quarta-feira, novembro 30, 2011

Recife: parada obrigatória

Marco zero do Recife



É bem verdade que falar do próprio lugar pode parecer piegas e suspeito, ainda mais se tratando de alguém tão apaixonada pela cultura local como eu. Teria um monte de coisa chata para falar sobre a cidade, sobre o fedor em algumas ruas, sobre o trânsito infernal, sobre a pobreza que ronda nossos olhos e ouvidos,sobre o calor dos infernos, sobre os perigos. Eu poderia falar sobre a cabeça fechada de muitas pessoas e sobre o fato de Recife ser um ovo, onde todo mundo se conhece , e, se cruzar com uma novidadezinha que seja se torna uma novidade gigante, como se fosse cidade de interior sem ser. Mas, quer saber? Em todo lugar do mundo, se a gente reparar com olhos clínicos (ou nem tanto),  nos deparamos com essas mesmas coisas, mesminhas. Então eu vou mesmo é falar das coisas boas, das coisas bonitas, afinal, de coisa feia o mundo já tá transbordando! Eu vou falar é da cultura e das belezuras que Recife tem e que me mata de saudade, sempre.


Vai ser uma série com alguns posts-reportagens, para que não fique cansativo em apenas um, e, também, para que eu possa, deliciosamente, relembrar dias tão azuis.


11.10.2011


Por coincidência (tenho certeza que não), o passeio teve início com comida (das boas!!!) , afinal, quando penso em conhecer um lugar bacana, já vou logo imaginando as comidas que eu posso experimentar (eu sei que esse pensamento é meio de gordinha, mas, e daí? Eu penso nisso mesmo!) Pra mim, para que um passeio seja completo, precisa ter um tour gastronômico também, e, de preferência, com coisas diferentes. E nisso a minha terra é boa. E eu só percebo a quantidade de coisas diferentes que ela oferece para o visitante, quando estou turistando com alguém. 


Mês passado foi a vez do meu namorado conhecer Recife, e, nada mais legal do que fazer isso com uma guia que conhece cada cantinho da cidade como eu. Ainda mais que eu tava morrendo de saudade de tudo, seria tudo novidade mesmo que não fosse. 


Quando ele desembarcou no Aeroporto Internacional dos Guararapes, fomos direto para o Guaiamum gigante, restaurante de frutos do mar queridinho por mim e pelos recifenses. Tudo que se possa imaginar de frutos do mar tem por lá! Como é de prache, ao sentar,além da cerveja de garrafa e roscas da época, pedi um monte de caranguejo pra matar a saudade e pra Igor conhecer. Outras duas novidades pra ele foram a Agulhinha frita - um tipo de peixe pequeno, bem sequinho, lembra sardinha (lembra) - e o arrumadinho (feijão verde, farofa de gerimum (abóbora), carne de charque (carne seca) e vinagrete (molho a campanha). Com certeza o Guaiamum gigante é


Primeira das várias doses de carvalheira
um local que vale muito a pena voltar sempre que possível, pois, além das delícias, o preço (principalmente para quem é acostumado com os valores "sulistas", são bem convidativos.) Comemos um pratão de camarão na manteiga e no alho, por exemplo, por R$18 (e isso porque era véspera de feriado, em dias promocionais esse valor cai para R$14). 


Pra completar a noite, Igor, como bom cachaceiro que é, quis experimentar a cachaça Carvalheira, feita em barris de carvalho, lá na terrinha. Ela é fina e uma delícia, e, como boa companheira de cachaça que sou, achei justíssima a degustação. Bom, a verdade é que no final das contas voltamos pra casa bêbados e felizes, cantando Otto no último volume.


Obs- o copinho é "pitu gold", mas o conteúdo era phyno, carvalheira Gold.  Mas a Pitu tem espaço  em um outro post!

2 comentários:

Namorado viajante disse...

Hummm...

Essa primeira parada foi estratégica!

Mesmo achando inverdade a já rodada afirmativa q responsabiliza a primeira impressão, de fato, ela muito contribuiu para preparar meu estômago, meu espírito e minhalma, alimentando uma saborosa expectativa de tudo aquilo q estava por vir!...

carlinha disse...

=D

quero caranguejo!!!