Dudu é bonito. Quer dizer, eu acho Dudu bonito. Uma amiga minha também acha. Mas Dudu não é o típico bonitão. Dudu, quando pequeno, era loirinho, cabelo escorridinho e já usava óculos de grau. Bem tampa de garrafa. Dudu era bonitinho, mas era meio esquisitinho. Dudu tem pais maravilhosos, são ótimos os pais dele, parece. Dudu tem umas tatuagens e estatura média. Eu o considero quase alto, mas meus 1m60 não são referência pra isso. Dudu toca em uma banda que eu gosto e temos 14 amigos em comum no facebook, mas só liguei o nome a pessoa nos últimos dias. Antes, Dudu era o menino que eu via por aí e que não tinha nome. Quero dizer: não tinha nome pra mim. E Dudu também era o menino da banda que não tinha rosto, apenas o nome. Quero dizer: não tinha rosto pra mim. Como se fossem duas pessoas diferentes. Agora ele tem nome, rosto e ainda sustentou ser o assunto de praticamente uma noite inteira. E é por isso que sei dessas coisas que escrevi (tirando a parte do bonito, dos óculos, tatuagem, porte médio, amigos em comum e banda).
Fiquei aqui pensando quantas vezes já devemos ter sido e ainda seremos assunto de mesa de bar dos outros. De amigos ou de quase anônimos. Quantas vezes já devem ter conversado amenidades sobre nós sem que a gente saiba. Já nos desejaram, já falaram mal sem conhecer, já falaram bem sem conhecer. Já falaram. Já imaginaram. Que doideira!
No fim da noite, brindamos mais uma vez:
"o brinde vai para o quê agora?"
"ah, vai pro Dudu, já que falamos nele a noite inteira".
Um brinde ao Dudu, então.
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