sexta-feira, abril 20, 2012

"E pela lei natural dos encontros, eu deixo e recebo um tanto..."

Eis que recupero uns cds de back up do tempo da brilhantina e me reencontro com um passado (bem passado), mas que parece ter ficado no mês que passou: basta olhar as fotos e tudo vem, inclusive, o som do violino no fundo das fotos e o meu sentimento de orgulho: sair da condição de aluna e passar a ser professora, em uma mesma sala, mudando apenas de posição. E quando vejo essas fotos, a lembrança corre junto com os anos que passaram, para mim e para elas (as alunas), que eram tão pequenas. Como será que estão? namorando? Prestando vestibular? Fazendo intercâmbio?  E as outras meninas da turma mais adiantada, estarão se formando? Trabalhando?


Como era engraçado e gostoso ver garotas praticamente da minha idade (e muitas eram até mais altas do que eu) me chamando de tia e me tendo como ponto de referência e respeito. Era uma festa! O orgulho só aumenta quando lembro, agora, oito anos depois, que eu tinha apenas 16 anos de idade quando topei essa empreitada! Era início de ano de vestibular e eu recebi a tal proposta de ser professora de ballet no local onde bailarinei por 10 anos da minha vida. Era uma proposta irresponsável de ser aceita (pela intensidade do ano que estava por vir), ao mesmo tempo que seria impossível não dizer sim, um sim de coração cheio.

E foi o que eu fiz. Como fiz com tudo na minha vida: de coração cheio! Meus pais me apoiaram e a diretora da escola me liberou das aulas extras que aconteciam nas terças e quintas no período da tarde, desde que eu corresse atrás do prejuízo e fosse bem nos simulados. E eu corri. Se foi fácil? Não, claro que não. Mas, e o que é fácil nessa vida? Acontece que com muito esforço e uma dose dupla de responsabilidade e coragem, eu encarei esse ano, sendo aluna, professora e vestibulanda. Coreografei as danças do ano, passei no vestibular para jornalismo (e ainda dei umas boas saidinhas no ano!) e hoje posso olhar para essas e outras fotos e pensar que, ainda bem que no auge dos meus 16 anos, época em que mais da metade das pessoas que eu conheço estavam enchendo a cara em algum bar (clandestinamente, claro) ou fazendo nada de proveitoso da vida, eu simplesmente disse sim pra vida.


Espero que essas meninas estejam hoje, dizendo sim também. (de coração cheio!)

lindinhas

treino na barra!

Dani e eu

alongamento


Equiliiibra! Dani, eu e Catarina

borboletinha



Um comentário:

Anônimo disse...

bonitinhas