É muito difícil escolher um dia pra ser o melhor da viagem, cada um tem um gosto e um charme diferente do outro e diferente de tudo o que já foi vivido, afinal, é tudo novidade a cada esquina: um café, um restaurante, o ônibus, um passeio ou uma simples rua. Mas é com facilidade que menciono esse dia como o mais emocionante de toda a viagem! O dia em que fomos para Lujan. Lujan é uma província da Argentina que fica a 60km da cidade de Buenos Aires e que não estava dentro do nosso roteiro mental de viagem. Certo dia estávamos andando por Palermo e pegamos uma revista de turismo que estava em cima de uma mesa de um restaurante que sequer sentamos pra comer, e, ao folhear, vimos que uma das opções de passeios para um lugarejo mais distante ficava em Lujan. O zoológico de Lujan! Quando vimos o preço, caro e em dólar, nos desanimamos, mas aquela vontadezinha de ir ficou guardadinha e não foi descartada, afinal, não se tratava de um zoologico qualquer que a gente vai, olha os bichos, dá tchauzinho, anda de pedalinho e vai embora, não! Se fosse isso, eu nem ia me animar, tanto que o zoológico de Buenos Aires ficava do lado de casa e não quisemos ir. A questão é que se tratava do único zoológico da América Latina onde os animais se relacionam diretamente com as pessoas. Isso mesmo! Começamos a babar quando vimos as fotos das pessoas dentro das jaulas com os leões e tigres, e, claro, achamos aquilo tudo uma coisa fora da realidade.
Procuramos então saber se havia a possibilidade de ir por conta própria, sem depender de excursão e de tantos dólares. Descobrimos um ônibus que deixa em frente ao zoologico e que passa a cinco minutos da nossa casa. Quando somamos o valor do transporte + o valor do ticket, vimos que saía pela metade do preço que a revista propunha. Perfeito! Lá fomos nós.
Acordamos cedinho e super empolgados. Quando chegamos na parada do tal ônibus, o moço apontou mais pra frente e eu ví o 57 saindo. Saí correndo feito uma maluca em direção a ele e só escutei um barulho estrondoso. Nesse minuto eu percebi duas coisas: a primeira é que o moço acenava para o lugar em que se compra a passagem e não para o ônibus, e, em seguida eu percebi também que esse barulho foi de uma lata de lixo quase da minha altura sendo derrubada. Ah, por mim, claro! Tentei fazer a doida, mas quando olhei pra trás, além daquele latão enorme virado e cheio de coisas espalhadas, havia também o meu namorado, o motorista e várias pessoas me olhando e rindo. Mas assim: rindo MUITO da minha cara. Pense! Entramos no ônibus e seguimos rumo à Lujan. Ah, tem que ficar atento na parada do zoologico, pois esse é um ônibus intermunicipal onde as pessoas pegam não necessariamente pra ir ao zoologico. Se você não pedir pra parar lá, ele passa direto!
Acordamos cedinho e super empolgados. Quando chegamos na parada do tal ônibus, o moço apontou mais pra frente e eu ví o 57 saindo. Saí correndo feito uma maluca em direção a ele e só escutei um barulho estrondoso. Nesse minuto eu percebi duas coisas: a primeira é que o moço acenava para o lugar em que se compra a passagem e não para o ônibus, e, em seguida eu percebi também que esse barulho foi de uma lata de lixo quase da minha altura sendo derrubada. Ah, por mim, claro! Tentei fazer a doida, mas quando olhei pra trás, além daquele latão enorme virado e cheio de coisas espalhadas, havia também o meu namorado, o motorista e várias pessoas me olhando e rindo. Mas assim: rindo MUITO da minha cara. Pense! Entramos no ônibus e seguimos rumo à Lujan. Ah, tem que ficar atento na parada do zoologico, pois esse é um ônibus intermunicipal onde as pessoas pegam não necessariamente pra ir ao zoologico. Se você não pedir pra parar lá, ele passa direto!
A viagem durou em torno de 1h30 por conta das paradas,e, quando finalmente chegamos no destino final, nos vimos em meio a um lugar compĺetamente diferente de tudo o que havíamos visitado até então: chão de terra batida, poeira e tratores de perder de vista! Essa foi a primeira imagem do lugar. O zoológico, além de ser a casa de um monte de bicho, também é um museu a céu aberto! Eles possuem uma coleção enorme de tratores!
Quando chegamos, percebemos logo a diferença de lá para os zoológicos tradicionais: não tinha uma portaria com uma bilheteria, não! Uma pessoa que chegou lá para nos recepcionar e pegar o valor da entrada. Depois ela falou que mais à frente teria uma barraquinha onde podíamos pegar o mapa do local. Lá é tudo bem rural, parece aquelas fazendas gigantes onde o dono cria tudo ao mesmo tempo: tigre, papagaio, pato, cachorro! Sem exageros, lá é assim mesmo!
Assim que chegamos, andamos rumo à jaula dos tigres (a mais temida e esperada do passeio), e, na fila para entrar nela, havia mais patos do que pessoas dividindo o território. Eu que tenho pavor de patos, nessa altura de campeonato já tava fazendo carinho na cabeça e tirando foto deles. Afinal, o que é uma bicada de um pato pra quem tá prestes a entrar na jaula do leão e do tigre, né?
dando leitinho |
Quando finalmente chegou a nossa vez, minha perna começou a tremer, juntamente com as piadinhas que surgiam o tempo inteiro daqueles que ainda estavam na fila: "boa sorte! Espero que você volte com boas histórias! Ele parece tá morrendo de fome! Ele vai sentir o cheiro do filhote dele!" Enfim, deixamos as bolsas lá fora e entramos apenas com as câmeras, óbvio!! Na jaula tinham 5 tigres grandes e 5 humanos felizes, contando com o domador deles. Passamos dez minutos com eles, que até então estavam calmos, até que um decidiu "brincar" com o outro, correndo feito malucos e pulando bem alto. Tremi nas bases, aliás, trememos. Uma tensão gostosa! No final deu tudo certo: alisamos os tigres, tiramos fotos com eles e, pasmem, o Igor deu até leite na boca deles. E eu, claro, registrei tudo!
Saímos de lá com uma alegria e uma vontade monstra de desbravar aquele lugar. Cheia de euforia, quis logo ir na jaula do leão! Acontece que no meio do caminho nos deparamos com a coisa mais fofa de todo o zoológico: os filhotinhos do tigre! Pegamos ele no colo, uma fofura só, e, apesar de ter apenas dois meses de vida, já faz aquele barulho feroz. A coisa mais fofa. Quase morri do coração quando o Igor colocou o tigrinho no colo. Ele ficou bem aconchegadinho lá, tanto que pra tirá-lo depois foi um sacrifício! Até a moça que toma conta deles ficou impressionada! Ah, os tigrinhos dividem o mesmo espaço com os cachorrinhos. Durante o dia eles ficam separados dos pais, por conta da rotina do local e a noite eles ficam juntinhos.
Depois do tigrinho, passamos na jaula do leão! Só tínhamos eu e o Igor pra entrar nela e um leãozão enorme, deitado. Dessa vez eu dei leitinho pra ele também, a língua é enorme e parece uma lixa. Adrenalina nas alturas! Ele tava calminho, não fez nenhuma estripulia... Mas e precisa? era um leão, gente! Enorme! Depois disso, seguimos para o passeio de Dromedário. Ele é bem altão! Subimos em uma plataforma pra podermos montar nele.
Rodamos pelo zoológico e fomos curtindo aquela paisagem linda, bem campestre mesmo! O lugar me remetia a minha querida Aldeia, cheia de mato, bicho solto pelo sítio e cheiro de campo. Tudo bem rural! Vimos os macacos, o gorila, o urso gigante, iguana, os leões marinhos cheios de malandragem, fazendo uma dancinha sincronizada pra ganhar comida! Tucano, arara azul, furão, uma beleza!
Quando pensamos que já havíamos rodado tudo, lembramos do elefante! Ele ficava lá no finalzinho do zoológico, em uma área bem reservada. Quando chegamos lá, nos deparamos com aquele bichão imenso atrás de uma barreira! Gente, era imenso! Do tamanho do teto da minha casa! Pelas fotos parece menor, mas é porque estava bem afastado da gente (vide a distância entra os pés do Igor e as patas dele) de modo que os tamanhos não ficam proporcionais.
dancinha |
Quando pensamos que já havíamos rodado tudo, lembramos do elefante! Ele ficava lá no finalzinho do zoológico, em uma área bem reservada. Quando chegamos lá, nos deparamos com aquele bichão imenso atrás de uma barreira! Gente, era imenso! Do tamanho do teto da minha casa! Pelas fotos parece menor, mas é porque estava bem afastado da gente (vide a distância entra os pés do Igor e as patas dele) de modo que os tamanhos não ficam proporcionais.
Eu pensei, aliviada, que fosse só chegar lá, olhar, tirar umas fotos e partir. Mas que nada! O homem puxou logo o Igor e colocou na mão dele um pedaço de maçã pra dar pro elefante, mas a gente tem que ficar de costas, pra não ser capturado pelo bicho! E é aí que a aflição aumenta ainda mais, pois você não sabe quando o elefante vai pegar a fruta. Ele pega com a tromba e leva até a boca. Depois foi a minha vez. Só que um pouco diferente do Igor, pois o elefante me achou cheirosa e sugou minha mão completamente. Ahhhhhhhhhhhhhhhh! Que nervoso!!!!! Chupou a minha mão!
Saímos do zoologico e fomos esperar o ônibus de volta pra Buenos Aires. A parada de ônibus era bem beira de estrada, e, de lá, víamos a cerca do zoológico e um monte de bambi brincando. Lindo!
Tomamos o ônibus de volta e como ainda tava cedo e o comércio lá só fecha tarde (por volta das 21h), fomos na Córdoba 5000, avenida conhecida pelas lojas! Até então não havíamos achado nada barato, mas não custava dar uma checada! O Igor tava atrás de uma bota de tracking. Andamos um bom pedaço da Córdoba (que é gigantesca) e não achamos o sapato dele, e, quando já estávamos sem esperança de nada, achei um tênis botinha estilo all star, só que da Levis. Exatamente da cor que eu queria e com um descontão! Comprei na hora. E o Igor, pra não dizer que não comprou nada, voltou com um casaco de cachemir, lindo!
Saímos de lá à caça por um restaurante para jantar. Rodamos, rodamos, rodamos e acabamos em um restaurante que sempre passávamos na frente e não ficávamos. o Reencontro. Lá é esquema de rodízio, paga um preço fixo e come até enjoar. E, claro, foi o que fizemos! pedimos de tudo: massas, carnes, saladas, mais carnes e o que mais tivesse. A comida era boa, umas pedidas mais certeiras que as outras, como deve acontecer em todo rodízio de tudo. A provolleta de lá tava uma delícia! Mais tostada do que a do El Mirasol. Os queridinhos da noite foram o gnocchi com molho de espinafre e o filé de porco (cerdo). Tava tão bom que pedimos duas vezes!
Na volta pra casa, passamos em frente à Freddo e tomamos coragem pra comprar A Rosca Gelada. Desde o dia em que chegamos, passamos na frente da sorveteria e vemos aquela propaganda de páscoa na porta: uma torta-sorvete de fazer qualquer um babar. Acontece que é uma torta de sorvete com dez fatias e que custa 99 pesos. Por outro lado: o que são dez fatias pra quem come bolas e mais bolas de sorvete? Sem contar que estávamos de viagem, que ela era de fazer qualquer ser humano parar na vitrine, sem contar que é edição limitada de páscoa, enfim, compramos e saimos correndo pra casa!
Gente, acreditem, ela é muito mais gostosa do que na foto!
Uma camada de chocolate meio amargo, uma camada de chocolate branco, uma camada de chocolate ao leite, recheio de doce de leite com amendoas e cobertura de chocolate com ovinhos de chocolate recheados de doce de leite. Tudo com a qualidade Freddo.
Morri!
Na ponta do lápis:
Passagem pra Lujan por pessoa: 20 ida e volta
Ticket do zoologico por pessoa: 100
Jantar por pessoa: 80 pesos + refrigerante
2 comentários:
Foi ótima a decisão de irmos para esse zoológico! E o tigrinho, hein? Fazendo: "Rroaaawwwrrr...", como se fosse tigre grande, mas com aquela vozinha de trigrinho pequeno hehehe Vontade de levá-lo pra casa!!!!
Esse foi o instante em que a paixão deu mais um estalinho de dentro de mim diretamente pra tu! Coisa linda vocês dois!! Tu vai ser um pai incrível. Que sorte a minha : )
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