sexta-feira, dezembro 02, 2011

Recife: parada obrigatória

14-10-2011


Sem lenço e sem documento



Acordamos em Olinda sem um roteiro construido para o  dia, mas, uma coisa era certeira: praia!!! E assim fizemos. Mas antes tomamos um café da manhã feito pela mãe de Nina, com direito a Bolo de rolo da terra. O bicho! Saímos de lá e pegamos um dos ônibus mais famosos da redondeza: Rio Doce/Piedade e descemos em Boa viagem.


 Diferente do Rio, lá em Recife os donos das barracas ficam correndo atrás dos clientes, basta colocar o pé na calçada e começa a danação de pessoas te chamando e oferecendo seus serviços. Eu lembro que isso me irritava quando eu morava lá, mesmo porque eu sempre sentava na mesma barraca, mas, dessa vez, achei até engraçado. Eles ficam frenéticos até você falar que quer ou que não quer (com firmeza). Outra diferença da praia em Recife e no Rio (além dos nossos amigos tubarões), diz respeito as cadeiras e guarda-sol: você não paga pelo uso deles desde que consuma alguma coisa. Sentamos em uma barraca e pedimos algumas latinhas (o tratamento é VIP, eles colocam algumas dentro de um isopor cheio de gelo. Se quiser mais é só pedir, e, se sobrar, devolve). Depois de bem acomodados, demos início ao que o povo chama de rodízio! E é isso mesmo, BV Beach (como é carinhosamente chamada), é a mesma coisa que um rodízio! O tempo inteiro passam carrinhos com gostosuras pra gente cair em tentação, e eu,  obediente que sou, sempre caio: queijo coalho com mel de engenho e orégano, caldinho de feijao (clássico), caldinho de frutos do mar, camarão de praia com limão, caranguejo e ostra são os mais comuns. 


Achei incrível como alguém gostou de ostra de primeira!!!
Então demos abertura no rodízio com uma porção de Ostra (que eu sou alucinada e Igor ainda não conhecia). O tempero é simples: sal, limão, cominho e azeite. O prato tá feito! 


*Ostra lembra a minha infância, quando eu era pequenininha, meu pai que era rato de praia, sempre levava a família para curtir o sol, o frescobol e as ostras. Tínhamos o costume de "descer o balde". Sem exageros. Quando o moço da ostra nos via, já andava em nossa direção com um sorriso de orelha a orelha: tinha a certeza de finalizar seu dia de trabalho alí com a gente. *


Bom, a ostra foi só o início de uma manhã inteira de comilanças: peixinho frito (peixe de praia em Recife é um peixe de verdade, inteiro, frito e acompanhando salada e batata-frita ou macaxeira (aipim)). O camarão também completou o menu praiano. Satisfeitos, estava na hora de se batizar, mergulhando no mar! E eis mais uma surpresa agradável: a água é morninha em comparação com as praias do Sul e Sudeste. Uma delícia!  


Depois da praia, precisávamos decidir nosso destino. Eram 15h e teríamos que 'fazer hora' até a noite, onde iríamos assistir aos shows da Virada Cultural. (Sim, tivemos uma sorte danada, compramos as passagens antes de saber da virada cultural!) Voltar pra casa estava fora de cogitação: longe demais! E, além disso, estávamos alí pra passear. Mas uma coisa era verdade: precisávamos pelo menos de um banho para ir ao show, e, todos os meus amigos estavam em horário de trabalho, os únicos que estavam de folga éramos nós dois.


Lembrei então da minha prima que mora em BV e a secretária dela deveria estar em casa: Tudo certo! Passamos lá, tomamos uma ducha e saimos renovados para dar início a uma noite que ia ser longa. Passeamos pela Orla de Boa Viagem, e, depois, seguimos rumo ao Bairro das Graças, para um restaurante Coreano que é do meu gosto e que seria novidade para Igor. E, como novidade é sempre bem vinda, não titubiamos na escolha! 


Imagem da internet: burgogui
Dá água na boca só de lembrar do Burgogui (prato principal da culinária coreana, que nomeia também o restaurante). De lá, partimos para o Marco Zero e assistimos aos shows da Orquestra contemporânea de Olinda e Nação Zumbi, mas,  só estando lá mesmo para saber o que é assistir um show deles em casa, no marco. Na estaca zero. E a multidão foi ao delírio pra lembrar que o carnaval já tá chegando!








Imagem da internet: Nação zumbi no carnaval do Recife

Um comentário:

Namorado viajante disse...

Rodízio na praia, é o que há!

Ostra: Paixão à primeira vista! O início da comilança não podia começar de outra maneira. ;)

Burgogui (custei pra aprender a pronunciar sem gaguejar). É um achado! De início eu tava curioso pra conhecer a cozinha coreana. Agora já conto os dias pra voltar lá!

Fechando a noite com Nação Zumbi no marco zero. Quero mais o q? :)