Esse silêncio
enorme que nunca doeu tanto é a prova disso. Uma calmaria sem tamanho.
Uma maré rasa de olhares que não se lembram. Te amar era de longe uma
das coisas mais fáceis que já me aconteceu na vida. a alegria de um
encontro na rua como se não conhecesse o outro, se
escondendo, se encontrando, se percebendo, correndo, sorrindo e dando o
pulo mortal de peito com peito. O sabor do abraço apertado e do beijo no meio da rua pra esquecer do trânsito caótico do dia.
Tinha cheiro de jasmim e de dama da noite. Tinha a leveza de uma volta pra casa pendurada na tua carcunda e a
impressão de que a rua era toda nossa, com seu cheiro de pão na
chapa e casa da gente.
Te amar era como conhecer a mim mesma: era mistério e ousadia mas não doia. Te amar era uma espécie de presente, o maior
presente do mundo, um presente que nunca mudava mesmo que já
estivéssemos em janeiro ou abril. Te amar era te contar mil vezes isso
por gestos. por poucas palavras. por letras, várias. Te amar era te
mostrar tudo e nada por lágrimas.
Daquilo que não tem nome. Daquilo que
não se explica: você foi e vai continuar sendo pra mim a coisa mais
bonita e rica. Feliz ano novo pra você, dessa vez sem chuvas!
2 comentários:
de chorar... lindo, lindo.
das coisas que ficam
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