terça-feira, março 27, 2012

Bons Ares - 17.03 - Palermando








O dia começou com café da manhã tomado em uma fiambreria perto de casa. Passamos na frente e Igor viu na vitrine um baguette lindo e quis. Compramos dois e comemos com suco de laranja, bom demais! Depois fomos passear pelo nosso bairro, afinal, chegamos a noite e no outro dia já partimos para o Centro. O dia foi destinado a Palermo. O bairro é dividido em Palermo Viejo, Palermo Soho e Palermo Hollyood. Caminhamos pela Armenia e fomos sentindo a rotina do lugar, tudo muito vivo! 







Passamos em frente a uma sorveteria que me chamou atenção, chamada Tufic e eu, como boa devoradora de sorvetes que sou, pedi pra fazer um pit stop e provei o de dulce de leche de lá. Muito bom! Ela é única, não existe outras pela cidade como a Freddo que tem, estratégicamente, em todos os pontos turísticos. Confesso que essa sorveteria virou meu chodozinho e sempre que passávamos na frente, eu tomava um! Mas indico pedir outro sabor além do de doce de leite, mesmo no pote pequeno (que foi o meu caso), pra não enjoar. Igor tomou o de Sabayon especial e menta, hmmmm. 





Seguimos com o passeio e demos de cara com a pracinha da Armenia e uma feirinha que percorria toda ela. Essa feirinha acontece todos os finais de semana a partir da sexta. Namorei uma bolsa da Mafalda e uma carteira, mas acabei deixando pra comprar em outro lugar, pois sabia que no domingo teria a feirinha de San Telmo. Tinha um caleidoscópio lindo também, com uma lente olho de peixe que dava um efeito genial. Mas também não compramos. 





Continuamos pela Armenia e chegamos na Costa Rica, uma das ruas que cortam a Armenia. Lá é cheio de restaurantes. Andando mais um pouco, demos na Plaza Serrano. Lá é um ponto chave do bairro. Famoso pelos vários bares descolados que rodeiam a praça e a feirinha nos finais de semana. Demos uma volta por lá, olhamos umas lojas, passamos por uns bares, sentimos a brisa e o clima portenho. Voltamos cruzando as ruas pra poder conhecer as "calles" de Palermo. 













Fomos zigzagueando até chegar nos "Bosques de Palermo". Passamos pelo primeiro bosque, cheio de árvores, laguinho com patinhos e pessoas andando de bicicleta, fazendo piquinique, namorando. Lembra o clima delícia do aterro. Fomos no Rosedal e tivemos uma sorte danada, pegamos todas as rosas abertas e lindas. Vermelhas, rosas e brancas. Em determinadas épocas do ano, de rosedal só sobra o nome. Ficamos um tempo por lá e depois tentamos ir no Jardim Japonês, ao lado (faz parte do "bosques de Palermo"), mas ele já estava fechado. Tudo bem, teríamos muitos e muitos dias pra ir lá, e é do lado de casa. 










A fome começou a apertar e a vontade de comer aqueeeela parrilha também! Fomos no restaurante Miranda, também em Palermo e nos esbaldamos. Deus, que coisa deliciosa! A carne derretia na boca, eu quase choro. Pedimos um Lomo e um Colita de Quadril (maminha) e dividimos, juntamente com a guarnição: batata na brasa (tipo cozida, só que feita na brasa) com creme de cebola. Tava tudo divino, de comer rezando. Na saída do restaurante, um moço tocando beatles no saxofone enquanto uma brisa fria percorria a cidade. Delícia de noite!





Na volta pra casa, já tarde, paramos na Tufic novamente e tomamos um de chocolate com mousse de maracujá (demais!!). A sorveteria fica aberta até 3am e o mais engraçado é que ela tava bombando!

Ah, uma coisa que vale ressaltar nesses relatos de viagem: Nos demos o prazer de desfrutar de tudo o que fazíamos com calma. Não ficávamos na correria pra conhecer as coisas, pra mudar de um lugar para o outro ou andar rápido. E isso foi a coisa mais gostosa da viagem: viver e curtir a rotina do lugar. Ir na padaria, tomar cerveja em casa, relaxar bastante e não precisar acordar cedo, já que Buenos Aires em sí só desperta tarde da manhã e segue seu ritmo até muito tarde da noite. E fizemos questão de nos locomover com nossos próprios pés, mesmo que fosse uma distância mais longa. BsAs é uma cidade construída pra caminhar. Quando precisávamos tomar uma condução, optávamos por ônibus, pra olhar a vista pela janela, em ultimo caso usávamos o metrô. Taxi? Apenas na ida e na volta para o Aeroporto, por uma questão logística! Mas no restante dos dias não entramos em nenhum, afinal, estávamos em um apartamento localizado onde toda a noite acontecia e que é deliciosa pra se locomover com os próprios pés! Palermo é o que há!

Chegamos em casa e tomamos a Quilmes litrão. Delícia saber que tá pagando R$3,00 em uma cerveja importada de 1 litro!

Aaaah, Buenos Aires!


Na ponta do lápis:


café na padaria: sanduiches + suco - 27
Sorvete (cada um) - 16

Bosques de Palermo: Rosedal é grátis!
Jantar no Miranda para dois - 230 (eles não cobram cobierto, apesar de ser uma tradição de lá! Em todos os restaurantes eles cobram uma média entr 10 e 15 pesos por pessoa de entrada!)

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