quarta-feira, abril 27, 2011
catando o vento
domingo, abril 24, 2011
amor,humor
segunda-feira, abril 18, 2011
Fraqueza ...
sábado, abril 16, 2011
Sábado
SOl
por
fora
e
por
dentro
A alegria de estar vivo
uma brecha no tempo,
uma suspensão da realidade
e lembrar de Pena: que, enfim, te resta a vida.
Felicidade é estar em um lugar bonito
ter para quem sorrir
abrir os maiores braços e trancá-los com o maior dos gostos em um abraço pra guardar.
A
M
A
R
não importa a quem seja.
sábado, abril 09, 2011
Resquícios de carnaval
Ainda sinto o resquício de carnaval nessa cidade
O cheiro azedo de cevada no canto da calçada
A boca molhada de tantos beijos na soledade
A saudade dos blocos impregnadas nas buzinas dos carros
O vestido amarelo da moça na varanda
Observando a chuva, fininha,
Procrastinando pra lavar o rosto dos namorados
Conversa fiada e afiada nos Quatro Cantos
Deixando o sentimentalismo
Guardado para o restante do ano
E agora, abril, que já é o restante do ano
O carnaval continua impregnado nas ruas da cidade
O cheiro de azedo no canto da calçada
A boca molhada
A saudade dos blocos impregnadas nas buzinas
O vestido amarelo, a moça
A chuva procrastinando
Conversa afiada
E o sentimentalismo guardado para o resto do ano
E o sentimentalismo guardado...
... Para o restante do ano ser carnaval.
quinta-feira, abril 07, 2011
segunda-feira, abril 04, 2011
Um recado para você
Carla,
Vá ao espelho do banheiro e perceba que lá tem duas lâmpadas. Gostaria que você acendesse a que fica em cima do espelho, aquela que clareia mais e que você acha ótima para se maquiar. Acenda-a e se observe com calma. Quando voltar, quero que me diga o que enxergou.
Volte lá, Carla. Tou esperando. Não adianta tentar me enganar e continuar acendendo a lâmpada azulada, que disfarça, que mente. Seja verdadeira ao menos com você. Acenda a do espelho e me diga o que você enxerga.
Pois é, um roxinho cavado por baixo dos olhos, um tanto de catarro que não escorre e nem vai embora, olhos marinhos, olhos de rio: escorrendo. Uma sobrancelha crescendo na medida que os dias passam. E elas vão continuar crescendo até que você decida fazer. Elas não serão feitas sozinha, como nada na sua vida. Nada vai acontecer por sí só, perceba que até as besteiras acumuladas, que ató os motivos do tal roxinho cavado abaixo dos olhos, não foram feitos sozinho, você contribuiu.
Então agora trate de contribuir também para desfazer, esvaziar e preencher.
Você costumava me falar sobre isso, não lembra?
É preciso esvaziar, esvaziar,esvaziar... e preencher. Sem erro.
Esvazia, Carla! Que o tempo tá passando e o mundo te esperando pra preencher a vida de luz, de amor, de trabalho e de sorrisos. Aquele sorriso largo que você costuma doar. Aquele sorriso nos olhos e o caminhar saltitante! Você é boa nisso, menina. Sempre te dizem,não é? Vai ver que é porque é verdade.
Você precisa entender que no mundo de hoje não é tão normal encontrar pessoas do bem, que te dão sorrisos de presente, um abraço apertado e a mão estendida. E que se você é uma delas e tá aí, se escondendo por trás da lâmpada azulada, vai pegar muito mal.
Curte teu luto e encerra. Curte teu luto bem logo e não longo.
Acaba com o luto e veste a alma de branco, verde, azul e rosa.
Acaba esse luto, acaba agora!
Termina o luto e volta.
Volta que a gente precisa de você.
Com todo o amor,
Anete, Carla e quem mais aparecer.