Na vida, aprendemos a amar quem nos dá amor. Por sorte e muita felicidade, fazemos parte da categoria de gente que tem amor aos quilos, para dar e receber. Desde muito pequeno fosses acostumado a ter uma mão gigante onde se apoiar, passear e escalar montanhas, no sentido literal da palavra e no conotativo. De um lado, uma mão com muitas instruções, do outro, um ouvido atento, sempre. Em ambos os lados, uma mão no coração, acalanto. Não frio ou tempo que atrapalhasse esse vínculo entre o instruir e o ouvir. Ouvir é pouco: assimilar e aprender, levar para a vida. E é desse amor que estou falando, do amor de tijolos e cimento forte. Sem chuva, sem nada. Nada detrói, apenas constrói e muda, como todo amor, mas, como todo amor, é amor sempre.
Amor de mão no coração.
De brincadeiras, de coisa série, de estudo e muita dedicação. De entrevistas, de sonhos, de histórias, infinitas histórias e de orgulho. Um orgulho de mão fechada batendo no peito em reverência. Um orgulho que é tatuado dentro dos olhos que dizem não enxergar tão bem, ora que tolice, são nesses olhos que nós, qualquer um de nós, enxergamos sem dificuldade um coração que cabe um monte de gente, palavras, livros, autógrafos, pesos e medidas. Um olhar para o infinito. Infinitamente preenchido de todas as coisas que a vida deu. E nos teus, tatuagem também, em cada lágrima, em cada instante.
Reciprocidade, é disso que estou falando! E quando é assim, em determinados momentos da vida, onde o tempo passa e os anos fortificam ainda mais esses tijolos, somos pegos, algumas vezes, por situações onde, ao invés da mão no coração, nos vemos cru, em pele e osso, com o coração na mão. Apertado. E só ficamos assim por sabermos que esse negócio de coração na mão é menos protegido e seguro do que a mão no coração que somos acostumados. E ficamos por querer que essa ordem se inverta, e juntamente com essa vontade, nos pegamos fazendo promessas e pensamentos que indicam que se essa ordem se inverter o quanto antes, demonstraremos ainda mais e mais a mão no coração que temos pela pessoa. Os carinhos e palavras que economizamos no decorrer da montanha. Mas no fundo, lá no fundo, sabemos que não economizamos coisa nenhuma. Que cada ato, cada dia e cada história, que de tão boas, são atemporais e contadas por gerações, são provas mais que suficientes e justas de que não economizamos coisa nenhuma quando o assunto foi e é amor. Mas que sim, sempre podemos dar mais e mais. Amor bem dado e verdadeiro não sufoca e nem cansa.
Amor é coisa de gente sábia e gente sábia sabe como equacionar as doses.
Amor sempre e munido ao pensamento positivo: essa é a nossa cura!
Um comentário:
Você me fazendo chorar de ler tanta beleza num final de domingo. Obrigada pelas palavras que saem tão lindamente de ti.
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