quinta-feira, setembro 19, 2013

Pra ser mato


Deleuze cita Henry Miller: o mato só existe em espaços não cultivados. Ele preenche os espaços vazios. Cresce entre, no meio de outras coisas. A flor é bela, o repolho é útil, a papoula enlouquece, mas o mato é um transbordamento, uma lição de moral.






Por entre, pelo meio, pelas beiradas. Crescer, ocupar, permear. Sorrateiro, sem alarde, sem ataque. Crescer de ponta à ponta, rasteiramente. Crescer, tão só e somente.




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