quarta-feira, julho 28, 2010

"Oh, desculpe!"

* texto de junho/10


Hoje deixei a rima de lado para escrever um pouco sobre o ato de constranger (ou achar que está constrangendo) e o de se sentir constrangido por uma coisa tão besta. É que eu tava andando pelas lojas americanas procurando 'meia invisível', foi quando uma senhora me perguntou se tinha massa de modelar. Eu, já sabendo que ela ia ficar constrangida em achar que eu ficaria constrangida ou ofendida por dizer "eu não trabalho aqui" , resolvi dar uma forcinha, fui no setor de material escolar e vimos juntas que não tinha.

Ela insistiu "querida, será que não tem no estoque?" e eu, de forma descontraida, falei que não trabalhava lá. Acho que piorei foi tudo, ela ficou envergonhada duas vezes, primeiro por eu ter ajudado sem ser funcionária e depois por ter sido insistente, até grossa e só depois ficar sabendo que eu não trabalhava lá e soltou um "oh, desculpe" com rosto vermelho. O tratamento mudou na hora. Era natural que ela pensasse que eu trabalhava lá, afinal, estava usando a mesma farda que todo o shopping, por sinal, uma blusa do Brasil horrível de mal feita.

Depois disso fiquei pensando porque isso sempre acontece. Todo mundo na vida já passou pelos dois lados e ainda assim a sociedade não superou esse ato besta do constrangimento. Fiquei pensando se era por conta de ser uma loja popular... e me perguntei se o mesmo aconteceria se por acaso você fosse confundido por alguém de um cargo mais elevado do que o seu. Se você ficaria 'ofendido' e se a pessoa falaria com tom constrangido "oh, desculpe".

quinta-feira, julho 08, 2010

jogadopeito

acontece que agora me deu vontade de te falar. ouvir tua voz. Telefonar talvez fosse moderno demais para mim, seria desafio e desatino. Não sei se conseguiria. Mas quis, aliás, quero no meu ouvido, todas aquelas palavras, bobas ou não.

As duas horas sentados em um colchão, com trechos de pernas se tocando fingidamente por acaso, como trechos de livro preferido. Que se decora. Eu te decorei. Delicia, deliciosamente.

-Sim, eu quero isso. Não sei ter isso, mas eu quero.

Querer não é suficiente, ter também não.

Não se tem. Não quero. Eu quero. Querer tanto assim. A guerra dos nãos. A guerra das mãos.
Mãos segurando o que escapa...

Me escapa e preenche.

No rosto, o vento frio e azul

me tem.

terça-feira, julho 06, 2010

24 de julho

Talvez ainda seja cedo para achar que faço parte da máxima "me divirto sem beber" mas já consigo tirar proveito disso tudo, o primeiro de todos é a saúde, na verdade, não me sinto mais saudável, mas o tempo vai me mostrar isso, afinal, acabei de sair de uma maratona de viagens e formaturas regadas a tudo menos a água.

Fazia tempo que não passava o mês de julho com cara de férias. Com relação a ressaca, nada melhor que acordar com a cabeça 100% e sem aquele cheiro deprimente de festa que já passou, ainda mais eu que tanto faz beber um gole ou um litro, o cheiro impreguina mais que rimel a prova d'água.

Bom mesmo é acordar pedindo praia e maçã gelada (daquelas que faz creck, prazer em estourar a maçã com a primeira mordida. E não as com textura de areia em bloco). O saldo também melhora ou pelo menos se transforma de ENGOV e BEBIDA para as boas comidas e o dinheiro reservado para as boas comidas, transfere para idas a praia e o dinheiro da praia a gente guarda para alguma viagem que não cabe nesse orçamento ou para alguma surpresa. Adoro surpresas!

Uma boa tatica para quem não é muito de refrigerante que nem eu, é se manter na base da água e do "mais gelo, por favor". O gelo derrete e se transforma em mais água. Um ciclo infinito e vicioso que pode durar a noite inteira e apenas o garçon notar. Essa tatica é bem válida para rodízios que de danadinhos que são, superfaturam no preço de simples refrigerantes que são iguais no Zen ou em Abelardo. Mentira, os R$3 extra de cada lata, são referentes ao gelo e limão, claro!

Por enquanto é isso, quem sabe depois eu não escreva sobre a experiência de estar sóbria entre amigos alto falantes que tenham passado meia hora rindo por conta de algum comentário que só teve graça no mesmo minuto e que, aliás, ainda nem sei se teve mesmo graça. Ou posso fazer uma análise dos detalhes que passam desapercebidos por um corpo e mente em plena ebulição do devaneio e desvairio alcoolico.

Tin tin!

sábado, julho 03, 2010

Rio 21 graus

10:52h

Queria casar com esse clima: friozinho gostoso com sol de praia!