terça-feira, novembro 08, 2011
segunda-feira, novembro 07, 2011
Sobre a curiosidade, seu limite e a falta dele
Sabe-se que a curiosidade chegou no seu limite quando essa bexiga encheu tanto, mas tanto, que acabou estourando lá por dentro.
Quando essa mesma bexiga chegou no seu ponto máximo de crescimento, naquele segundo que antecede o estouro, e, no lugar de estourar, ela simplesmente voa de dentro para fora, naquele movimento giratório, deprimente e rápido de bola que tá murchando até cair, finalmente, no chão: bom, significa que a curiosidade passou do seu limite e alcançou o prumo da falta de noção, bom senso e bom gosto.
quinta-feira, novembro 03, 2011
Edifício Errado
- Tô bem em frente ao Edifício errado.
-Hmmm... Vai pra frente do certo então que eu chego em dois minutos.
-Não, eu tou em frente ao edifício certo, é que ele se chama Errado, rs.
-Annn... Ele se chama Serrado, é que caiu o S. Tou já chegando.
-Ah...
:]
segunda-feira, outubro 31, 2011
finquinabaute
Essa é uma frase que costumamos ouvir no decorrer de toda uma vida, e, quase sempre, concordamos ou seguimos com a máxima de que o relacionamento é simples e que quem complica somos nós. Pieguices a parte, acredito que pensar um pouco a respeito não deve fazer mal a ninguém, e, para algumas pessoas (faço parte delas), chega a ser um exercício delicioso. Mesmo!
No momento em que vivemos dentro de uma situação, pensamos ter domínio a respeito dela. Quase sempre só chegamos a perceber que não tínhamos, quando não mais estamos dentro. Algumas pessoas nem chegam a perceber isso e eu não sei se considero essa questão como sorte ou ignorância. E aí lembro que os ignorantes as vezes são mais felizes, por saberem menos, se preocuparem menos.
É, pode ser. Mas é óbvio que não me atenho a isso, afinal, dentro dos meus 50 quilos distribuidos em 1,60m, as vezes parece que sou miudinha demais para a quantidade de pensamentos por segundo.
E, dentro da minha situação, acredito ter domínio a respeito dela, porém, sempre duvidando. Duvidando de mim. Pois com o tempo e experiência em outras situações, aprendi um monte sobre Carlinha, Carla, Anete ou quem for. Sobre meus limites, minhas falhas e minhas virtudes.
Onde errei, como errei. Como não errar novamente a mesma coisa. Onde acertei, onde acerto, onde ligo meu pisca alerta ou a seta de direção. Onde é a contramão. E, justamente por estar tudo tão claro, tão limpo, tão resolvido dentro de uma cabeça como nunca havia me acontecido antes, sinto que, mais que nunca, tenho domínio sobre a situação. Domínio, sossego e uma felicidade do tamanho de um avião. Não, maior! Do tamanho do japão. Não, é bem maior que isso. É um negócio que eu não sei dizer mas insisto. Insisto e paro e insisto novamente.
Mas, justamente por ser tudo tão clean e leve e bonito e foda, com o perdão da palavra, acabo temendo incluir a essas palavras citadas acima, uma outra que não combina: arrogância. Afinal, ter domínio é bem próximo a acreditar que se sabe tudo. E acreditar que se sabe tudo é bem próximo a arrogância. Mas não é assim, o aprendizado acontece dia após dia e eu enxergo isso com uma clareza maior que a da minha lente f 1.8. A questão é que eu já incluí o saber que estou sempre aprendendo, como parte do domínio. Incluí minhas falhas como parte do domínio.
Incluí no domínio tudo aquilo que eu tenho consciência, e, a partir do momento em que passo a ter noção a respeito das coisas que podem ser moldadas, adaptadas ou superadas, se preciso for, chego a conclusão que sim, tenho domínio e que isso não é arrogância ou prepotência.
Ser feliz e ter consciência disso tá longe de ser arrogância.
Aprender com as semelhanças e diferenças, tá longe de ser um problema, aliás, as vezes pode ser bem divertido! Essa semana fui dar um grau na casa do meu namorado, e, um dia antes,dentre os e-mails que ele enviou, tinha um perguntando, assim, como quem não quer nada, se eu tenho coisas guardadas de ex-namorados e fez questão de deixar claro que não tem mais nada de ninguém, que só ficou um cartão do último aniversário de namoro ou algo do gênero, mas, que se eu quisesse, ele poderia jogar fora sem problemas. Na hora eu dei uma risada e fiz de conta que não notei que ele queria me previnir, no caso de encontrar algo que não me agradasse no meio das arrumações. A precaução masculina é uma coisa que me agrada. E, vindo de uma pessoa tão doce e linda, me faz rir.
Precisei responder pra ele não se preocupar, que eu não me importo e que eu tenho uma caixa cheia dessas coisas guardadas pra mostrar aos nossos filhos. Trocamos mais algumas palavras humoradas a respeito e pronto. Aprendemos alí, naquele instante, que as pessoas são diferentes e que uma preocupação que ele precisava ter alí, não precisa ter acolá. E assim por diante.
É gostoso chegar a uma conclusão saudável e concreta junto com a pessoa que amamos:
Não, eu não queria que você viesse com um botão de limpar histórico.
Por toda aquele blá blá blá de amarmos alguém pelo que esse alguém é, e, esse alguém só é o que é por causa das coisas que vivenciou até hoje. Por saber que esse alguém só está lapidado em certos vícios e chatices ou em certas coisas divinas e carnais por conta de outras pessoas que passaram pela sua vida ou simplesmente porque me divirto em aguçar minha curiosidade crônica fazendo um interrogatório a respeito de alguma situação passada. Alguma situação que pode ter acontecido dez anos ou seis meses atrás. Pouco importa.
Mas confesso que a parte mais gostosa nessa brincadeira de não querer limpar histórico, se assim fosse possível, é poder saber que ele nunca amou uma mulher como me ama. Aí eu me derreto toda.
Afinal, como ele poderia saber isso de outra maneira que não fosse com um histórico preenchido?
segunda-feira, outubro 17, 2011
Pra aquecer o coração de segunda-feira
E eu que tinha tantas coisas pra falar, após dias tão azuis, sou mais uma vez emudecida com todo o prazer.
Sim
Eu também te amo de todas as cores .
terça-feira, outubro 04, 2011
Recife-me
quinta-feira, setembro 29, 2011
quarta-feira, setembro 28, 2011
O Maior PresenTinho de Todos
segunda-feira, setembro 05, 2011
Sobre o amor e suas falcatruas
Não consigo encontrar as palavras corretas pra escrever nesse pedaço de papel, talvez lilás, talvez cor de rosa, as coceguinhas que meu peito anda fazendo sem que eu peça ou indique que essa é a hora. Essa é a hora, sim, agora. Agora e daqui a cinco minutos. Cinco minutos de ondulações que o peito anda me aprontando, apontando pra você feito seta fluorescente, sempre, sente.
E as palavras corretas estranhamente não chegam aos meus dedos, pois dessa vez me prontifiquei a viver mais que escrever, criar, imaginar. Teus braços andam sendo meu caderninho a tirar colo e no teu colo eu te faço um cafuné, um alisado nas costas, um chamego de pé com pé e os teus olhos a me cobrir no cobertor cor de pele, na pele que a gente toca, arrepia e que alivia todo tipo de dor.
Sim, as palavras certas me escapam, porque na certa estou pensando em outra coisa, tou lembrando do dia em que esses olhos rasgadinhos de de manhã cedo se debruçou sobre mim e eu fiquei paradinha, meu coração quase saltou pela janela e saiu correndo pelas laranjeiras, cerejeiras, abacateiras e todas as frutas que a gente disse ao outro que conhece. Aconteceu em uma manhã, em uma dessas manhãs que a gente faz de conta ser domingo e que o despertador toca quantas vezes se fizer necessário, com um tom de importância e imponência que passa despercebido diante daqueles minutos que se não for, muito me lembra a palavra encantamento.
A partir dalí eu já sabia que não tinha mais jeito, mas preferi não te contar por pura precaução.
As palavras me escapam, porque ao invés de escrever, acabo me lembrando da noite em que a chuva se fez presente, e, por conta dela, precisamos andar ainda mais próximos embaixo de um círculo preto que chamam de guarda-chuva mas que pra mim tem um significado além, afinal, em que outra situação se pode andar na mesma direção, com os mesmos passos e com um mesmo cuidado silencioso de conseguirem chegar a algum lugar sem que o outro se molhe? Com o cuidado silencioso de conseguirem chegar a algum lugar. Qualquer lugar. Aqui. Agora. Vem!
E, sem desistência, continuo na busca em procurar as palavras adequadas pra explicar os dias em que isso, aquilo e aquilo outro.
E quer saber? não o farei, afinal, tou ocupada demais lembrando das manhãs bonitas de domingo em que Roberto Carlos fala do outro lado da rua que você é a saudade que eu gosto de ter!
(50mm colaborando pra embelezar o blog!)
quinta-feira, agosto 04, 2011
Um texto pra te dizer, Marina - Parte II
terça-feira, julho 26, 2011
Seremos sempre (?)
Não tiveram a coragem de se reconherecem perdidas até agora, mas no fundo sabem: Se perderam no caminho, em algum pedaço de caminho que não foi satisfatório.
Quando duas pessoas se perdem, não importa em qual grau ou gênero de relacionamento, sabe-se que isso aconteceu em um dado momento, mas não se sabe, ao certo, onde ou quando. Se naquela intriga aparentemente boba, naquela festa, naquele olhar que não se cruzou. Não se sabe se isso aconteceu naquele primeiro instante de não ou se no último que eu possa lembrar, na gota d'água, nas palavras que saiam da boca diretamente para o lixo do canto da cozinha, junto das garrafas de heineken.
Sem os olhos se olhando. Sem os olhos, só as palavras. Em um sofá, talvez em um elevador.
Se foi na primeira ou na última situação, não sei. Acredito que no trajeto entre um ponto e outro. E fico pensando no porque não reparamos nisso na primeira instância, no porque não sentamos e encaramos aquela "besteirinha" que nem ao menos sei qual foi, como algo importante, assim, teríamos deixado tudo no zero a zero e seguido nosso caminho, agora, de braços dados e segredos compartilhados.
Mas não, como seres humanos que somos, preferimos deixar passar. E, deixando passar uma vez, deixamos também as outras, até chegarmos ao ponto que agora te descrevo. Um ponto que não é quente e nem é frio. Entramos naquela inércia do "seremos sempre", como se isso fosse o suficiente. Isso é suficiente sim, quando de fato praticamos o "sempre seremos" . Desse modo, o happy end é garantido. Mas agora, em uma noite comum de terça feira, me pego pensando no que somos; em quem somos, e, definitivamente, se somos ou seremos, não encontro, não vejo. Não te vejo, você não me vê.
Sempre?
No mundo do sempre onde as datas não datam, como diz Quintana. E nunca precisou datar, nunca precisamos de contagens, encontros marcados,prazos ou rotinas. Justamente pela certeza boba de que seríamos sempre.
E agora, Maria, que não podemos escapar do sempre, te pergunto:
Enfim, seremos?
Enquanto isso, eu cantarolo baixinho, que nem você me fez um dia: 'Você precisa saber da piscina, da margarina, da Carolina, da gasolina. Você precisa saber de mim. Baby, baby, eu sei que é assim'
domingo, julho 24, 2011
As flor mais bonita
quinta-feira, julho 21, 2011
Cataporizando
Então dá pra imaginar a chateação que foi, para mim, ser diagnosticada com Varicela, vulgo, catapora, em plena tarde de um sabadão de sol e lua cheia. Chateação é pouco, foi o fim, uó! Ainda mais que era um final de semana cheio de programações. Ok, como todos. Mas eu tinha sido convidada para passar o final de semana que vem em Muriaé-MG, sinto saudade de gente que não posso ver por motivo de contágio, e, pra piorar, ainda tem o anima mundi, um festival de animação que tá acontecendo durante toda a semana nas principais salas de cinema da cidade. Enquanto isso, eu aconteço na minha sala particular.
Entre um filme e outro. Um cochilo e outro. Uma coçadinha e outra. Um remédio e outro. Uma refeição e outra. Um banho e outro. Uma visita e outra. Uma ligação e outra.
Pois é, minha vida que costuma ter um leque com variações mais agradáveis, se transformou em um espaço entre uma coisa e essa mesma coisa. E essa mesma coisa, de tão chata, nem sobrenome tem: monotonia.
Bom, com tanto tempo livre, o que me restou foi aproveitar para tirar os pensamentos do modo de descanso, colocar algumas idéias no lugar, confundir outras, organizar uns papéis, escrever umas bobagens e perceber que, em definitivo, não nasci para servir de paisagem, seguir uma rotina tão quadradinha ou para ficar, literalmente, me coçando.
Bom, mas isso eu já sabia. Eu queria mesmo era uma cerveja bem gelada, posso?
terça-feira, julho 19, 2011
Negocinho bom
'Há de surgir
Uma estrela no céu
Cada vez que ocê sorrir'
E eu te guardo dentro daquele abraço cheio de silêncios, afeto e (bem)querer que me fez desabrochar em sorrisos, sozinha, por todo o trajeto do elevador - que quase não subiu - por um esquecimento sadio e distraído de não apertar o botão.
Eu te guardo e aguardo até o próximo abraço!
E hoje eu sei o que você é pra mim. Você é o meu negocinho bom!
Menino dos olhos infantis e sorriso despreocupado...
Sim, meu negocinho bom!
Eu também prezo por você, bastante.
'Hum!
Deus fará
Absurdos
Contanto que a vida
Seja assim
Sim
Um altar
Onde a gente celebre
Tudo o que
Ele consentir'
sábado, julho 16, 2011
quarta-feira, julho 13, 2011
Por amor ou por besteira?
Deixei os dias passarem lá fora na tentativa de entender o que se passa aqui dentro, não sei se tive o sucesso que esperava, muita coisa ainda caminha confusa, mas uma coisa é certeira, certeza: Eu posso,embora com saudade e vontade, viver sem. Sem tudo isso, todos esses pequenos issos que a gente vem somando nos dias, nas horas, nos instantes. Deliciosamente.
Mas se quer saber? Eu não quero. E o fato de não querer viver sem, assim, tão espontaneamente, faz uma diferença enorme.
Agora, talvez, eu consiga explicar um dos questionamentos que minha cabeça manda ligeiro para meu coração :
Capricho?
Se é capricho, confesso que capricharam direitinho...
E aí eu pergunto:
Por amor ou por besteira?
domingo, julho 03, 2011
Sim e Não:
sexta-feira, julho 01, 2011
terça-feira, junho 28, 2011
As mentiras que elas contam

É bem verdade que cada cabeça é um mundo e que querer entender o que se passa dentro delas é trabalho de doido ou de quem não tem muito o que fazer, afinal, me pego mais em dúvida do que em certeza sobre a minha própria, quiçá sobre a de outros,né? Mas uma coisa é certa, não importa a idade, a cor do cabelo ou o tempo que se passe, sempre tem aquela determinada classe de gente que se enquadra em um mesmo padrão, ou como diz o ditado: 'é tudo farinha do mesmo saco', peculiaridades a parte, estou me referindo as inventoras de historinha!
quinta-feira, junho 23, 2011
segunda-feira, junho 20, 2011
abraço de ossinhos, brinde olhando nos olhos e um até logo!
Teu coração. Meu coração.
Nossos?
Mundos...
Eu nem sabia que era possível, mas nesse ano eu te amo ainda mais.
E se é para o teu bem, meu bem... então vai!
Mas antes de ir, eu vou é correndo agorinha mesmo te encontrar, para te dar um abraço apertado, brindar olhando nos olhos e um até logo daqueles que a gente já deu tantas vezes. Obrigada por tudo isso, só quem te conhece sabe do prazer diário que é te ter na vida.
Por sorte eu tenho isso há 23 anos.
Amo do amor mais bonito!
sexta-feira, junho 17, 2011
Pra enfeitar os seus cabelos
- Filha, o que você acha desse ramalhete?
-Muito,muito bonito!
-Mas você acha que a minha velha também vai achar? É que hoje estamos comemorando 50 anos de casados, fora os outros de flerte...
-Vai sim, ela vai gostar muito, são lindas... Essa aqui é a que mais gosto, apontei.
-Espero mesmo que ela goste. Todos os anos ela se lembra e fala primeiro e por falar primeiro, acha que eu esqueci. Mas eu nunca esqueço. Mas eu tou um pouco preocupado, hoje quando acordei ela nem falou nada, tou achando que ela não lembrou dessa vez.
-Eita, parabéns!!! (muito empolgada), com certeza ela não esqueceu, deve tá testando o senhor... Ela deve tá toda arrumadinha em casa, te esperando e vai ficar muito feliz quando ver as rosas e que o senhor lembrou!
-Ô, minha filha... é mesmo,né? Bem que esse ônibus podia andar mais depressa, ela foi na feira e eu queria chegar antes.
-Vai dar tudo certo,não se preocupe tanto.
-É essa aqui a que você mais gosta,é?
-É.
-Tome de presente pra você!
-Oh, nããão.. tão lindas assim, não mexe não!
-Eu faço questão, quero te dar essa que você mais gosta, você me deixou mais tranquilo, eu tava pensando que ela tinha esquecido da data.
-Com certeza não esqueceu, mas deixe as rosas como estão, pode bagunçar tudo se tirar.
-Eu faço questão!
... E enquanto tirava com todo cuidado, falou:
-São para enfeitar os seus cabelos...
E eu prontamente enfeitei, feliz da vida com o encontro!
sexta-feira, junho 10, 2011
quinta-feira, maio 26, 2011
As vezes, morrer é preciso
segunda-feira, maio 23, 2011
Um texto sem título. Um texto da cabeça para o coração:
terça-feira, maio 17, 2011
domingo, maio 15, 2011
sábado, maio 14, 2011
O tempo é brisa
sexta-feira, maio 13, 2011
Praticando a consciência da felicidade prematura e pós madura

Hoje não tem rima, mas tem prosa. Uma prosa direta de mim pra tu. Assim, feito conversa fiada e afiada em frente de casa de interior.
quarta-feira, abril 27, 2011
catando o vento
domingo, abril 24, 2011
amor,humor
segunda-feira, abril 18, 2011
Fraqueza ...
sábado, abril 16, 2011
Sábado
SOl
por
fora
e
por
dentro
A alegria de estar vivo
uma brecha no tempo,
uma suspensão da realidade
e lembrar de Pena: que, enfim, te resta a vida.
Felicidade é estar em um lugar bonito
ter para quem sorrir
abrir os maiores braços e trancá-los com o maior dos gostos em um abraço pra guardar.
A
M
A
R
não importa a quem seja.
sábado, abril 09, 2011
Resquícios de carnaval
Ainda sinto o resquício de carnaval nessa cidade
O cheiro azedo de cevada no canto da calçada
A boca molhada de tantos beijos na soledade
A saudade dos blocos impregnadas nas buzinas dos carros
O vestido amarelo da moça na varanda
Observando a chuva, fininha,
Procrastinando pra lavar o rosto dos namorados
Conversa fiada e afiada nos Quatro Cantos
Deixando o sentimentalismo
Guardado para o restante do ano
E agora, abril, que já é o restante do ano
O carnaval continua impregnado nas ruas da cidade
O cheiro de azedo no canto da calçada
A boca molhada
A saudade dos blocos impregnadas nas buzinas
O vestido amarelo, a moça
A chuva procrastinando
Conversa afiada
E o sentimentalismo guardado para o resto do ano
E o sentimentalismo guardado...
... Para o restante do ano ser carnaval.








