segunda-feira, março 12, 2012

'Doce, que seja doce que seja doce que seja doce...'

Adoro um doce! Poderia arriscar que sou especialista. Mais que isso, se eu tivesse estudado química, decerto trabalharia com a química dos alimentos - doces, claro! E com a degustação e formação do mesmo. Mas de química eu não entendo nada, nunca entendi. A tabela periódica e seus comparsas sempre foram o terror da babilônia pra mim e pra meu ensino médio. Mas dos doces entendo cada gostinho e combinação: Quem emplaca, quem sai de linha, quem deixa saudades e quem não precisava existir, não fosse o sistema capitalisma e de rotatividade em que vivemos e somos condicionados! "O novo é preciso"! Não é a tôa que as marcas, com o passar dos anos, vão mudando de cor, tipografia, e, algumas vezes, até de nome. Mas aí já é papo pra conversa de identidade das coisas. 

O chocolate Lolo se transformou em milkbar. O chocolate surpresa e suas cartas de dinossauro juntamente com o chocolate da Turma da Mônica existiram tempo suficiente para deixarem saudades. O mesmo pode-se falar das balas soft, do pirulito dipn link e do língua azul. Lembro como hoje aquele gostinho azul de língua estirada. Não posso esquecer dos chicletes: do azedinho, do mini chicletes no saquinho do bocão e chicletes em caixa grande e colorida.




Desde essa época eu já olhava pra cada um e determinava o valor que teriam. Para os orfãos dos chicletes estintos, as empresas doceiras procuraram tampar o buraco com uma nova versão de azedinho, mantiveram as caixinhas pequenas do Chicletes e ontem soube por uma fonte segura: por uma criança, óbvio, que o mini chicletes do saquinho ainda existe, com bocão e tudo. Como boa conhecedora de doces que sou, expliquei que é uma reinvenção, o original ficou pra trás junto com os meus sete anos. 

Xaxá saiu de linha e o sete belo bombou. Dia desses reencontrei, como quem não quer nada, com o xaxá e senti uma alegria incomensurável. Comprei um (vários) de cada sabor: morango, banana,framboesa e abacaxi e dei prioridade em comer primeiro o de banana, que era meu preferido. O gosto não mudou e com certeza meu sorriso também não. O sabor maçã verde ficou fora dessa nova versão modernizada (uma pena), mas mantiveram o desenho do gatinho na embalagem que abria de um lado só, girando. 

Ah, vale salientar que o freshen up azul saiu de linha me deixando orfã e que o trindent não carecia de fazer essa nova versão recheada. Acredito que banzé teve uma vida útil suficiente pra tentar tampar o buraco do xáxá e que a nova versão da bala de canela não se compara com a antiga, onde a cobertura era vermelha bem escura e a parte de dentro cor de caramelo, e se raspasse com o dente saía um pózinho divino. Ardia bastante! E não essa bala uniforme e rosa. Gostosa, porém, sem o mínimo de charme. A bala de mel com embalagem amarela e vermelha também não adoça a minha vida desde a ápoca em que meu avô trazia várias do Crato. 




Não me agrada a estinção das balas clássicas e o processo de rotatividade, pois poucas foram as boas novidades, mas elas existem: Morro de medo que o concorrente do Tic Tac, o Certs de menta, simplesmente suma do mapa, ou melhor, das prateleiras. Por vezes penso em comprar várias caixas, só pra garantir. O novo Chiclets de caixinha com embalagem preta e o outro com embalagem branca também muito me agradam, mas ambos me remetem a antigos gostos: um tem gosto daquela areiazinha doce que explodia na boca e o outro tem gosto de um chiclete bem caro em forma de pasta de dente que eu só comia dos outros. Era shopping demais pra minha realidade campestre, onde eu mesma confeccionava meus chicletes com o leite do saputí e açúcar. Por sinal, ficava péssimo.

Enquanto escrevo, minha cabeça segue distante, relembrando cores e instantes salivantes. Sempre foi tudo muito doce. Meus triglicerídios que não curtem tanto, e, segundo meu namorado, só não fica no meu pé porque se tem uma coisa que não tenho tendência, é em engordar. Faço parte da minoria das mulheres que a palavra ou pensamento "gordinha" não faz parte da minha vida, mesmo porque isso não acontece, permaneço com meus 50 quilos distribuidos em 1,60m faz alguns anos. Que bom! 

É óbvio que isso não é a tôa. Seria esquisito uma pessoa se manter dessa maneira e saudável com tantos doces, apenas por ter um metabolismo mega acelerado. A verdade é que acho que já nasci chupando uma laranja e comendo uma salada. A minha alimentação sempre foi mega regrada e posso lembrar do dia em que tomei o primeiro refrigerante, de tão grandinha que já era. A alimentação sempre foi muito rigorosa, bem como toda a educação: militar. Literalmente militar. Doce não entrava em casa, salvo em festinhas de aniversário. Biscoito recheado? nem pensar. No máximo maizena ou maria e tudo isso atrelado a uma vida inteira de atletismo. Com certeza preciso agradecer a isso, caso contrário, eu tava ferrada a partir do instante em que fui apresentada ao primeiro chiclete, possivelmente o bubaloo de banana.

Por motivo de promessa, precisarei ficar 1 mês afastada dessas delícias. Estou no sétimo dia e acredito que me saindo bem. Nunca passei tanto tempo sem enrolar uma bala halls em um chiclete e depois estraçalhar o combinado.

No dia 6 de abril, volto a fazer as pazes com os doces, e, de preferência, de maneira mais equilibrada, como estou procurando fazer com tudo na vida!

E... Que seja doce!

Um comentário:

Anônimo disse...

eu quero pirulito dipn link!!!!!!!!!!