Terei esquecido esse negocinho que ainda insiste em acender, esquecido assim - à vera - quando parar de uma vez por todas de, vez em quando, calcular que horas são aí só pelo prazer de te imaginar cinco horas à frente em algum lugar que gosto. E ver teu sorriso. E sorrir junto.
Então restará 'apenas' as fotografias cheirosas em um álbum que, depois de um tempo, ficará dentro do movelzinho branco que pintei muito tempo atrás uma árvore e uma frase de Carlos Pena Filho. E então colocarei um monte de coisas em cima - do álbum e do meu coração. Do meu coração porque na verdade a minha vontade é deixar o álbum em cima da mesinha da sala ou do quarto, pra quem chegar em casa ver. E eu contar tudo de novo e meus olhos acenderem mais uma vez. mais uma vez. mais uma vez. mais uma vez. Até que as visitas se repitam e eu não precise mais re-falar. E aí sim eu poderei guardar o álbum no móvel pintado de árvore e Carlos P. Filho.
Mas antes, veja bem, preciso falhar nas contas das horas, revelar as fotos, transcrever os poemas e cartas no álbum, cheirar cada fotografia - e sentir o cheiro - dar uma choradinha de leve - ou nem tão leve assim, vá saber - deixar o álbum na mesa, correr o risco de rever algumas vezes, dipois guardar o álbum lá dentro do movelzinho branco que pintei uma árvore blá blá blá e, por fim, arrumar umas quinquilharias pra pôr em cima dele.
Bem que a ordem do processo podia ser de trás pra frente.
Arrumar umas quinquilharias me parece o mais fácil!
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