Ainda sinto o resquício de carnaval nessa cidade
O cheiro azedo de cevada no canto da calçada
A boca molhada de tantos beijos na soledade
A saudade dos blocos impregnadas nas buzinas dos carros
O vestido amarelo da moça na varanda
Observando a chuva, fininha,
Procrastinando pra lavar o rosto dos namorados
Conversa fiada e afiada nos Quatro Cantos
Deixando o sentimentalismo
Guardado para o restante do ano
E agora, abril, que já é o restante do ano
O carnaval continua impregnado nas ruas da cidade
O cheiro de azedo no canto da calçada
A boca molhada
A saudade dos blocos impregnadas nas buzinas
O vestido amarelo, a moça
A chuva procrastinando
Conversa afiada
E o sentimentalismo guardado para o resto do ano
E o sentimentalismo guardado...
... Para o restante do ano ser carnaval.
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