quinta-feira, maio 26, 2011

As vezes, morrer é preciso




Morrer. Morrer uma, duas, dez. Não importam as vezes. Morrer sempre que preciso.
Sem vergonha. Sem dor. Tato, ato, dia, instante.

E poder renascer. Renascer, essa é a palavra:

Os dias mais bonitos, as cores mais definidas, os atos mais seguros costumam surgir após cada morte, cada mote. Só aí que notamos sem vestes nos olhos as brutalidade nos atos, as verdades dos fatos. E é também aí que brota qualquer serenidade sincera. Um respirar aliviado. A semente bem plantada. A semente.

Renascer. Renascer uma, duas, dez. Não importam as vezes. Renascer sempre que preciso. Sem vergonha.

Sem mais dor. Sem dor, mais. Sem mais.

Instante
estático
dia
tato
ato




* pôr-do-sol do Sertão não tem igual. A foto foi nas barragens de Itaparica, julho de 2010.

Um comentário:

Cassio gudim disse...

É preciso morrer para os amores não correspondidos para renascer para os amores que virão.
Se prender ao passado é como viver em uma fotografia.

Curti seu blog.