Ou que meus olhos e os seus
Não são mais ateus
Repouso de mágoas
Espelhos d'água dormentes de dor
Eles se abrem
E fecham
E brecham
Escapam
Se acham
E fixam
Agora,
Se desmancham com candura
Teus olhos nos meus
Meus olhos e os teus
Se desenham sem caneta
Sem papel
Sem rascunho
Sem nada
Desembestados
Com vida própria
Esperando pela hora de chegar
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