sábado, agosto 07, 2010

Pentearam sem a permissão dos meus olhos


Aquelas flores amarelas caidas estratégicamente na cabeça do fusquinha branco em folha.
Era o que aliviava a paisagem cinza de estacionamento de prédio e onde eu fazia de conta que moro em casa. O senhor de bermuda vermelha penteou, assim, sem a permissão dos meus olhos, como quem faz favor.
Deixando limpo, limpinho. Sem flor, sem amarelo, sem casa, sem nada. Uma branquidão reluzente.

Ele mal sabe que o estacionamento agora, tem cara de estacionamento e só.

terça-feira, agosto 03, 2010

Um texto para te dizer, Marina





Faz uns dias que tento psicografar um pedaço de mim, que é você. Não tou conseguindo apenas juntar fonemas aos teus olhos tremidinhos de tensão e carinho, logo eu,que você tanto admira justamente por (pelo menos) saber usar as palavras com pouco pecado e firmeza, já que vacilo na fala, na lata. Acredito que justamente por isso, a precaução. Não queria decepcionar a quem já usou das minhas orações pouco analisadas na formação da palavra, mas palavras de sensações brotando na ponta dos dedos. Psicografar seria uma maravilha, para que fosse bem preciso os dias, as horas e até os anos. Os olhares e as conversas rotineiras. Os risos, os choros,as brigas e as tréguas, as piadinhas, as caretinhas, o Rio de janeiro e os teus denguinhos... Ah, os teus denguinhos... denguinhos de Mámá.





Queria todas essas coisas vistas por nós em um quadro bonito, a gente sentadinhas no chão com sensações de frango grelhado e o filminho passando com tons pastéis. Um quadro daqueles que cada um entende de uma maneira e a gente provavelmente entenderia igual. cada pedacinho.





Aquilo que é só nosso.





Em nossa homenagem, DISRITMIA tocando no último volume e as duas cantando loucamente.


segunda-feira, agosto 02, 2010

distração

foi indo, foi indo, florindo, fluindo, foi lindo, fingindo,

fugindo,