terça-feira, maio 13, 2008

... de noite



No cine-silêncio do meu quarto, ouvia canções que não eram minhas.
Pra fugir da saudade, pra fazer de conta, uma conta que não tinha fim.
Fim do dia, noite sempre trazia vontade de chão,
vontade de mão secando água dos olhos,
águas do corpo depois do banho.
Banho solitário, eu nunca me encontrava nele.
Tava sempre do outro lado, fazendo aqui pensando alí.
Pensando alí, penando aqui.

Cine-silêncio,
silêncio!

preciso me concentrar.

No mais, não mais.

Cine-barulho no peito eu quero é mais!

Carla Alencar




3 comentários:

Anônimo disse...

Menina, adorei seu poema! A brincadeira com as palavras ficou fenomenal.

Volto mais vezes, tá?

BEijos.

Fellipe Fernandes X disse...

É sou meio que novo por aqui, mas vou tentar ter alguma regularidade.
vou ficar vindo te visitar tb.
gostei dos textos.
bjaum

Clara Mazini disse...

Que musical. Me deu vontade de melodias!