Semente é uma palavra que gosto que só. Flor é um negócio que me enche de amor. Vasos de plantas, mesmo os (ainda) vazios, me sugerem um monte de ideias. Terra por dentro das unhas nunca me chateou. Ver os carocinhos se transformando em broto, o broto em galho, o galho em planta: me emociona.
A primeira vez que senti isso foi com o algodão e o feijão. não entendia muito bem aquela logística, mas gostava de ver a evolução, mas logo depois o algodão ficava escuro e o broto morria, não tinha força pra nascer alí. Um pouquinho de mim e de minha esperança morria junto.
A segunda vez que senti isso foi logo em seguida e de maneira mais grave, quando plantei com meu pai um pé de pitanga na nossa granja em Aldeia, dessa vez o algodão deu espaço para a pá, terra e beijinho (é que eu beijei o chão depois que a semente foi enterrada e batida). Dessa vez a espera foi longa, uma espera de anos. E o resultado mais concreto, como acontece com tudo que a gente cultiva com paciência. Pressa, pra quê?
Tá fazendo vinte anos que plantei uma árvore e ela continua viva.
Não me deem flores, me deem sementes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário