sexta-feira, janeiro 13, 2012

Mariando



Faz mais de três meses que, diariamente, cruzo com pelo menos 4 sapatilhas dessa por dia. (Isso não é uma brincadeira!). No início fiquei pensando que deveria ter algum significa cósmico ou que simbolizasse alguma coisa. Logo pensei: Ah, deve simbolizar promoção,isso sim! Certo dia encontro com meu namorado e ele também comenta a respeito da sapatilha e dessa febre toda. Com o passar do tempo esse calçado começou, mais e mais, a tomar conta das ruas e das mulheres. E, observando com calma, ví que não se tratava de uma promoção da cats, pois haviam variações da mesma: algumas mais brilhantes, outras mais foscas, umas com melhor acabemento e outras meia-boca. E então chegamos a conclusão que existe um símbolo sim e vai além de promoção: é moda!!! 

Eu não tenho nada contra moda, mas nunca fui muito adepta. Não necessariamente por "ficarem todas par de jarro", mas porque de fato as coisas da moda nunca me agradaram muito. Lembro quando surgiu a moda da calça corçário e eu achava aquilo uó! Eu era pequenininha e achava feio, não quis usar. Ano passado surgiu a tal da saia bandage e todo mundo falava que eu ia ficar linda nela, pois sou magrinha, mas eu já pensava que ia ficar parecendo uma salsicha e também não usei. Na mesma época veio a saia de cós alto. Acho que essa ficaria bem em mim, mas confesso que não aderí porque me dá agonia ver todas as garotas com "esse tipo de saia, cabelo de chapinha e maquiagem" como disse meu namorado! E, de combo, a tal sapatilha!

Mas agora, por exemplo, estou com as unhas roxas (moda) e gosto de (alguns) acessórios dourados (que antigamente eu não podia nem sonhar em usar e a "moda" me abriu a mente). Ah, a leg que antes eu achava horrível, hoje em dia uso n'uma boa.


Sapatilha também é uma moda que eu aderi feliz da vida, pois não sei andar de salto alto. Aliás, ela salvou total, pois antigamente eu tinha duas opções: ou ia para festas chiques de longo e rasteira (e usava como desculpa que ninguém ia ver) ou então ia de sapato alto e parecendo uma pata.


Bom, pra finalizar, acho que a havaianas poderia doar seu slogan para a tal douradinha, afinal, "todo mundo usa".


E viva as Marias...

quinta-feira, janeiro 12, 2012

Amor...

  


... É acordar mais cedo só pra ver ele acordar

quarta-feira, janeiro 11, 2012

Matinal



Tempin ruim, frio que não vai embora
Tomand'um cafezinho pra esquentar
Só que o que eu queria mesmo agora
Era meu corpo no seu enroscar

I.S
Meu poeta...

terça-feira, janeiro 10, 2012

Árvore

Árvores genealógicas sempre me atraíram. Querer saber quem veio antes, a raíz. Quem complementou as folhas e os frutos para que aquele conjunto enorme de pessoas possa ser chamado de Família.

A minha é aquele estilo de família enorme, mas bem segmentada, o que colaborou para que eu gostasse de estudar sobre.

Meu avô é cearense e a minha avó, amazonense com descendência sírio-libanesa. Meu pai é amazonense e seus avós são índios.  O Fadul faz referência ao pézinho nas arábias, mas nossos olhos deixam isso bastante claro: "gordinhos no meio ao mesmo tempo que são esticadinhos", como sempre ouvi na vida. O Alencar é cearese. A família é enorme e dividida em duas: Alencar de Pernambuco e Alencar do Ceará, e eu, apesar de ser pernambucana, herdei o sobrenome cearense. Aliás, nem adianta pensar ou falar que é tudo a mesma coisa, pois as duas famílias tem rixa antiga e a família Sampaio acabou entrando no meio dessa salada toda. Rixas antigas entre fazendeiros. (alguém levou um par de gáia, isso sim!)

Por parte de mãe é tudo mais simples: Todos são cariocas, mas meu avô tem decendência espanhola, porém, ao ser registrado, o moço do cartório (devia estar muito doido) trocou o sobrenome Ramires por Lindes, e, desse modo, acabou criando uma família que nunca existiu, a família da minha mãe: Lindes.

Então funciona assim, uma família enorme que mora em vários pedacinhos desse Brasil: Manaus, Ceará, Rio de Janeiro e Recife. Na verdade agora está ainda mais espalhada, posto que um dos meus irmãos está morando no RS, mas, bem, isso pode mudar a cada instante, já que ele é piloto da aeronáutica e é sempre transferido.

Bom, essa é a hora em que alguns devem se perguntar do por que RECIFE? Se ninguém é de lá? Costumo pensar que os destinos profissionais dos meus pais foram sensacionais e armaram esse esquema apenas para que eu nascesse pernambucana, só pra completar o pacote! Acho justo!

Uma família enorme e linda. E, ao mesmo tempo, várias pequenas famílias. Sempre tive a maior saudade dos almoços com todo mundo reúnido: avós, tios, primos, periquito e papagaio. Os almoços que só tínhamos nas férias, quando conseguíamos juntar parte de um todo. E era sempre com muita ansiedade que esperava as datas comemorativas para que todos se juntassem novamente. Natal e Ano Novo, épocas perfeitas para isso. Uma festança só! Até que o ano virava, o carnaval passava (eram sempre farras históricas na minha casa, com todos reunidos) e,após esses festejos, eu voltava para a realidade da família de 5 pessoas. 

Hoje em dia, ao mesmo tempo que esse número aumentou, ele ficou ainda mais reduzido: com a separação dos meus pais, moramos só eu e a minha mãe. Em compensação, meu pai tratou de casar novamente e me arrumar mais dois irmãozinhos, as coisinhas mais lindas da minha vida! Mas aí já é uma nova árvore e uma história que tá se formando e firmando a cada dia.

E a tendência é que cada um vá criando sua própria família, para as novas árvores: eu, meus irmãos e meus primos. 

E a minha vontade é que um dia eu possa, finalmente, ter a minha própria família cheia de gente pela casa, crianças correndo, almoços com mil talheres, várias sobremesas e um sorriso satisfeito de mãe com suas crias por perto. Enquanto isso, fico a admirar uma família que é bem desse jeito, no jeito "A grande família". 

Uma família de verdade e que o tempo não quebrou. É difícil encontrar isso nos dias atuais e é gratificante poder fazer parte disso tudo. Acho que papai do céu ouviu meus apelos infantis.

E que essa família dê continuidade pelo mesmo laço que foi unido: O laço do amor e do respeito.


sexta-feira, janeiro 06, 2012

Borboleta com pernas

Fazia um dia bonito naquele lugar que não sei o nome. Não é questão de não recordar, pois lembro do sonho com perfeição e detalhes. Desconfio que era uma questão de não ser importante o local onde acontecia, já que fazia um dia bonito. Era isso que parecia ter valor. Essas preocupações de mapas, relógios e datas parecem estar isentas do plano dos sonhos.

Enquanto alguns caminhavam pelas ruas, outros nadavam dentro de luminárias gigantescas, de vidro transparente, penduradas nas árvores. Eu precisava do Snorkel pra entrar na lumionária, mas todo o equipamento de mergulho, que eu sequer tenho na vida real, estavam em casa. Tiramos na porrinha e eu perdi. Cabia a mim voltar lá e pegar.

No meio do caminho, encontrei com um menino que perguntou se eu teria R$26 reais para emprestar. Dei uma risada e perguntei se realmente precisava apenas desse valor quebrado. E ele falou que R$40 resolveria todos os problemas. Concordei e ele me assegurou que me pagaria no outro dia. Lembro do meu sorriso sacana falando: "tenho certeza que sim". E então seguimos em direção à minha casa, pois tinha apenas R$20 reais na carteira (os mesmos R$20 que estavam nela, no instante em que fui dormir).

Enquanto caminhávamos, eu tinha aquela sensação de lar, redondezas do lar, apesar de nada parecer com a Av. nossa Sra de Copacabana. Mas, pra mim, era como se estivesse no Rio de Janeiro, a caminho de casa. Mesmo com o chão batido de barro, árvores e luminárias gigantescas. E então o menino falou: "Vamos na casa de mamis!" e eu continuei seguindo, achando graça na intimidade que ele teve com a minha mãe. Minutos depois percebi que já havia passado direto da minha casa, e, ao me notar perdida, ele falou: "pronto, essa é a casa de mamis!". Expliquei da minha confusão e falei que achava que a mãe dele morava longe e ele rebateu falando que ela se mudou. "mamãe é uma borboleta com pernas". Lembro dele falando isso. E lembro que achei bonito. Queria ser também uma borboleta com pernas, mas silenciei.

Era um campo bem grande para uma casa bem pequena. Duas pessoas, lá longe, jogavam frescobol naquele pedaço de terreno gramado. Uma mulher e um rapaz. Ela usava calça folgada e colorida. Um lenço também colorido e um biquini na parte de cima, também colorido. Ela parecia aquelas espécies de estrangeiras que combinam tudo descombinando, e, ainda assim, ficam lindas, luminosas.

E então ele falou: "essa é a minha mamis", apontando. Ficamos admirando o quão bem ela jogava. Eles jogavam. A bola não caía no chão!  Tac-tac-tac-tac. Várias manobras e uma agilidade absurda e ela não caía durante os longos instantes que parecia percorrer no sonho.

A bola, absurdamente, não caiu no chão até o momento em que meu despertador tocou.

Agora, pela hora, acredito que a bola já tenha caído e eles provavelmente devem estar descansando na rede verde que tinha no cantinho da varanda da casa.



terça-feira, janeiro 03, 2012

Pesos e medidas, bem medidas!

2011 passou tão ligeiro que, ao fazer minha análise mental a respeito, acabei juntando os acontecimentos de 2010 aos de 2011 no meu balanço. Após concluir o pensamento é que realizei ser impossível tudo aquilo, todo aquele pacote fazer parte de um mesmo ano, caso contrário, eu precisaria ter me multiplicado em dez e ter, no mínimo, dois corações e duas casas. Dois estados. De espírito e de moradia. Acontece que 2010 terminou tão na correria que 2011 chegou chegando, sem espaço para reflexões. E é só agora, no início de 2012, dois anos depois, que sento pra fazer um mega balanço, cheio de pesos e medidas. Cheios de amor e aprendizado. A dor eu deixei de lado, ela ficou junto com meu 2009 e todas os pesos que o ano me trouxe. As decisões, o amadurecimento precoce e forçado.


2010 e 2011, apesar de terem sido anos com fechamentos bastante particulares, pra mim, foram dois anos unificados, um ciclo fechado. O ciclo do autoconhecimento e da autoconfiança. Dois anos que me serviram pra desfrutar de cada aprendizado que tive nos anos anteriores e confirmar ainda mais  a certeza absoluta de que, apesar de vez por outra nos sentirmos prontos para certas mudanças ou decisões e plenos, alguma hora, alguma coisa fica a desejar. E então movimentamos tudo, sacudimos e fazemos o rebuliço necessário para tudo ficar pleno novamente. 2010 teve muito disso, 2011 também. 


Em 2010 eu terminei um relacionamento entrelaçado pelo tempo e pelo tanto que foi depositado de todos os sentimentos que os relacionamentos costumam ter. Em seguida tomei a decisão de morar sozinha. (sozinha uma pinóia! Se fosse sozinha, seria fácil), decidi dividir apartamento com mais duas pessoas: Um casal de irmãos. E, entre altos e baixos, aprendi(demos), que dividir um mesmo espaço entre pessoas com diferentes desejos e modos, é coisa pra gente grande. Enfim, entre mortos e feridos, acredito que todos se saíram. Não necessariamente bem, mas vivos. Em 2010 eu ainda trabalhava em uma loja de biquinis pra pagar as contas (e pra provar para meu pai que eu podia ter minha vida, de maneira torta e pouco fantástica, mas podia). As coisas começaram a ficar apertadas entre faculdade, trabalho em shopping e monografia, e, por minha sorte, provei para mim mesma que não precisava mais provar isso para ele e então saí da loja, após 1 ano e meio nela, afinal, eu precisava me formar. 


Era meu último semestre na Universidade e eu precisava, mais que isso, eu queria me formar bem, afinal, o curso não é barato, o que foi investido em mim muito menos. E assim o fiz. No dia 15 de dezembro de 2010, me formei com nota 10, e, de quebra, um documentário lindo feito com muita garra e amor. 


Minha irmãzinha Sofia chamou meu nome pela primeira vez: cainha. Depois: cácá.


E tava decidido: Vou morar no Rio de Janeiro! Dia 31 do mesmo mês estava desembarcando na cidade maravilhosa. Com uma despedida feita nas pressas, duas malas, mil coisas na cabeça e a certeza de que era isso que eu queria e que iria dar certo.  E 2011 chegou mostrando que eu teria que batalhar muito para conquistar meu espaço, minha vida, minha nova vida. Eu tinha nas mãos apenas a vontade que tudo desse certo e um plus que considero ter sido o adicional mais importante para a minha adapatação a vida nova: eu me sentia moradora do Rio de Janeiro e não visitante. E me sentia mesmo. A rotina das caminhadas na orla, a correria da cidade, as idéias a flor da pele, a pele. As cores, os sabores e as expectativas, tudo isso fazia com que todo o tipo de saudade amenizasse e se transformasse em força. Se a cada saudade, eu tivesse um cadinho mais de esperança, as coisas começariam a caminhar. (E olhe que tenho em meu acervo, uma coleção de saudades bem regadas!), e, justamente por serem bem regadas, me acalma e me acalanta. É muito amor, muito!


2011 continuou, e, logo de cara, me meteu uma decepção daquelas de quebrar as duas pernas e engessar os braços, mas, por sorte, não foi forte o suficiente pra me paralisar. E eu bem que havia guardado umas doses extras de força do ano que passou, ainda bem! Logo o tempo tratou de curar qualquer tipo de resquício de dor, e, de quebra, me presenteou com o emprego em uma produtora, que não era lá o emprego dos sonhos, mas que me ensinou bastante coisa. Me apresentou pessoas que carrego comigo, com sorriso no rosto e a felicidade em ver que é além-hora regulamentar. 


Torei minhas longas madeixas (e já tou doida para que elas crescam novamente!)


Foi nesse ano que eu voltei a Recife pra matar saudades e tive a festa surpresa mais incrível da história das festas.  


E, caminhando pela vida, sem maiores pretenções amorosas e muito menos o pensamento ou objetivo de conhecer alguém que fosse o meu número, isso aconteceu. De maneira tão expontânea e surpresa que até hoje me pego duvidando disso ter acontecido da maneira que aconteceu. E ao mesmo tempo que meus olhos se enchem de lágrimas, meu coração se enche de amor e minha alma fica toda orgulhosa. Parece loucura, ainda mais se tratando do mundo em que vivemos, mas posso falar tranquilamente que encontrei um amor, O amor. Dentre tantos desafetos e desconfortos, sim, um amor de presente: o maior presente de 2011. O presente mais precioso dos últimos tempos, com olhinhos apaixonados e infantis, com um abraço de urso, um sorriso largo e uma paciência que eu trabalho em mim. (apenas trabalho). Um coração puro, bonito. Idéias brilhantes. Inteligência que brota a cada instante, em cada ato. Uma das pessoas com o coração mais do bem que já conheci e conheço. Um orgulho danado de ter encontrado essa pessoa e hoje ele ser o meu namorado.


É, Rio de Janeiro, eu bem sabia que havia feito a escolha certa!


Foi nesse ano que minha irmã canadense me visitou e passamos os 15 dias mais felizes do ano, com muita praia, cerveja, saídinhas, jazz na lapa e festinhas. Ah, sim, falando em jazz na lapa, esse foi o ano em que conheci um amigo, o mais ausente na vida e o mais presente no peito que fiz nesse ano e foi na primeira vez que fui ao jazz na lapa, mais precisamente no dia 6 de abril, o dia do seu aniversário! Na época em que poucas mesas ficavam espalhadas na calçada e o ambiente era tranquilo. E foi nesse mesmo ano que esse mesmo jazz se transformou, em pouco tempo, em uma micareta. Ou, no mínimo, em um carnaval. Eu pude ver todo o processo.




O ano continuou com muito trabalho, muita fotografia (troquei a D60 velha de guerra por uma D7000), muita cultura, muito sorriso, muita vida. Ah, foi nesse ano que eu tive catapora e que meu paquerinha - e atual namorado - me trouxe um buquê de flores e o porteiro novo não me conhecia e fez o favor de falar que não havia Carla nenhuma. E foi quando nos pegamos apaixonados, trocando bilhetes pela janela do meu apartamento, eu, toda pipocada,e ele, sem parecer ligar para isso.


Foi nesse ano que conheci o São João (ou festa junina) mais sem graça que existe, pra provar que o arrastapé danado de bão é na minha cidade mesmo! E que fui de penetra para uma festa junina de uns pernambucanos, que, no final das contas, eram familiares de uma amiga de Recife.


Foi nesse ano que dividi minha casa com uma amiga do peito, e, que ela voltou pra Recife tempos depois. Meu irmão mais velho voltou pra Recife tempos depois. Meu coração ficou partido, mas se manteve firme. 


Foi nesse ano que a minha mãe comemorou em grande estilo seus 50 anos. Que fez uma apresentação de tango para seus convidados de maneira divina e maravilhosa. E que eu a presenteei com uma dança de Frevo.


Foi nesse ano que ouvi falar em casamento pela primeira vez sem me assustar. Que consegui, de fato, imaginar isso no plano real. E que fiz, inusitadamente, planos para filhos e decorações para casa. Que pensei logísticas casamenteiras entre duas pessoas que tem origens geográficas distintas. E que já criei nomes suficientes para uns 10 filhos, apesar de querer apenas dois. 


Foi nesse fim de ano que criei coragem de juntar algum dinheiro suficiente para me manter por um tempo e decidi pedir demissão do meu emprego.


Foi nesse ano que conheci Petrópolis e o granizo. 


Foi nesse ano que meu pai conheceu meu namorado e que meu namorado conheceu toda a minha familia, em uma viagem para Recife. 


Ah, foi nesse ano que eu conheci a família dele também, e, com alegria, fui muito bem recebida por todos.


Foi nesse ano que conheci Ilha Grande, no reveillon.


Foi nesse ano que o mapa astral me explicou que a sensação de já ter passado por tudo nessa vida, na verdade, é uma verdade. Pois a combinação de sol em áries (primeiro signo) e ascendente em peixes (último signo do zodíaco), tem esse tipo de coisa. 


E foi nesse ano que eu decidi deixar de lado as coisas que esse signo de fogo me traz e não me agrada: a tal da ansiedade e da impulsividade. E deu certo! Me surpreendi. Quem me viu e quem me vê... 


E foi nesse fim de ano que me bateu um mini desespero por estar sem trabalho, e, hoje, no terceiro dia do ano que chegou, o desespero foi embora juntamente com um telefonema com uma proposta de trabalho.


É isso aí!  E o ano tá só começando! E que venha esse novo ciclo cheio de coisa linda. 


E, verão, pode chegar meu querido! Os finais de semana na praia estão mais que garantidos. E eu quero é mais sair por aí vestida de sol.


Um feliz ano, para todo mundo.


2012, seja bem vindo!

Ah! Muito samba para quem é de samba. E muita amostração!

quarta-feira, dezembro 21, 2011

Enquanto isso...

Andando pela cidade: tarde corrida
Olho prum lado, olho proutro: quanta gente
Olho pra dentro e vejo um coração que sente
Vonta'de ficar com você por toda vida
I.S

enfeite natalino da porta de casa!

segunda-feira, dezembro 19, 2011

Vai com as outras, e, se puder, não volte aqui

Maria era toda preenchida de mundo e vazia de lembranças. Dentro do seu corpo fino e de ombros largos, por conta da natação que praticou durante a infância, não havia espaço para um balãozinho que fosse remetendo ao seu passado. Com Maria não tinha disso. 


Maria era toda compacta, hi tech e enfeitada de iphone, ipod, ipad e imac. I tudo. Aliás, não havia frase de Maria que não iniciasse com I alguma coisa. Com I, eu, comigo ou aqui. 


Maria não lanchava misto quente, salada de frutas ou pudim. Só pedia yogoberry, yogofruit ou yogofrozzen. Maria não aparava as pontas dos cabelos, ela arrasava. 
Maria assiste aos filmes em blue ray mesmo sem saber do que se trata.


Maria comprou uma câmera daquelas bem grande que não sai do automático. Seu cabelo era lindo, luminoso e cacheado, mas por conta da novela, mudou o penteado! 
Maria ganhou uma caixa de bis, me deu dois e deixou de lado. 


Deixar de lado, era isso que regia sua vida. Tudo descartável, substituível, efêmero. O namorado deixou de lado, os papéis de carta, as cartas. A primeira amiga, o telefonema de aniversário. 
De lado deixou também o dom de sorrir por coisa besta, apesar de falar besteira o tempo inteiro. 


Maria não vai à padaria sem antes passar um corretivo nos olhos, mesmo não tendo para quem olhar. 
Corretivo nos olhos, para os olhos. Era disso mesmo que Maria precisava.

quinta-feira, dezembro 15, 2011

Engraçadinho

O catchup pode pular
O francês já é bem vindo
Mas isso seria só pra lembrar
De um bom tempo  já ido

Hoje o tempo é outro:

Maduro e mais moderno
É verdade que guardo como ouro
Aquelas frias noites de inverno

Hoje é Rio, é calor

Hoje é tudo uma beleza!
Hoje encontrei meu amor
E quero você de sobremesa


parece que gostou! =)


*poeminha feito por Igor, no metrô, a caminho da minha casa, quando eu descobri que o cachorro quente que ele gosta é só pão francês com catchup e salsicha,sem molho e eu havia preparado o cachorro quente mais encrementado do mundo, com direito a molho de tomate de verdade! 

terça-feira, dezembro 13, 2011

Mão na mão pra te lembrar







Minhas melhores poesias não foram escritas , não houve tempo:
Pensamento desembestado distante das mãos
São aquelas que balbuciei em voz baixa e repentinamente
Como em um texto decorado que nunca havia lido antes
Versos que declamei para o meu sorriso
E para o sol raso às cinco da manhã na rua de casa
Rua envolta por flores de cactus e folhagens com minha voz
Uma satisfação assustadora, medonha e bonita
Não caberia papel e lápis nesse instante
Gafanhotos embriagados escapulindo da minha boca árida
Palavras que formulei, expliquei e até encenei para uma platéia vibrante
Que se resumia nas mil pulsações do meu peito e na vontade ansiosa por chorar
Um choro sem vergonha, um choro bem meu

A parte que eu mais gosto, é de no final do meu showzinho
Poder me olhar
(Eu consigo me olhar sem espelho)
E pensar no quanto a poesia tem espaço em mim
No quanto ela me cabe
Às vezes é tanto e mesmo sem querer
Que preciso crescer mais uns dez centímetros
Pra ficar compatível e não virar represa, senão ela explode
(consigo até sentir , de antemão,o roxo cavando meus olhos)

Uma represa prestes a explodir n'uma maré frouxa de lágrimas...

Mão é carne viva de saudade
Tem um coração pulsando bem no centro
Sem saber se vai

Se fica
Repara uma queda
Amarra a fita
Alisa os cachos

Sustenta

E além do mais
É riscada em M
Por linhas de desejo
Sem tolice ou ensejo
A comadre vai descobrir

Mão é o coração do homem
Quem acaricia e dá adeus


Repare nas mãos, elas nunca sabem onde pousar
Ampare as mãos, um dia você há de precisar
Apare as mãos para não se entregar
Prepare as mãos quando quiser amar



* Essa é para você, porque eu sei (sim, eu sei) que acima de tantos paradoxos ou da tua sede em sempre ver minha beleza externa três vezes mais radiante por dentro, é ai, ai nesse centro de tudo, no chão de terra e chuva que a gente se encontra e bebe do mesmo copo, com a mesma sede, que nem tu e o menino das tintas. E o amor sempre floresce com o adubo do teu sorriso, dos meus olhinhos curiosos, no meu coro cabeludo cada vez mais fértil, no teu abraço que mais parece um muro coberto por eras, no meu pé fora do chão e da semente em nossa mão. Mão na mão. Te amo.

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Em casa de ferreiro...

Filha de amazonense, bailarina, apaixonada por culturas populares, e,  em 23 anos de vida, a única vez que vi a dança do boi (garantidos e caprichosos) foi agora, no Estado do Rio de Janeiro, mais especificamente (e mais impossível ainda), em Petrópolis. 


Além do Hip boi, rolaram apresentações de danças folclóricas referenciando a cultura desse lugar. Bonito de ver os petropolitanos espalhando cultura e beleza!

E só faz crescer a vontade de conhecer a terra do meu pai...

índia branca petropolitana




sexta-feira, dezembro 09, 2011

Logique du coeur



Um dia desses, em uma de minhas cantorias, puxei a música da Marisa Monte, Gentileza. Sutilmente fui levando as palavras dela pelas ruas de Laranjeiras: "apagaram tudo, pintaram tudo de cinza, a palavra do muro ficou coberta de tinta..." E então meu namorado me perguntou se eu conhecia a história dessa música. E eu não conhecia! Sempre fico muito, muito, muito feliz mesmo quando descubro o significado de uma música que gosto e dessa vez não foi diferente... Fazia tempo que isso não acontecia! Ele me explicou que aqui no Rio de Janeiro existia o Profeta Gentileza que escrevia mensagens no viaduto do Cajú e que a prefeitura fez o favor de demolir com toda essa arte  e filosofia. Foi então que tudo começou a fazer sentido: a letra da música e as camisetas espalhadas pelo Brasil "gentileza gera gentileza".


Ontem, junto aos mimos de 6 meses de namoro, fui presenteada com o livro UNIVVVERRSSO GENTILEZA, do Leonardo Guelman, que conta toda essa história! 


Só assim pra eu compensar a minha ignorância em não saber até pouco tempo sobre essa história linda! Agora ficarei sabendo em detalhes. Lindo, lindo!


'amor, palavra que liberta, já dizia o profeta!'



quinta-feira, dezembro 08, 2011

Semana das comemorações

Os fotógrafos Gustavo Calil  e Igor Souza


A semana já começou comemorativa! Terça-feira foi a abertura da EXPOFOTO, exposição de fotografia promovida pelo BNDES, onde os funcionários tem a oportunidade de mostrar seus olhares e talentos. O tema desse ano foi o Estado do Rio de Janeiro: DE OLHO NO RIO.

recebendo os mimos da sogra e da namorada

Tinha de tudo, de fotos profissa até as mais amadoras, mas,no ruim de tudo, (quase) todos se salvaram!



Não é querendo me gabar, mas as fotos do Igor com certeza estavam entre as melhores, no que diz respeito a técnica e criatividade. As cores chamavam atenção e a composição também! Ah, e o melhor de tudo: a galeria dele ficava estrategicamente em frente e mesa de comidinhas ;)

explicações regadas a Dona Dominga


Uma noite entre amigos e fotógrafos, no mínimo, agradável.

Ah, não preciso nem dizer que fomos os últimos a sair, depois de tomar muito vinho e comer muito nacho com guacamole. E que venha a Expofoto 2012!!!


amigos prestigiando o fotógrafo da noite!

*A exposição segue até o dia 6 de janeiro no térreo do Edserj

Seis meses (!)

eu
faço
nesse
dia
a
tua
nossa
poesia

Pra  fazer da poesia o nosso AMOR de cada dia




amo que só a gota serena!





quarta-feira, dezembro 07, 2011

Sobre a morte e seus complexos

Existe em mim um pensamento que acredita ser a coisa mais impossível da existência, a própria existência. 
A vida física por tantos e tantos anos. Quando paro pra pensar nisso, fico perplexa em como conseguimos viver até a morte natural do corpo, sem que isso ocorra antes. É claro que isso acontece no mundo, o tempo inteiro, todos os dias, mas, somando as pessoas do mundo todo e não as pessoas que conhecemos. 

Conhecemos mais pessoas vivas do que mortas. Muito mais. Vamos mais a festas de aniversário do que a enterros. E como isso se explica? 

Todos os dias atravesso várias ruas e não consigo contabilizar a quantidade de vezes que já fui quase atropelada, por pura distração. No Brasil, circula uma média de 17 milhões de armas de fogo e nenhuma, nenhuminha delas nunca me acertou, nem de raspão. De doença eu nem falo, pois essa me assusta, e, mais do que bala de fogo, atropelamento e distração, é a que mais me assombra, por ser a mais comum a cada dia, todos os dias. Com pessoas distantes e outras nem tanto. 

Mas o fato é que pra mim é maluco demais pensar que as crianças correm na beira da piscina molhada e dão um mortal (o nome já diz) pra dentro dela e nunca batem a cabeça na quina e morrem. Eu passei dos 5 aos 15 anos fazendo isso, e, sequer levei um corte. Já tomei muito banho de mar de fim de tarde e noturno, em noite de lua cheia (que o mar fica bem violento) e, o máximo que me aconteceu, foi um arranhão forte na sobrancelha, após um sarrabulho sinistro. O mar nunca me levou. 


Já desmaiei em um meio fio, mas me tiraram a tempo do ônibus passar. Já negociei irresponsavelmente várias vezes com trompadinhas que quiseram me assaltar com vidro e canivete. Umas deram certo, outras eu tive que correr e, de sequela, apenas uns xingamentos. Já voltei pra casa, a pé, bêbada, de madrugada e nenhum carro de playboy me acertou. 


Já fui atropelada por um carrinho de cachorro quente, na praia, mas só quem se machucou foram os pães e as salsichas. 


Já passei de carro no instante em que um homem atirou em uma mulher de bicicleta. 


Já escapei de estar no banco do carona, uma vez que o carro (uma ranger) deu PT ao bater no poste, arrancando-o, e, o poste caiu exatamente em cima do banco do carona. Meu irmão (que tava no volante), não sofreu UM ARRANHÃO. O lado do carona esmagou completamente, o gerador caiu na caçamba do carro e, a única parte ilesa foi o local onde ele estava sentado. Eu teria morrido esmagada se meu pai não tivesse me proibido de sair com ele por ser ano de vestibular. (por sinal, o ano que eu saí mais do que qualquer outro de colégio).


Já cobri vários e vários espelhos de casa por conta de raios e trovões e eles nunca cairam no meu quintal, e olhe que era um quintal muito propício e a céu aberto. Mas, em 23 anos, nunca caiu. Já caiu na trave de futebol do campinho perto. 


E, apesar de já ter visto várias árvores gigantes caídas em Aldeia, nunca passei por baixo de uma justamente na hora. Isso sem falar das cobras venenosas que meu pai sempre achava em casa e das jacas que caíam pelo menos 5 por dia. E se fosse na minha cabeça?


Eu já quase morri algumas vezes, como todo mundo já deve ter passado por isso. Mas é justamente esse quase que torna tudo muito maluco e uma probabilidade desequilibrada entre morrer e não morrer. 


E, se em alguma dessas quase situações, tivesse, de fato, acontecido o que chamamos de fatalidade, seria muito triste. Seria uma tragédia. Sim, de fato, seria. Nós humanos fomos educados para não aceitar e não achar comum esse tipo de coisa, apesar de, racionalmente, parecer ser o normal. Mas não é. O Normal não é o com maior probabilidade e sim o mais natural. Esse que esperamos a vida inteira para acontecer, e, mesmo sabendo que um dia chega,e, mesmo que seja da maneira mais natural possível, ainda nos chocamos e sofremos. 


Tivemos uma vida inteira para se preparar para tal, mas, uma vida inteira não parece suficiente pra se acostumar com coisas que envolvem amor e afeto.


É, as vezes me pego pensando nisso!



terça-feira, dezembro 06, 2011

Recife: parada obrigatória

16-10-2011


isso é cagado e cuspido 
paisagem de interior




No primeiro dia de passeio (lááá no Guaiamum Gigante), Blenda e Igo, casal de amigos queridos, propuseram um passeio fotográfico pelo interior do Estado. Topamos na hora! Unimos nossa paixão pela fotografia, com o desejo de conhecer novos lugares,e, de quebra, pegar umas boas dicas com o casal que são dois fotógrafos profissa e renomados em veículos de comunicação de Pernambuco. O passeio não podia ser mais apropriado: Um tour gastronômico pelo interior. A idéia veio de Igo, que assinou as fotos do Guia Sabores Rota 232. O pacote tava completo, não tinha como ser um guia mais "sabido das coisas". 


Depois de muita preguiça pra acordar, e, quase desistir do passeio (havíamos dormido apenas 1h30), uma força maior (ou apenas a vontade de aproveitar tudo o que pudéssemos), nos fez, finalmente, pular da cama e sair de casa "nas carreiras" ao encontro deles. Confesso que foi um mini perrengue até seguir viagem: dois ônibus as 7 da matina e um sono medonho, mas, ao entrar no carro de Igo, tudo se transformou e tava na cara que era o início de um dia gostoso,em todos os sentidos que essa palavra possa ter. E o sol mandou avisar!












cuzcuz recheado
Música boa, conversa agradável e uma saudade antecipada daquele lugar, daquelas pessoas, do clima. Depois de uns 40 minutos no carro, a primeira parada foi para o café da manhã regional na Cabana de Táipa, localizada em Vitória de Santo Antão. As opções eram das mais variadas, pedimos tapioca recheada com côco, queijo de coalho e leite condensado e um cuzcuz recheado com charque, queijo, ovo e manteiga de garrafa. Tava difícil saber o mais gostoso! Com o "bucho" cheio, seguimos para Gravatá! A paisagem da janela é bonita, o verde se misturando com a sequidão, montanhas e vegetações a perder de vista. Entre um teste e outro com as câmeras digitais e analógicas, uma dica e outra, uma risada e outra, nem percebemos e já estávamos em Gravatá, e, melhor ainda, no Campo da Serrana, loja de laticínios sem conservantes, fabricados pela mestre dos queijos,  Vitória Barros, em sua fazenda, no município de Pombos. 


Igor escolhendo o queijo




O local é um charme, além da lojinha com os diversos tipos de queijo, tem também um espaço reservado para degustação. A preta (Blenda) e Igo, fizeram a festa nos queijos. Igor comprou um camembert (delicioso) e eu levei um queijo de manteiga para a minha mãe. Seguimos o caminho afim de chegar no próximo ponto gastronômico do guia. Igo sugeriu que a gente fosse na Fazenda Serrana, pois, ao fazer a reportagem no local, ele foi super bem recebido pelos proprietários, o casal Júlia e Altamir. 


A questão é que se tratava de um domingo, não sabíamos se a fazenda estaria aberta para visitações, mas, como já estávamos por lá, não custava arriscar. A fazenda fica a 5 km do Centro de Gravatá e passa por uma estradinha linda, com um riacho e muito verde. Paramos  para tirar algumas fotos antes de chegar na tal fazenda. 
Seguimos mais adiante, e, finalmente chegamos na Serrana. Um espaço enorme com uma casa no alto. Estacionamos o carro e percebemos que tinha um grupo de pessoas se divertindo no quintal da casa. Crianças e adultos, risos, comidas, barulho de garfo e faca. Parecia ser um almoço em família, já que era domingo. A primeira reação foi a de voltar, mas como jornalista que se preza não faz uma desfeita dessas consigo mesmo, resolvemos encarar a situação e saber o que estava acontecendo. Igo foi até lá e conversou com seu Altamir, que, ao perceber que se tratava do reporter fotográfico que ajudou a divulgar os produtos da fazenda Serrana, fez questão que ficássemos lá. Para o nosso alívio, não era um almoço em família, era uma visita para degustação que já estava chegando ao fim (para que pudesse começar a nossa). 


Fazenda Serrana e seu Altamir




Dona Júlia (esposa de Altamir), produz na própria fazenda, produtos defumados artesanalmente, como pernil de porco, costeleta, joelho, linguiça, lombinho suínos, peito de frango, carré e salmão, e, enquanto isso, seu Altamir fica responsável pela bebida: A cachaça Serrana, confeccionada também no local. Se trata de uma cachaça forte e feita com sete ervas. Enquanto provávamos as delícias feitas por dona Júlia (ela não parava de repor o prato com os defumados), seu Altamir fazia questão que acompanhássemos ele na cachaça e na conversa. Contou que faz dois anos que eles montaram esse negócio afim de se distrair. Depois de muitas e muitas doses, muita conversa fiada e muito defumado,Blenda e Igo levaram uma cachaça e um defumado, e, então, nos despedimos com alegria: Aquele casal sabia como cultivar seus clientes, e, mais que isso, sabiam como manter uma vida saudável e feliz após uma certa idade. 


Casa de Mestre Vitalino




Seguimos estrada para Caruaru (conhecida como a capital do forró), conhecemos a casa do Mestre Vitalino e também o atelier do último discípulo do Mestre: Manoel Eudácio. Fiquei doidinha com as esculturas dele, bem diferentes das que costumamos encontrar nas feiras de artesanatos. Tanto no que diz respeito ao acabamento das obras, quanto na criatividade. Lindas as peças! Os preços que não eram tão lindos assim. 


O passeio estava chegando no final. Saímos de Caruaru rumo a Recife, e, meu coração, apertava cada vez mais. Na estrada paramos no Rei das Coxinhas (pedida clássica para quem visita o local, tradicional por fazer coxinhas de vários sabores). Comi a de sempre: camarão com catupiry, deliciosa! Chegamos em Recife e fomos na minha sorveteria preferida, a Santo Doce, relembrei o sorvete de amarula, vinho do porto, amora e africano (chocolate meio amargo). Aiai, ô lugarzinho gostoso! Era hora de se despedir da minha preta e do Igo. Coração, mais uma vez apertadinho. 

Chegamos em casa, mortos e felizes, e eu, como sempre, despreparada para o momento final: me despedir da minha família e da minha casa. 

Dói, sempre dói. É mentira esse negócio de que com o tempo acostuma. Acostuma não: aceita. Mas a hora do tchau é sempre com pontada no peito e lágrima nos olhos. Sempre tenho a impressão que apertei menos do que poderia a minha irmãzinha, que dei menos atenção do que gostaria para o meu pai, que segurei pouco tutu no colo, que não fofoquei tanto com Jó, que poderia ter rido mais com meu irmão mais velho e que curti pouco todo aquele mundo, o meu mundo, mesmo sabendo que não é verdade. Que fiz de tudo um muito para que fosse o melhor momento do mundo. E sempre é. Por isso o aperto!

E é hora de voltar para casa, até a próxima visita delícia: CARNAVAL


5am decolando do Aeroporto Internacional dos Guararapes


















segunda-feira, dezembro 05, 2011

Recife: parada obrigatória

15-10-2011


Descanso na loucura


Depois de dois dias seguidos na rua, sem dormir em casa e sem pausas para descanso, acordamos merecidamente tarde no sábado. Levantamos, tomamos café da manhã e voltamos pra dormir. Acordamos novamente com meu irmão chegando em casa com asinhas de galeto assado de beira de rua e cervejinhas pra abrir esse dia preguiçoso e nublado. Vimos um filme e cochilamos novamente. O dia tava uma delícia pra isso!


meus modelos na prévia do Coquetel
A noite fomos para o Festival No ar Coquetel Molotov, evento que acontece uma vez por ano e reúne bandas renomadas e outras do circuito alternativo, uma ótima oportundiade para conhecer coisa nova. Esse ano foi Hindi Zahra e sua linda voz. Estávamos bastante dividios entre o Coquetel Molotov e a Virada cultural que aconteceram simultaneamente (cagada da prefeitura da cidade). Mas, como já tínhamos ido para a Virada no dia anterior, escolhemos o Coquetel. Além das  bandas internacionais/alternativas/desconhecidas/legais de conhecer, teria também China e Racionais MC. Na Virada multicultural teria Fagner e Buena Vista Social Club. Pelos nossos cálculos, dava pra ir no Molotov (que começa cedo, 21h) e de lá partir para assistir Buena Vista (que eu não queria abrir mão de maneira nenhuma e seria a última atração, daria tempo). Mas, para ir ao Coquetel, precisava abrir mão de Fagner (com um aperto gigante no peito). E assim fizemos. Chegamos cedo no Coquetel, assistimos as bandas (quase perdemos tudo bebendo vinho e papeando lá fora), e, no final do show de China (que teve direito a casal amostrado subindo no palco e dançando junto), vimos que tava no deadline para ver Buena Vista, tivemos então que abrir mão de assistir Racionais MC para que desse tempo. Ok, não tem como ter tudo! Partimos para o Marco zero, pegamos o show completo de Buena Vista e dançamos cumbia até quase amanhecer! Antes que isso acontecesse, partimos pra casa pra tentar dormir algumas (poucas) horas, pois sabíamos que o outro dia seria longo, como costuma acontecer com todo último dia de viagem!


presentinhos que o namorado comprou no Coquetel!



sexta-feira, dezembro 02, 2011

Recife: parada obrigatória

14-10-2011


Sem lenço e sem documento



Acordamos em Olinda sem um roteiro construido para o  dia, mas, uma coisa era certeira: praia!!! E assim fizemos. Mas antes tomamos um café da manhã feito pela mãe de Nina, com direito a Bolo de rolo da terra. O bicho! Saímos de lá e pegamos um dos ônibus mais famosos da redondeza: Rio Doce/Piedade e descemos em Boa viagem.


 Diferente do Rio, lá em Recife os donos das barracas ficam correndo atrás dos clientes, basta colocar o pé na calçada e começa a danação de pessoas te chamando e oferecendo seus serviços. Eu lembro que isso me irritava quando eu morava lá, mesmo porque eu sempre sentava na mesma barraca, mas, dessa vez, achei até engraçado. Eles ficam frenéticos até você falar que quer ou que não quer (com firmeza). Outra diferença da praia em Recife e no Rio (além dos nossos amigos tubarões), diz respeito as cadeiras e guarda-sol: você não paga pelo uso deles desde que consuma alguma coisa. Sentamos em uma barraca e pedimos algumas latinhas (o tratamento é VIP, eles colocam algumas dentro de um isopor cheio de gelo. Se quiser mais é só pedir, e, se sobrar, devolve). Depois de bem acomodados, demos início ao que o povo chama de rodízio! E é isso mesmo, BV Beach (como é carinhosamente chamada), é a mesma coisa que um rodízio! O tempo inteiro passam carrinhos com gostosuras pra gente cair em tentação, e eu,  obediente que sou, sempre caio: queijo coalho com mel de engenho e orégano, caldinho de feijao (clássico), caldinho de frutos do mar, camarão de praia com limão, caranguejo e ostra são os mais comuns. 


Achei incrível como alguém gostou de ostra de primeira!!!
Então demos abertura no rodízio com uma porção de Ostra (que eu sou alucinada e Igor ainda não conhecia). O tempero é simples: sal, limão, cominho e azeite. O prato tá feito! 


*Ostra lembra a minha infância, quando eu era pequenininha, meu pai que era rato de praia, sempre levava a família para curtir o sol, o frescobol e as ostras. Tínhamos o costume de "descer o balde". Sem exageros. Quando o moço da ostra nos via, já andava em nossa direção com um sorriso de orelha a orelha: tinha a certeza de finalizar seu dia de trabalho alí com a gente. *


Bom, a ostra foi só o início de uma manhã inteira de comilanças: peixinho frito (peixe de praia em Recife é um peixe de verdade, inteiro, frito e acompanhando salada e batata-frita ou macaxeira (aipim)). O camarão também completou o menu praiano. Satisfeitos, estava na hora de se batizar, mergulhando no mar! E eis mais uma surpresa agradável: a água é morninha em comparação com as praias do Sul e Sudeste. Uma delícia!  


Depois da praia, precisávamos decidir nosso destino. Eram 15h e teríamos que 'fazer hora' até a noite, onde iríamos assistir aos shows da Virada Cultural. (Sim, tivemos uma sorte danada, compramos as passagens antes de saber da virada cultural!) Voltar pra casa estava fora de cogitação: longe demais! E, além disso, estávamos alí pra passear. Mas uma coisa era verdade: precisávamos pelo menos de um banho para ir ao show, e, todos os meus amigos estavam em horário de trabalho, os únicos que estavam de folga éramos nós dois.


Lembrei então da minha prima que mora em BV e a secretária dela deveria estar em casa: Tudo certo! Passamos lá, tomamos uma ducha e saimos renovados para dar início a uma noite que ia ser longa. Passeamos pela Orla de Boa Viagem, e, depois, seguimos rumo ao Bairro das Graças, para um restaurante Coreano que é do meu gosto e que seria novidade para Igor. E, como novidade é sempre bem vinda, não titubiamos na escolha! 


Imagem da internet: burgogui
Dá água na boca só de lembrar do Burgogui (prato principal da culinária coreana, que nomeia também o restaurante). De lá, partimos para o Marco Zero e assistimos aos shows da Orquestra contemporânea de Olinda e Nação Zumbi, mas,  só estando lá mesmo para saber o que é assistir um show deles em casa, no marco. Na estaca zero. E a multidão foi ao delírio pra lembrar que o carnaval já tá chegando!








Imagem da internet: Nação zumbi no carnaval do Recife