quarta-feira, maio 30, 2012
musical
Entre uma matéria e outra, escuto minhas músicas que variam entre Arctic Monkeys e Cartola, e, em uma dessas, começo eu a cantarolar "diga lá meu coração a alegria de rever essa menina..." E o meu editor simplesmente para tudo, vira pra mim e fala: 'Mêo Deus. Essa desenterrou,viu?' Detalhe que ele tem seus 40 anos e me vem com essa. Ahhh, adoro música de 'velho' mesmo!
Que posso eu fazer se herdei o bom gosto musical dos meus pais? Desde sempre (Quando digo sempre, é sempre mesmo... desde que nasci), minha casa é o que se pode chamar de casa de Vinicius: de braços e portas abertas para o violão, sempre no comando do meu pai. E a voz, guiada por ele, mamãe e eu, ainda com a voz fina e carregada de uma ingenuidade de criança que quer conhecer mais e mais aquele universo musical. E era assim, sempre. Fosse em churrasco com convidados, fosse à noite, depois do jantar, na varanda da nossa casa em Aldeia. Por vezes o teclado também se fazia presente, como em uma maneira de mostrar que meu pai (que hoje também manja na gaita), era e é um músico de passar o chapéu, ou como dizem "que tira a música com o ouvido". Não precisa de cifra, puro ouvido e intuição. Uma coisa mágica, bem como a música.
O repertório era variado e a música popular brasileira era fio condutor de muitas noites, frias ou não. Cartola, Zé Ramalho, Bezerra da Silva, Gonzaguinha, Alceu, Geraldo Azevedo, Tim Maia, Raul, Elis, Caetano, Gil, Gal, Betânia, Fagner, Tom, Vinicius, Nara, Chico... São alguns nomes que visitavam minha residência.
Anos mais tarde tive o prazer de conhecer por conta própria o jazz, que virou minha paixão. E foi quando em meio a brincadeiras, decidi: me casarei com um homem que toque um instrumento de sopro.
Dia desses, meu namorado que já ouviu falar nessa história, apareceu com uma gaita e dando seus primeiros sopros com 'felicidade foi embora do meu peito e a saudade...'
A brincadeira fez-se verdade e só fiz conprovar: como é lindo instrumento de sopro, ainda mais quando conduzido por alguém que a gente ama!
terça-feira, maio 29, 2012
Efeito Gil
É engraçado como algumas coisas te tocam e simples palavras podem te levar a uma viagem astral. Música é assim e em se tratando de Gilberto Gil (ou Caetano), comigo, não podia ser diferente. Ontem ele fez um show incrível no Theatro Municipal acompanhado da Orquestra Petrobras Sinfônica, em comemoração aos 50 anos de carreira e 70 de vida. Se eu fui no show? Não. Passei o dia dolorida e murchinha por não ter ido. Quando soube do evento, os ingressos já estavam esgotados. Então agora, após ler os relatos do show no G1, me arrepiei e meus olhos se encheram d'água. Senti no coração a desenvoltura que o jornalista teve em descrever cada canção e por isso digo que foi um show incrível. Claro que faltaram muitas canções e que eu trocaria umas por outras, mas, como o prórpio Gil disse: "Ah, meu filho, são 500 e tantas músicas que precisei espremer num repertório de 20 canções. É uma judiação, né?" E é mesmo.
Agora só me resta esperar o próximo show desse neguinho tão querido! Ou, quem sabe, um dele e Caetano juntos, pra acabar de vez com meu coração.
Agora só me resta esperar o próximo show desse neguinho tão querido! Ou, quem sabe, um dele e Caetano juntos, pra acabar de vez com meu coração.
sexta-feira, maio 25, 2012
quinta-feira, maio 24, 2012
Coração desmemoriado
Conversando com uma amiga próxima, ela contou das novidades e falou que tava, finalmente, de paquera. Só para dar um parâmetro geral do histórico paquerístico dela, para que fique mais fácil entender o texto, é importante dizer que ela sempre complica demais as coisas e se encaixa com perfeição naquele esquema de quando eu gosto, ele caga em mim, quando eu cago nele, ele gosta. E, com isso, é praticamente um parto quando, dentre essas desventuras, ela consegue simplesmente se entregar no mesmo instante em que se entregam a ela.
Em 6 anos de amizade, só vi isso acontecer plenamente uma vez em sua vida, tirando, claro, os casos de alto mar (mesmo) que duram uma semana efetivamente e vários meses de cicatriz e pensamento distante, entre uma onda e outra. E então quando ela me falou que estava com paquera novo, no primeiro instante eu comemorei! (sim, eu sempre comemoro quando ela fala isso e mesmo que dê merda no final, acho justo que a pessoa aproveite, sorria e sinta o coração bater mais forte, nem que seja por uma semana e mesmo que essa semana alfinete seu coração por muitos e muitos meses e a outra pessoa sequer sáiba disso.)
Após as palminhas involuntárias que dei defronte ao computador, ela soltou o detalhe: "é, ele ACABOU de sair de um relacionamento de 6 anos, mas tá ótimo". Eita, nesse instante eu engoli seco e antes que eu decretasse caixão e vela preta para o caso de minha amiga, ela decidiu piorar a situação com a seguinte sentença, pra mim, muito decisiva "tou até meio bobinha...". Deus, que conselho posso eu dar a ela? Boa sorte? Felicidades? Cautela? Pêsames?
Bom, foi um pouco mais fácil do que isso tudo, afinal, ela acompanhou o início do meu atual relacionamento... Ela estava presente no dia em que nos conhecemos e viu todo o desencadear da minha história de amor e a minha história tinha um capítulo que muito se parece com o que ela vive agora: 6 anos preenchidos por uma outra pessoa. Bom, ao relembrar isso a ela, precisei ser clara e dizer o que ela já sabia, que ele só se entregou de verdade para alguém quase 1 ano depois da separação. Não por ainda gostar da outra pessoa, nada parecido, mas porque precisava do momento de respiro e curtição do próprio ser que todo mundo necessita.
Então apenas 1 ano depois de muita pegação, bagunças na casa e vida semi-desregrada, ele se entregou, e esse alguém, por sorte e merecimento, fui eu. Ela falou que as vezes ficava um pouco paranóica mas que seguia tranquila na maior parte do tempo, pontos positivo para ela! Que completou o dilema falando que, na verdade, o relacionamento deles já estava mal há um bom tempo.
Mas tem uma coisa importante que talvez tenha ajudado minha amiga em sua reflexão: Ela tem mania de diminuição e insegurança. Ela é linda, inteligente, amorosa, carinhosa e tudo ou mais que um bom rapaz pode querer, mas ela tem um bloqueio de sempre achar que até a baranga da esquina é melhor. Ela é assim e pronto, não adianta que digam que ela é a branca de neve misturada com a menina com uma flor de Vinicius de Moraes. Acontece que essa nóia é sem importância, pois o que ela precisa enxergar (e espero que ela enxergue, de coração), é que o que está contra ela não é a ex. A ex pouco importa, eles acabaram. O relacionamento tinha desmoronado fazia tempo. O que pesa, nesse aspecto, não são os lindos cabelos que ela tem ou o corpo esbelto, mas sim o tempo. E quando falo do tempo, não me refiro pontualmente ao tempo em que passaram juntos, mas sim esse tal tempo de respiro e de entendimento sobre tudo o que passou e o que estar por vir.
Antes que eu pensasse que era caso perdido, ela me explicou que estava bem com ele, que ele era muito legal com ela mas que eu não me preocupasse, pois ela não estava apaixonada e dessa vez ela estava bem consciente da situação, pois nas demais vezes, como a própria psicóloga dela fala, ela pula de cabeça em uma piscina sem nem saber se lá dentro tem água... Parece que dessa vez ela tá usando bóia.
Refletindo com mais calma, vi que esse pensamento óbvio de que é difícil iniciar um relacionamento com alguém que acabou de sair de outro nem sempre termina mal, afinal, as pessoas simplesmente se apaixonam e podem alcançar o happy end na boa. Meus pais foram assim, quer dizer, bondade minha falar "happy end", mas posso garantir que foram anos de casamento. Meu único medo é que acontecesse com ela o que vejo acontecer por aí, pessoas que levam seus fantasmas para o atual relacionamento, pois não viveu seu luto em paz, sozinho. E acabam carregando consigo essa carga. Acho que isso aconteceu com os meus pais apesar dos 20 anos de casamento. Preferi então relembrá-la disso tudo por uma questão de síndrome de coração desmemoriado, que passa pelas coisas na vida, apanha, jura que nunca mais vai passar, que aprendeu e tempos depois está lá, vivendo tudo aquilo novamente, mudando apenas os nomes e endereços. Sem nem ligar se vai sofrer, se vai sorrir, apenas dando saltos (as vezes mortais) dentro da piscina.
E se quer saber? Pra quê bóia? estamos falando de amor.
Em 6 anos de amizade, só vi isso acontecer plenamente uma vez em sua vida, tirando, claro, os casos de alto mar (mesmo) que duram uma semana efetivamente e vários meses de cicatriz e pensamento distante, entre uma onda e outra. E então quando ela me falou que estava com paquera novo, no primeiro instante eu comemorei! (sim, eu sempre comemoro quando ela fala isso e mesmo que dê merda no final, acho justo que a pessoa aproveite, sorria e sinta o coração bater mais forte, nem que seja por uma semana e mesmo que essa semana alfinete seu coração por muitos e muitos meses e a outra pessoa sequer sáiba disso.)
Após as palminhas involuntárias que dei defronte ao computador, ela soltou o detalhe: "é, ele ACABOU de sair de um relacionamento de 6 anos, mas tá ótimo". Eita, nesse instante eu engoli seco e antes que eu decretasse caixão e vela preta para o caso de minha amiga, ela decidiu piorar a situação com a seguinte sentença, pra mim, muito decisiva "tou até meio bobinha...". Deus, que conselho posso eu dar a ela? Boa sorte? Felicidades? Cautela? Pêsames?
Bom, foi um pouco mais fácil do que isso tudo, afinal, ela acompanhou o início do meu atual relacionamento... Ela estava presente no dia em que nos conhecemos e viu todo o desencadear da minha história de amor e a minha história tinha um capítulo que muito se parece com o que ela vive agora: 6 anos preenchidos por uma outra pessoa. Bom, ao relembrar isso a ela, precisei ser clara e dizer o que ela já sabia, que ele só se entregou de verdade para alguém quase 1 ano depois da separação. Não por ainda gostar da outra pessoa, nada parecido, mas porque precisava do momento de respiro e curtição do próprio ser que todo mundo necessita.
Então apenas 1 ano depois de muita pegação, bagunças na casa e vida semi-desregrada, ele se entregou, e esse alguém, por sorte e merecimento, fui eu. Ela falou que as vezes ficava um pouco paranóica mas que seguia tranquila na maior parte do tempo, pontos positivo para ela! Que completou o dilema falando que, na verdade, o relacionamento deles já estava mal há um bom tempo.
Mas tem uma coisa importante que talvez tenha ajudado minha amiga em sua reflexão: Ela tem mania de diminuição e insegurança. Ela é linda, inteligente, amorosa, carinhosa e tudo ou mais que um bom rapaz pode querer, mas ela tem um bloqueio de sempre achar que até a baranga da esquina é melhor. Ela é assim e pronto, não adianta que digam que ela é a branca de neve misturada com a menina com uma flor de Vinicius de Moraes. Acontece que essa nóia é sem importância, pois o que ela precisa enxergar (e espero que ela enxergue, de coração), é que o que está contra ela não é a ex. A ex pouco importa, eles acabaram. O relacionamento tinha desmoronado fazia tempo. O que pesa, nesse aspecto, não são os lindos cabelos que ela tem ou o corpo esbelto, mas sim o tempo. E quando falo do tempo, não me refiro pontualmente ao tempo em que passaram juntos, mas sim esse tal tempo de respiro e de entendimento sobre tudo o que passou e o que estar por vir.
Antes que eu pensasse que era caso perdido, ela me explicou que estava bem com ele, que ele era muito legal com ela mas que eu não me preocupasse, pois ela não estava apaixonada e dessa vez ela estava bem consciente da situação, pois nas demais vezes, como a própria psicóloga dela fala, ela pula de cabeça em uma piscina sem nem saber se lá dentro tem água... Parece que dessa vez ela tá usando bóia.
Refletindo com mais calma, vi que esse pensamento óbvio de que é difícil iniciar um relacionamento com alguém que acabou de sair de outro nem sempre termina mal, afinal, as pessoas simplesmente se apaixonam e podem alcançar o happy end na boa. Meus pais foram assim, quer dizer, bondade minha falar "happy end", mas posso garantir que foram anos de casamento. Meu único medo é que acontecesse com ela o que vejo acontecer por aí, pessoas que levam seus fantasmas para o atual relacionamento, pois não viveu seu luto em paz, sozinho. E acabam carregando consigo essa carga. Acho que isso aconteceu com os meus pais apesar dos 20 anos de casamento. Preferi então relembrá-la disso tudo por uma questão de síndrome de coração desmemoriado, que passa pelas coisas na vida, apanha, jura que nunca mais vai passar, que aprendeu e tempos depois está lá, vivendo tudo aquilo novamente, mudando apenas os nomes e endereços. Sem nem ligar se vai sofrer, se vai sorrir, apenas dando saltos (as vezes mortais) dentro da piscina.
E se quer saber? Pra quê bóia? estamos falando de amor.
terça-feira, maio 22, 2012
Tamborim
| após muitas taças de vinho |
É difícil demais expressar através de linhas o brilho que habita nos olhos,
nos olhos dele.
O formato que aquele olhinho rasgadinho fica quando sorri,
quando sorri para mim.
E o rosto inteiro se transforma em um misto de ternura e de sorriso com os olhos e lábios. Mais. É como se o corpo inteiro estivesse sorrindo, sorrindo de coração,
do coração dele para o meu.
E eu sorrio de volta, como se todas as coisas que desejo pra ele, pra mim e pra gente se transfigurasse naquele ato tão simples e involuntário de sentir com o coração. E é quando cria-se uma atmosfera singela, ingênua e cheia de um sentimento que, apesar de leve, é consistente a ponto de conseguir cortar como um pão. É vibrante, é cintilante, é azul e é amarelo. É vermelho, arde. É mar, transborda, é mais. É mais que a aquarela. É uma porta aberta, um vaso de planta, uma semente, um quintal, um enxame. É vento frio, uma canção inacabada, pincel, lápis e borracha. São cata-ventos rodando a nossa estrada.
É uma vontade enorme de que aquele instante seja eternizado através do meu olhar que não pretende perder um segundo que seja. O registro quase que impecável e cheio de expressões e impressões. Um registro cheio de amor feito através de dois olhares, dois sorrisos e um coração: batendo forte.
-
Eu podia ter esperado para escrever esse texto na nossa comemoração de 1 ano de namoro que tá tão próxima, mas ela veio agora e amor não se espera, amor se soma. E, entre uma notícia e outra, entre um instante e outro, não paro de lembrar das surpresas que você me fez essa semana. E é quando mentalizo e agradeço, com todo o meu amor, como é gratificante e feliz te ter ao meu lado, todos os dias.
Amo você, meu amor.
* post novo no http://www.sobreestradasebotecos.blogspot.com
quinta-feira, maio 17, 2012
Sofisma
Em um dia bonito, Jó (mãe da minha irmãzinha de quase 3 anos) fala:
-Sofia, vem cá que mamãe vai te ensinar a brincar de amarelinha!
-Ah, mamãe, eu só quero brincar se for de vermelhinho!
(!)
terça-feira, maio 15, 2012
das delícias de guardar no peito
E bem no final do horário de trabalho, com a coluna doendo e pouca inspiração para o trânsito da Barra até a Zona Sul, recebo uma mensagem no celular que vem de longe, bem de longe, e, ao mesmo tempo, bem próxima, de coração pra coração... E ela diz assim:
'Só queria dizer que eu te amo. Entra ano, sai ano, entra estação, sai estação e o amor continua. Que saudade! Me abraça aí no infinito que eu tou aqui te abraçando!' Maria.
sexta-feira, maio 11, 2012
Das mães
As pessoas costumam falar que mãe não é a que pare mas sim aquela que cria, cuida, dá carinho, afeto, educação e todas essas coisas que um filho precisa ou semeia, independente de ter vindo do seu ventre ou não. Engraçado que apesar de eu me encaixar com perfeição nessa categoria de filho que tem uma mãe que cria sem ter colocado no mundo, eu nunca havia pensado nisso desse modo. Aliás, só estou falando a respeito por conta de uma discussão de trabalho sobre o tema. E foi quando me peguei pensando nisso, no porque não penso nessa máxima.
Mãe pra mim é troca, é ser a mãe dela quando preciso, é brigar, questionar, aprender juntas. Cozinhar, passear, sambar, tomar uma, contar piada, levar bronca pelo armário bagunçado, ficar emburrada e depois passar. É perceber que o armário dela tá mais bagunçado que o meu mas que o fato dela ser a minha mãe é o suficiente.
Mãe pra mim é uma melhor amiga que nunca vai te sacanear. Uma pessoa que nunca precisarei pensar duas vezes se o que ela fala é com a intenção de ser o melhor para mim (ainda que não seja). Mãe é a mulher mais linda que já conheci e conheço, e, por sorte, essa mãe é a minha: Ana, meu amor. Tudo pra mim. Feliz teu dia, todos os dias.
| é que a gente é do samba, sabe? |
Mãe pra mim é mais que esse nome, mãe é a pessoa que eu converso sobre sexo, sobre amizade, sobre problemas, sobre amor, sobre tudo. Sem pudor, sem restrição, sem o balãozinho de pensamento que fala que ela é minha mãe, e, desse modo, alguém que apesar de fazer tudo por mim, não merece saber tudo o que me acontece.
Mãe pra mim é uma melhor amiga que nunca vai te sacanear. Uma pessoa que nunca precisarei pensar duas vezes se o que ela fala é com a intenção de ser o melhor para mim (ainda que não seja). Mãe é a mulher mais linda que já conheci e conheço, e, por sorte, essa mãe é a minha: Ana, meu amor. Tudo pra mim. Feliz teu dia, todos os dias.
segunda-feira, maio 07, 2012
Carta para você/mim/nós
Minha querida,
Eu sabia que uma hora ou outra a vida seria regida por um turbilhão, cheia de detalhes simultâneos. Cheia de acontecimentos, crescimentos, dores e saltos, por dentro e por fora. Eu só não sabia que chegaria assim, sem aviso, sem bilhete, justo nos meus 24 anos, idade que você sabe tão bem quanto eu que é marco histórico de minha nascença e tua partida. É engraçado como já pensei algumas vezes se essa não seria a continuação de sua vida, seus dias, suas forças. Apesar de saber que você era bem mais gente grande do que eu aos 24 anos, com um casamento, um filho nas mãos e outro na barriga, eu sei que tinhas um mundo inteiro ainda pra conquistar. E é aí, justamente nesse espaço de tempo que entro, cheia de humildade e vontade. Vontade de acertar no caminho! E isso se reflete no meu dia a dia, no meu corpo, na minha cabecinha. Igor ultimamente anda falando de maneiras engraçadas, com ar de impressionado, que estou bonita fora do normal. Acho que devo estar refletindo um pedaço de sua beleza também. Bom, não sei ao certo o que essa fase significa, o que esse emprego novo significa, o que esse amor tão grande dentro de mim significa, o que tantos aprendizados significam, o que discórdias significam, mas sei que a vida tá passando por mim e eu não estou parada. Estou fazendo por onde cada conquista e analisando com cuidado cada fraqueza, cada dor. E isso vem me fortalecendo, vem me deixando mais próxima de você, da minha mãe Ana e das mulheres de fé, coragem e força que admiro. Abaixo segue algumas linhas escritas por Phillipe. Aliás, seu/meu/nosso nome é sempre motivo de risos, por ser diferente e o do meu irmão também! Não sei onde vocês estavam com a cabeça quando colocaram um "phillipe" antes do Victor, mas tudo bem. Quanto ao meu Anete, carrego com todo orgulho. A carta foi enviada junto com um presente lindo, em uma caixa enorme cheia de borboletas azuis:
'Irmã linda,
Vejo que o passar do tempo só te fez bem. Aquela pequena bailarina se tornou uma mulher. Mulher de verdade, de força, de amor. Pra mim vai ser sempre minha irmãzinha, que apesar do diminutivo, é como se fosse tudo pra mim.
Viver é fácil, difícil é fazer a vida valer a pena, por isso, parabéns! Você está no caminho certo, falo com todo orgulho, que só alguém com o privilégio que tenho por ser seu irmão pode falar.
Muito amor,
Phillipe.' Abril/2012
sexta-feira, maio 04, 2012
Blog sofre queda nas postagens
Querido Catando Vento, sei que ando em falta com você, porém, tenho uma justificativa que considero justa: faz pouquíssimos dias (os mesmos que me ausento daqui) que estou jornalistando sem parar. É notícia que não se acaba, uma danação só! E, veja bem, sou responsável pela editoria de economia, você deve imaginar o quanto isso é tenso pra mim. Logo pra mim! Eu bem queria colocar poesia nos infográficos, nas cotações, nos câmbios, nos juros, mas juro, não dá! É número por demais. É tudo muito duro, muito cidade, muito concreto e instável. Era hoje e não é mais. Sobe e desce. Sofre recuo. Tem ajuste. Tem perda e correção.
Parece esquisito, mas economia é o mesmo que paixão: efêmera agonia.
E no final, no bem e no mal, tudo vira poesia.
quarta-feira, abril 25, 2012
Feito tatuagem
Tinto o vinho que escorre pelos lábios
Dos lábios, o tino que procura pelos seus
Os seus, tinto um filete de saudade
Do vinho, tinto os seus lábios e os meus
terça-feira, abril 24, 2012
Pra estrear!
Pois é! Agora eu ganhei mais um cantinho: o Pra Sair de Casa, ou, como o próprio nome diz: Sobre Estradas e Botecos.
A idéia é relatar passeios, cervejas, petiscos, aventuras, viagens,
bebedeiras e tudo o que me der na telha! E, nada melhor do que estrear
com uma outra estreia: A minha super bike! No último dia 12, acordei com
uma bicicleta linda de presente! Era o que faltava pra deixar esses
passeios ainda mais gostosos. Então, nesse final de semana, inaugurei a
minha bike azul florida fazendo uma rota com o namorado e amigos pelo Comidadibuteco.
O blog ainda tá em construção e com o tempo eu pego o tempero e traquejo dele.
Espero que gostem!
Para saber mais:
sexta-feira, abril 20, 2012
"E pela lei natural dos encontros, eu deixo e recebo um tanto..."
Eis que recupero uns cds de back up do tempo da brilhantina e me reencontro com um passado (bem passado), mas que parece ter ficado no mês que passou: basta olhar as fotos e tudo vem, inclusive, o som do violino no fundo das fotos e o meu sentimento de orgulho: sair da condição de aluna e passar a ser professora, em uma mesma sala, mudando apenas de posição. E quando vejo essas fotos, a lembrança corre junto com os anos que passaram, para mim e para elas (as alunas), que eram tão pequenas. Como será que estão? namorando? Prestando vestibular? Fazendo intercâmbio? E as outras meninas da turma mais adiantada, estarão se formando? Trabalhando?
Como era engraçado e gostoso ver garotas praticamente da minha idade (e muitas eram até mais altas do que eu) me chamando de tia e me tendo como ponto de referência e respeito. Era uma festa! O orgulho só aumenta quando lembro, agora, oito anos depois, que eu tinha apenas 16 anos de idade quando topei essa empreitada! Era início de ano de vestibular e eu recebi a tal proposta de ser professora de ballet no local onde bailarinei por 10 anos da minha vida. Era uma proposta irresponsável de ser aceita (pela intensidade do ano que estava por vir), ao mesmo tempo que seria impossível não dizer sim, um sim de coração cheio.
E foi o que eu fiz. Como fiz com tudo na minha vida: de coração cheio! Meus pais me apoiaram e a diretora da escola me liberou das aulas extras que aconteciam nas terças e quintas no período da tarde, desde que eu corresse atrás do prejuízo e fosse bem nos simulados. E eu corri. Se foi fácil? Não, claro que não. Mas, e o que é fácil nessa vida? Acontece que com muito esforço e uma dose dupla de responsabilidade e coragem, eu encarei esse ano, sendo aluna, professora e vestibulanda. Coreografei as danças do ano, passei no vestibular para jornalismo (e ainda dei umas boas saidinhas no ano!) e hoje posso olhar para essas e outras fotos e pensar que, ainda bem que no auge dos meus 16 anos, época em que mais da metade das pessoas que eu conheço estavam enchendo a cara em algum bar (clandestinamente, claro) ou fazendo nada de proveitoso da vida, eu simplesmente disse sim pra vida.
Espero que essas meninas estejam hoje, dizendo sim também. (de coração cheio!)
Como era engraçado e gostoso ver garotas praticamente da minha idade (e muitas eram até mais altas do que eu) me chamando de tia e me tendo como ponto de referência e respeito. Era uma festa! O orgulho só aumenta quando lembro, agora, oito anos depois, que eu tinha apenas 16 anos de idade quando topei essa empreitada! Era início de ano de vestibular e eu recebi a tal proposta de ser professora de ballet no local onde bailarinei por 10 anos da minha vida. Era uma proposta irresponsável de ser aceita (pela intensidade do ano que estava por vir), ao mesmo tempo que seria impossível não dizer sim, um sim de coração cheio.
E foi o que eu fiz. Como fiz com tudo na minha vida: de coração cheio! Meus pais me apoiaram e a diretora da escola me liberou das aulas extras que aconteciam nas terças e quintas no período da tarde, desde que eu corresse atrás do prejuízo e fosse bem nos simulados. E eu corri. Se foi fácil? Não, claro que não. Mas, e o que é fácil nessa vida? Acontece que com muito esforço e uma dose dupla de responsabilidade e coragem, eu encarei esse ano, sendo aluna, professora e vestibulanda. Coreografei as danças do ano, passei no vestibular para jornalismo (e ainda dei umas boas saidinhas no ano!) e hoje posso olhar para essas e outras fotos e pensar que, ainda bem que no auge dos meus 16 anos, época em que mais da metade das pessoas que eu conheço estavam enchendo a cara em algum bar (clandestinamente, claro) ou fazendo nada de proveitoso da vida, eu simplesmente disse sim pra vida.
Espero que essas meninas estejam hoje, dizendo sim também. (de coração cheio!)
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| lindinhas |
| treino na barra! |
| Dani e eu |
| alongamento |
| Equiliiibra! Dani, eu e Catarina |
| borboletinha |
quinta-feira, abril 19, 2012
Um sol, dois sóis
Um sol, dois sois? Juntos.
E a cada dia que passa meu amor vai alcançando mais o caminho do sol, da luz, do brilho, da compreensão e do querer: querer bem, querer estar junto e o querer propriamente dito. Os machucados, as perdas, os aprendizados, os reconhecimentos, o olhar para sí e para o próximo, o aceitar, as surpresas, as alegrias palpitantes e o nosso amor. Dia a dia fazem dessa nossa ciranda, cantada por nós, uma trajetória cheia de beleza, por tudo e por nada. Por cada palavra, descoberta e capacidade de, simplesmente, ser e sentir.
Um ser, dois seres: um coração.
E é no mesmo taxi que a gente vai seguindo rumo aos nossos objetivos e crescimentos. Por que essa tal de felicidade grita. Não, ela berra e não quer se calar. Ela quer mostrar a todo instante que só depende de nós e das nossas mãos dadas, em comunhão.
Eu te amo e o meu coração é seu. Isso é bonito demais!
Obrigada por todo esse amor que percorre teus olhinhos e teus abraços cheios de afagos e de um sentimento novo, sentimento de tu pra mim. Precisa de nome, precisa? Com essa mania de querer nomear tudo, vou acabar inventando uma palavra pra esse tal sentimentonovodeamor que carregas em cada pulsação de coração. E eu sinto, aqui, do lado de dentro e de fora.
(muita coisa...)
E por falar em amor, abaixo segue o link das minhas 24 voltas ao sol. Um dia tão colorido que meu sorriso se abre só de lembrar...
https://picasaweb.google.com/114875808782744849317/24VoltasAoSol?authkey=Gv1sRgCLaMr4rl-ajuXA
quarta-feira, abril 18, 2012
terça-feira, abril 17, 2012
Doc Eu_Tenho_Pressa - Parte II
| treinando... |
No início de fevereiro me inscrevi, já no deadline, para o In-Edit (Festival Internacional de Documentário Internacional). Fizemos tudo "nas carreiras" e no improviso (bem como todo o nosso vídeo) pois soubemos do festival um dia antes do término das inscrições. Peguei a cópia do documentário que havia dado ao meu namorado, e Andreane (/tirandoostextosdoarmario) preencheu a ficha de inscrição e passou no meu trabalho pra levar o material aos correios.
| iih, errou! De novo! |
O tempo passou e hoje, mais de um mês depois, recebemos o e-mail da produção do In-Edit com a informação de que nosso curta foi selecionado para o festival!!!
Escolhi colocar as fotos do post com as gravações que fiz aqui no Rio, antes mesmo de morar nessa cidade linda. Saí de Recife, eu, eu mesma e uma câmera que nunca havia mexido na vida para pegar depoimentos do ex Legião Urbana, Dado Villa Lobos (que produziu um dos discos do DEVOTOS e cantou em uma das músicas do disco) e do Maurício Valadares, apresentador do RoncaRonca pela Rádio Oi e que também produziu um disco deles.
| tá... eu improviso um teleprompter |
O In-Edit vai ser de 1 a 10 de junho, mas a programação ainda não saiu.
A parte chatinha é que o In-Edit, além de SP, também ia rolar no Rio e isso seria ótimo, pois alguns amigos daqui ainda não puderam ver, mas, por outro lado, é só mais um sinal pra eu criar vergonha na cara e passar o doc para o youtube. Quando fizer isso, posto aqui!
Então é isso! São Paulo, aí vamos nós!
| Bonfá, Dado, mamãe e Nina, assistentes tietes :P |
*Acabo de saber que um jornalista do JC (Jornal do Commercio de Pernambuco) ficou sabendo da seleção (sabe-se lá como!) e que vai postar uma nota a respeito no JC de amanhã! :D
segunda-feira, abril 16, 2012
Dos tempos de chinelo molhado
Tá chegando a época de chuva e vento frio que remete à nostalgia de andar nas ruas com a minha eterna falta de agasalho. A época em que a cidade mais parece com São Paulo ou pelo menos se distancia do Rio de janeiro que deixa a gente com a cor do meio dia. E é nessa época que sinto uma saudade desproporcional às chuvas da estação. Saudade de qualquer coisa, inclusive das que nunca vivi ou as que ainda vou viver. É uma beleza triste. Ou uma tristeza bonita. Folhas amarelas estratégicamente jogadas embaixo das árvores, preenchidas por lágrimas do céu. Tempo de quase que somente pura poesia. O coração se desloca com a mesma lentidão que minhas mãos frias nesses dias de taças quebradas, beijos e vinhos. O nariz gelado, o jazz e as mãos no bolso do casaco.
Eu não sei direito como lidar com a transição do outono para o inverno. E também não sei como lidar com minhas emoções...
quinta-feira, abril 12, 2012
Uma carta pra Marina
| do Rio de Janeiro para Recife, 26 de março de 2012 |
Rumo ao amor e aos instantes que procedem.
Agora, um segundo a mais.
beijos, muitos.
terça-feira, abril 10, 2012
Pausa para um breve interregno
Após tantos dias postando sobre a viagem de Buenos Aires, lembrei que já fiz isso outras vezes e que é uma delícia. Faz parte do meu ofício de jornalista e faz parte da alimentação da minha alma, que vive transbordando de tantas idéias e palavras, histórias e dilemas. Acontece que o meu blog, o catando-vento, sempre foi voltado para a literatura e escrita livre, foi criado pela minha ânsia em colocar pra fora o turbilhão de poesia que passa por mim diariamente, da hora que acordo até o instante em que fecho os olhos, na cama.
Não sei se é sina, se é soma ou apenas rima. Mas aceitei essa condição de olhar para uma pedra e não enxergar apenas uma pedra e seguir adiante com ela, feliz da vida!
Então decidi que não vou mais misturar as bolas, acho bacana que um blog tenha um propósito, como o meu sempre teve, e não que seja uma salada de frutas e de temas, apesar de nós, seres humanos, sermos assim.
Vou deixar o catando-vento catar seu próprio rumo, como sempre foi. Ele sobrevive muito bem sozinho e praticamente não precisa de mim, apenas da minha mãozinha pra psicografar o que minha cabeça mirabolante e meu coração vagabundo saem inventando por aí de vez em sempre. Por aqui, quero dar vasão apenas para a minha poesia e para textos bacanas que não tenham relação com viagens (passeios em geral) e gastronomia.
Acontece que viagens e gastronomia são duas vertentes que latejam cada vez mais dentro de mim, são duas paixões que não tem como simplesmente varrer pra baixo do mouse pad. Nem eu quero isso! Acho que elas merecem destaque, e, justamente por isso e por se unirem com tamanha maestria é que decidi fazer um outro blog destinado para viagens, passeios e gastrô!
Ainda estou pensando sobre ele, quando tiver pronto, divulgo aqui!
E, já que estou falando em divulgar, aproveito o espaço e o fato de não ter mais facebook (a melhor coisa que fiz nas últimas três semanas - zero falta dele!) pra dar uma boa dica!
Comecei semana passada junto com o namorado a fazer aula de tango! Essa turma ia iniciar faz um tempo, acontece que a data acabou andando (por nossa sorte) e a primeira aula foi terça passada, uma delícia! Saímos de lá com o quinto passo e com aquela empolgação gostosa de que chegue logo a próxima aula. O tango toca com a emoção, o equilíbrio e a postura. Junção do corpo, alma e mente. Como é bom dançar e voltar para a dança! E como é bonito ver o Igor se iniciando nos passos e nesse universo tão novo pra ele. E já chegou levando uma carga de concentração, um tanto de matemática para decorar os passos e um porte de principe de surgir comentários pós aula de professores e alunos. Segundo o próprio: acho que encontrei a minha dança!
A turma é para iniciantes em tango na Academia de dança Alvaro Reys (é! Aquele mesmo que ganhou a dança dos famosos com a Cristiane Torloni! rs)
Onde? Rua Barata Ribeiro, 271, Copacabana.
Quando? terças e quintas às 21h
Quanto? R$120 por mês
Corre que ainda dá tempo de se inscrever!
segunda-feira, abril 09, 2012
Bons Ares - 24.03 y 25.03 - O início do fim!
24. 03 - Delta do Tigre
Hoje foi dia de conhecer o rio Tigre! Quase que fizemos a bobagem de ir em um dia de semana, por sorte, lemos algumas coisas antes e vimos que o Tigre funciona com mais brilho nos finais de semana, que é quando as atividades ficam abertas: feirinhas, restaurantes e parque!

Pra chegar até o Tigre você pode pegar um ônibus pra Retiro e de lá tomar um trem que vai direto. A outra opção ( e mais divertida), é pegar o ônibus até Retiro, de lá pegar o trem até a estação Mitre e de lá tomar o Trem de La Costa, que faz um roteiro turísco até chegar no destino final. Foi o que fizemos! Você paga 16 pesos e pode ir parando nas estações pra conhecer e a cada meia hora, pegar novamente o trem! Fizemos duas paradas, primeiro em Barrancas, onde nos deparamos com uma vista linda e vimos um jogo de hockey, depois em San Isidro, onde tinha uma feirinha legal. De lá, seguimos para o Delta do Tigre.
Ah, conhecemos uma argentina super gente boa que bateu papo com a gente o caminho ineiro! Falamos todo o espanhol que sabemos, e, principalmente, o que não sabemos
O Tigre é uma "cidadezinha" bem turística, com parques, restaurantes, feirinhas e vários stands te convidando pra passear de catamarã pelo rio. Assim que chegamos, nos deparamos com uma dessas ofertas, como não somos bobos, preferimos checar se a oferta estava dentro dos preços cobrados. E era claro que não, alí era pra pegar os turistas ansiosos! Logo fechamos um pacote com um passeio de catamarã com duração de mais ou menos uma hora que percorria os rios Tigre, Lujan, Carapachay, angostura,Espera, Sarmiento. O dia tava lindo! E o barco, cheio.
O passeio é bem tranquilo e vai nos mostrando aquele lugarejo tão lindo: casarões enormes, pousadinhas e pessoas fazendo churrasco em suas casas na beira do Tigre. Enquanto isso, a guia foi explicando sobre cada rio que passávamos, mas, de verdade, nos desligamos disso e fomos curtindo aquela paisagem que falava mais do que qualquer palavra.
Voltamos do passeio azuis de fome e fomos atrás de um restaurante pra comer e isso foi uma decepção! Não sei se pela hora - umas 15h - ou se por não ser um lugar preparado pra comer legal,acontece que não nos vimos atraídos por nenhum restaurante! Em todos eles só víamos servindo a Parrillada que é o típico churrasco porteño que inclue rim, intestino e etc.
Quando chegamos em Retiro, fomos andando até a Plaza de Mayo, mesmo com todo mundo dizendo que era meio distante. Gente, estamos passeando! Que graça tem ficar pegando ônibus o tempo inteiro? A gente queria mais era ver a rua e engrossar a canela mesmo!
Hoje era um dia muito especial para os Argentinos: 24 de março, dia da memória pela verdade e justiça. Segundo Ana (a mulher que conhecemos no trem), todo país precisa ter memória. E foi ela quem nos convidou para a passeata que ia acontecer na Plaza de Mayo, e, claro, lá fomos nós! A praça estava toda tomada por faixas e pessoas relembrando 76, para que nunca mais acontecesse nada igual. Entre gritos,fumaças e batuques, fomos tomados por uma energia boa. O dia caiu com um por do céu por entre os prédios e pessoas pintadas de vermelho!
Voltamos pra Palermo e escolhemos o jantar de despedida no Lo de Mi Hermano!
Pedimos uma provolleta de entrada e um Lomo com Pimenta negra. Voltamos pra casa com a missão de fechar a mala e terminar a Rosca Gelada!
25.03 - despedida
Às dez horas da manhã teríamos que liberar o apartamento para a limpeza, pois no outro dia cedo iriam receber novos hóspedes. Acontece que nosso vôo só era às 20h. Acordamos cedinho, organizamos os detalhes finais e fizemos o check out. Como Santiago - nosso porteiro - ficou nosso camarada, ele sugeriu que deixássemos as bagagens no Ap e só pegássemos quando fôssemos partir para o aeroporto! Feito! Saimos despreocupados, fomos na feirinha da Armenia (aquela que só acontece nos finais de semana) e nos deparamos com uma feira enorme judáica. Era comida que não acabava mais!!! Além da feirinha tradicional, tinham zilhões de barraquinhas com a gastronomia de lá, além de stands pra fazer maquiagem típica e etc.
Ah, encontrei com alguns feras na feirinha, tomei até um drink com o Wood!
Fui atrás da bolsa da mafalda que tinha visto na primeira vez que passamos nessa feirinha, lá no início da viagem, e a moça não tinha ido! Já estava na hora do almoço e escolhemos o restaurante do Guido (aquele da entrada maravilhosa), mesmo sem ser de carne, pra nos despedir de BsAs.
Chegamos lá e demos com a cara na porta. Ele tava fechado! Fiquei chateadinha, tava com água na boca só de lembrar daquelas delícias. Seguimos para o lado de casa e paramos em um restaurante que passávamos na frente todo santo dia. Ele estava sempre cheio, mas nunca paramos. Por falta de opção e de saco de ficar catando um lugar que tivesse aberto para almoço em um domingo, acabamos sentando lá mesmo. É isso mesmo! Lojas e restaurantes fechados às 13h de um domingo.
Pedimos uma empanada de entrada, uma massa e um corte de carne. A empanada de queijo e cebola tava muito boa, a carne tava dissolvendo na boca, mas a massa deu uma empanturrada! Saímos de lá e voltamos na feirinha - eu, com a maior esperança que a moça da bolsa tivesse chegado pra eu gastar o restante dos pesos - Que nada! Nem sombra dela!
Rodamos por alí e compramos o restante dos presentes: o kaleidoscópio olho de peixe (um pra gente e um para as crianças) e eu parei em uma barraquinha só com bijus em metal e pedra, de chorar de tão lindo! E foi lá mesmo que torrei o restante dos pesos: anéis, pulseiras pra mim e para as cunhadas, colares e etc. Alegria! O dia começou a cair e era hora de pegar as bagagens e partir para o aeroporto de Ezeiza. Chegamos umas 2 horas antes por conta do processo de imigração e também porque queríamos passar no duty free, ou melhor, na casa da alegria!
As meninas que se deram bem, tudo que eu via eu falava: eita, jôjô e Manu vão amar isso. Resultado? Voltamos com dois pacotes enormes de guloseimas para as meninas e para as crianças grandes!
Pegamos nosso vôo e chegamos no Rio de Janeiro no final do domingo com aquela sensação nostálgica de viagem delícia!
E que venham as próximas!
.:Em breve posto as fotos no picasa:.
.: as anotações para o blog foram feitas entre guardanapos e papel com as dicas de viagem. Pontuando as principais coisas do dia para fazer esse diário que vai se transformar em um diário não virtual, juntamente com as fotografias reveladas.
Presente para a posteridade! :.
Na ponta do lápis:
Trem para Mitri : 1,5
Trem de La Costa: 16
Passeio de catamarã: 40 por pessoa
Esqueci de anotar os valores das refeições!
| Mitre |
Hoje foi dia de conhecer o rio Tigre! Quase que fizemos a bobagem de ir em um dia de semana, por sorte, lemos algumas coisas antes e vimos que o Tigre funciona com mais brilho nos finais de semana, que é quando as atividades ficam abertas: feirinhas, restaurantes e parque!
Pra chegar até o Tigre você pode pegar um ônibus pra Retiro e de lá tomar um trem que vai direto. A outra opção ( e mais divertida), é pegar o ônibus até Retiro, de lá pegar o trem até a estação Mitre e de lá tomar o Trem de La Costa, que faz um roteiro turísco até chegar no destino final. Foi o que fizemos! Você paga 16 pesos e pode ir parando nas estações pra conhecer e a cada meia hora, pegar novamente o trem! Fizemos duas paradas, primeiro em Barrancas, onde nos deparamos com uma vista linda e vimos um jogo de hockey, depois em San Isidro, onde tinha uma feirinha legal. De lá, seguimos para o Delta do Tigre.
Ah, conhecemos uma argentina super gente boa que bateu papo com a gente o caminho ineiro! Falamos todo o espanhol que sabemos, e, principalmente, o que não sabemos
| Rio Tigre |
O Tigre é uma "cidadezinha" bem turística, com parques, restaurantes, feirinhas e vários stands te convidando pra passear de catamarã pelo rio. Assim que chegamos, nos deparamos com uma dessas ofertas, como não somos bobos, preferimos checar se a oferta estava dentro dos preços cobrados. E era claro que não, alí era pra pegar os turistas ansiosos! Logo fechamos um pacote com um passeio de catamarã com duração de mais ou menos uma hora que percorria os rios Tigre, Lujan, Carapachay, angostura,Espera, Sarmiento. O dia tava lindo! E o barco, cheio.
O passeio é bem tranquilo e vai nos mostrando aquele lugarejo tão lindo: casarões enormes, pousadinhas e pessoas fazendo churrasco em suas casas na beira do Tigre. Enquanto isso, a guia foi explicando sobre cada rio que passávamos, mas, de verdade, nos desligamos disso e fomos curtindo aquela paisagem que falava mais do que qualquer palavra.
Voltamos do passeio azuis de fome e fomos atrás de um restaurante pra comer e isso foi uma decepção! Não sei se pela hora - umas 15h - ou se por não ser um lugar preparado pra comer legal,acontece que não nos vimos atraídos por nenhum restaurante! Em todos eles só víamos servindo a Parrillada que é o típico churrasco porteño que inclue rim, intestino e etc.
Demos uma volta pela cidadezinha e encontramos uma padaria com umas media lunas cheirosíssimas. Compramos e demos mais uma volta na esperança de encontrar o tal restaurante. Sem sucesso. Voltamos na padaria e compramos mais várias e fomos comendo no caminho de volta para Retiro!
| Detalhe para o obelisco |
Quando chegamos em Retiro, fomos andando até a Plaza de Mayo, mesmo com todo mundo dizendo que era meio distante. Gente, estamos passeando! Que graça tem ficar pegando ônibus o tempo inteiro? A gente queria mais era ver a rua e engrossar a canela mesmo!
Hoje era um dia muito especial para os Argentinos: 24 de março, dia da memória pela verdade e justiça. Segundo Ana (a mulher que conhecemos no trem), todo país precisa ter memória. E foi ela quem nos convidou para a passeata que ia acontecer na Plaza de Mayo, e, claro, lá fomos nós! A praça estava toda tomada por faixas e pessoas relembrando 76, para que nunca mais acontecesse nada igual. Entre gritos,fumaças e batuques, fomos tomados por uma energia boa. O dia caiu com um por do céu por entre os prédios e pessoas pintadas de vermelho!
Voltamos pra Palermo e escolhemos o jantar de despedida no Lo de Mi Hermano!
Pedimos uma provolleta de entrada e um Lomo com Pimenta negra. Voltamos pra casa com a missão de fechar a mala e terminar a Rosca Gelada!
25.03 - despedida
Às dez horas da manhã teríamos que liberar o apartamento para a limpeza, pois no outro dia cedo iriam receber novos hóspedes. Acontece que nosso vôo só era às 20h. Acordamos cedinho, organizamos os detalhes finais e fizemos o check out. Como Santiago - nosso porteiro - ficou nosso camarada, ele sugeriu que deixássemos as bagagens no Ap e só pegássemos quando fôssemos partir para o aeroporto! Feito! Saimos despreocupados, fomos na feirinha da Armenia (aquela que só acontece nos finais de semana) e nos deparamos com uma feira enorme judáica. Era comida que não acabava mais!!! Além da feirinha tradicional, tinham zilhões de barraquinhas com a gastronomia de lá, além de stands pra fazer maquiagem típica e etc.
Ah, encontrei com alguns feras na feirinha, tomei até um drink com o Wood!
Fui atrás da bolsa da mafalda que tinha visto na primeira vez que passamos nessa feirinha, lá no início da viagem, e a moça não tinha ido! Já estava na hora do almoço e escolhemos o restaurante do Guido (aquele da entrada maravilhosa), mesmo sem ser de carne, pra nos despedir de BsAs.
Chegamos lá e demos com a cara na porta. Ele tava fechado! Fiquei chateadinha, tava com água na boca só de lembrar daquelas delícias. Seguimos para o lado de casa e paramos em um restaurante que passávamos na frente todo santo dia. Ele estava sempre cheio, mas nunca paramos. Por falta de opção e de saco de ficar catando um lugar que tivesse aberto para almoço em um domingo, acabamos sentando lá mesmo. É isso mesmo! Lojas e restaurantes fechados às 13h de um domingo.
Pedimos uma empanada de entrada, uma massa e um corte de carne. A empanada de queijo e cebola tava muito boa, a carne tava dissolvendo na boca, mas a massa deu uma empanturrada! Saímos de lá e voltamos na feirinha - eu, com a maior esperança que a moça da bolsa tivesse chegado pra eu gastar o restante dos pesos - Que nada! Nem sombra dela!
Rodamos por alí e compramos o restante dos presentes: o kaleidoscópio olho de peixe (um pra gente e um para as crianças) e eu parei em uma barraquinha só com bijus em metal e pedra, de chorar de tão lindo! E foi lá mesmo que torrei o restante dos pesos: anéis, pulseiras pra mim e para as cunhadas, colares e etc. Alegria! O dia começou a cair e era hora de pegar as bagagens e partir para o aeroporto de Ezeiza. Chegamos umas 2 horas antes por conta do processo de imigração e também porque queríamos passar no duty free, ou melhor, na casa da alegria!
As meninas que se deram bem, tudo que eu via eu falava: eita, jôjô e Manu vão amar isso. Resultado? Voltamos com dois pacotes enormes de guloseimas para as meninas e para as crianças grandes!
Pegamos nosso vôo e chegamos no Rio de Janeiro no final do domingo com aquela sensação nostálgica de viagem delícia!
E que venham as próximas!
.:Em breve posto as fotos no picasa:.
.: as anotações para o blog foram feitas entre guardanapos e papel com as dicas de viagem. Pontuando as principais coisas do dia para fazer esse diário que vai se transformar em um diário não virtual, juntamente com as fotografias reveladas.
Presente para a posteridade! :.
Na ponta do lápis:
Trem para Mitri : 1,5
Trem de La Costa: 16
Passeio de catamarã: 40 por pessoa
Esqueci de anotar os valores das refeições!
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