essa mãe é a minha: Ana, meu amor. Tudo pra mim. Feliz teu dia, todos os dias.
segunda-feira, maio 07, 2012
Carta para você/mim/nós
Minha querida,
Eu sabia que uma hora ou outra a vida seria regida por um turbilhão, cheia de detalhes simultâneos. Cheia de acontecimentos, crescimentos, dores e saltos, por dentro e por fora. Eu só não sabia que chegaria assim, sem aviso, sem bilhete, justo nos meus 24 anos, idade que você sabe tão bem quanto eu que é marco histórico de minha nascença e tua partida. É engraçado como já pensei algumas vezes se essa não seria a continuação de sua vida, seus dias, suas forças. Apesar de saber que você era bem mais gente grande do que eu aos 24 anos, com um casamento, um filho nas mãos e outro na barriga, eu sei que tinhas um mundo inteiro ainda pra conquistar. E é aí, justamente nesse espaço de tempo que entro, cheia de humildade e vontade. Vontade de acertar no caminho! E isso se reflete no meu dia a dia, no meu corpo, na minha cabecinha. Igor ultimamente anda falando de maneiras engraçadas, com ar de impressionado, que estou bonita fora do normal. Acho que devo estar refletindo um pedaço de sua beleza também. Bom, não sei ao certo o que essa fase significa, o que esse emprego novo significa, o que esse amor tão grande dentro de mim significa, o que tantos aprendizados significam, o que discórdias significam, mas sei que a vida tá passando por mim e eu não estou parada. Estou fazendo por onde cada conquista e analisando com cuidado cada fraqueza, cada dor. E isso vem me fortalecendo, vem me deixando mais próxima de você, da minha mãe Ana e das mulheres de fé, coragem e força que admiro. Abaixo segue algumas linhas escritas por Phillipe. Aliás, seu/meu/nosso nome é sempre motivo de risos, por ser diferente e o do meu irmão também! Não sei onde vocês estavam com a cabeça quando colocaram um "phillipe" antes do Victor, mas tudo bem. Quanto ao meu Anete, carrego com todo orgulho. A carta foi enviada junto com um presente lindo, em uma caixa enorme cheia de borboletas azuis:
'Irmã linda,
Vejo que o passar do tempo só te fez bem. Aquela pequena bailarina se tornou uma mulher. Mulher de verdade, de força, de amor. Pra mim vai ser sempre minha irmãzinha, que apesar do diminutivo, é como se fosse tudo pra mim.
Viver é fácil, difícil é fazer a vida valer a pena, por isso, parabéns! Você está no caminho certo, falo com todo orgulho, que só alguém com o privilégio que tenho por ser seu irmão pode falar.
Muito amor,
Phillipe.' Abril/2012
sexta-feira, maio 04, 2012
Blog sofre queda nas postagens
Querido Catando Vento, sei que ando em falta com você, porém, tenho uma justificativa que considero justa: faz pouquíssimos dias (os mesmos que me ausento daqui) que estou jornalistando sem parar. É notícia que não se acaba, uma danação só! E, veja bem, sou responsável pela editoria de economia, você deve imaginar o quanto isso é tenso pra mim. Logo pra mim! Eu bem queria colocar poesia nos infográficos, nas cotações, nos câmbios, nos juros, mas juro, não dá! É número por demais. É tudo muito duro, muito cidade, muito concreto e instável. Era hoje e não é mais. Sobe e desce. Sofre recuo. Tem ajuste. Tem perda e correção.
Parece esquisito, mas economia é o mesmo que paixão: efêmera agonia.
E no final, no bem e no mal, tudo vira poesia.
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