| Gangue quase completa e reunida |
Uma das coisas que mais tenho orgulho nessa vida é de ter sido nascida e criada em um lugar, que entre tantos outros no Brasil e no mundo, carrega um punhado maior que o das mãos de cultura. E quando falo isso, por mais difícil que pareça, deixo o bairrismo de lado. A questão é de fatos. Ou melhor: de conhecer. Quem é de Recife ou quem conhece a terrinha sabe bem do que estou falando. Vai além do passa na TV ou do que o guia turístico vai te mostrar por lá, caso não tenhas a sorte de ir em grupo e com conhecidos locais.
| autêntico cuzcuz |
Essa introdução de texto foi só pra dizer o quanto penei na semana passada, ou melhor, penamos: eu e os pernambucanos moradores do Rio e os cariocas que estavam tontos de nos ouvir falar... Não é possível que faltando 1 semaninha para o São João a cidade não oferecia uma progrmação bacana para a festividade. Parecia muito fora da nossa realidade, um sentimento de lástima mesmo. Como assim aqui no Rio de Janeiro não é comemorado São João de maneira decente? De opção, apenas a Feira de São Cristovão, infernal nessa data.
| as melhores dancinhas |
Em Recife, a festa só não é comparada ao carnaval, por ter apenas um dia oficial de folia: a noite do dia 23 de junho. Mas esse dia é tão esperado e tão bem programado, que é o mesmo que um carnaval, só que junino. As pessoas levam a sério. Fazem festas enormes, em clube, na roça, na rua, em casa, não importa.
Os interiores do Estado ficam cheios de turistas e nativos, cheios de gente animada atrás de um arrastapé. Não tem classe social, não tem idade, São João na minha terra é unanimidade.
É feriado, pra se ter uma ideia.
E as comidas? Passo mal! Milhões de bolos, mungunzá, milho assado, milho cozido, canjica (é outra coisa, diferete da que come no Rio), pamonha, queijo de coalho, pé de moleque (pé de moleque é um bolo de amendoim!) e zilhões de outros quitutes.
Sem contar com os fogos. Passar o São João sem um rojão ou um peido de véa não dá.
| isenta de descrição |
Pois é, a questão é que não tinha uma festa decente pra gente poder matar um pedacinho mínimo de saudade que fosse. Então o jeito foi fazer o nosso próprio arraiá. Só foi bater o martelo na decisão, que começaram as manifestações. Não ia ter fogueira e muito menos competição da fogueira mais alta. Não ia ter concurso de quadrilha e nem barraquinhas, mas teve muita comida típica, bandeirinhas, balões, sanfona, mini quadrilha, cachaça, vinho, cerveja e muita gente animada!
| o matuto mar lindo! |
Arraiá Salvador (esse foi o nome, por ter salvado nossa noite e por ter sido nas redondezas da São Salvador), ano que vem tem mais!
| Olha a chuuuuuva.. Passooouuu |







