segunda-feira, abril 02, 2012

Bons Ares - 21.03 - Puerto Madero

Logo cedo fomos ao Centro resolver umas questões burocráticas do apartamento: havíamos acertado apenas sete dias e queríamos alongar a estadia por mais 3. A burocracia, na verdade, foi zero. Pagamos o proporcional a cada dia (sem custo extra) e fomos super bem atendidos pela moça da BYT. O esquema é organizado, eu indico! Além de ser uma maneira prática e segura de ficar hospedado em BsAs, o valor compensa, além do conforto: O ap vem todo equipado com toalhas de banho, lençois, secador, ferro de passar roupa, cofre e até sabonete!  Aproveitamos que já estávamos no Centro e fomos trocar uns dólares, dessa vez no Banco Piano, pois já havia passado das 15h. O Banco de La Nacion funciona até às 15h e o Piano até às 16h. Mais uma vez: papel da imigração em mãos!

Depois de tudo resolvido, partimos pra Puerto Madero a pé, fica pertinho do Centro! A idéia era ver o pôr-do-sol por lá, conhecer o local e depois jantar no El Mirasol ou no Cabana Las lilás. Estávamos com os dois na manga. Todos os livros turísticos indicam o Siga La Vaca, mas quando você procura saber direitinho, só escuta crítica. 







Chegamos lá, e, confirmamos o que mais se ouve: Puerto Madero é o oposto do restante de Buenos Aires. Enquanto que a cidade inteira é colorida com tons pastéis que oscilam entre o bege, o rosa e o cinza, Puerto Madero é uma grande metrópole, super moderna e espelhada! Arranha Céus enormes e muitas empresas grandes alojadas por lá. De cara, já avistamos a Ponte de la Mujer, onde o arco branco que passa por cima do canal simboliza o sexo feminino e as astes, o sexo masculino. Ao fundo, vemos os mais variados designs de prédios, um mais cheio de vidros do que o outro! Apesar de ser diferente do estilo antigo de Buenos Aires, é bem bonito.



É na beira desse canal que ficam os restaurantes chiques, na rua Alicia Moreau del Justos. E são muitas as opções, de perder de vista! 

Quando estávamos atravessando a ponte, umas meninas se aproximaram com a câmera delas e tentaram se comunicar. Entendi que era pra tirar uma foto delas. Quando peguei a câmera ela perguntou se podiam tirar uma foto com a gente. O mais engraçado foi a cara de envergonhada, e, ao mesmo tempo, de empolgação que elas ficaram ao tirar essa foto! Depois que saímos ficamos achando que elas confundiram a gente com algum famoso! Vai saber! Passei uma semana inteira ouvindo que pareço a atriz de O Artista. rs


Andamos por Puerto Madero e passamos por um campo onde pessoas andavam de skate e etc. Buenos Aires se assemelha muito com o Rio no que diz respeito a prática de esportes: o tempo inteiro, não importa a hora ou dia da semana! 


O dia começou a cair, trazendo com ele um tom roseado no céu. Afora a poesia, trouxe também um punhado de fome! Atravessamos de volta e caminhamos por toda a Calle Alicia M. Del Justos atrás do nosso restaurante! Primeiro passamos pelo Cabana Las Lilás, mas achamos meio esquisitinho. Seguimos pela rua e lá no final tinha o El Mirasol, bem mais convidativo. E foi lá que ficamos!


provolleta










De entrada pedimos a primeira Provolleta da viagem. Se soubesse que era tão gostosa, teria começado a pedir antes, mas tudo bem, teve tempo pra isso! Provolleta nada mais é do que o queijo provolone na chapa com orégano e azeite. Mas parece que eles fazem de um jeito que fica uma coisa! Como pedimos uma entrada, perguntei ao garçon se o cobierto poderia ser descartado e ele explicou que até poderia, mas seria cobrado do mesmo modo, pois é uma tradição dos restaurantes portenhos. Todos eles cobram o cobierto. Foi bom esclarecer essa questão, pois até então não sabíamos se era obrigatório ou não, pois sempre comemos e então sempre pagamos sem questionar. Acho que já falei, mas o cobierto varia entre 8 e 15 pesos por pessoa.







Pedimos um Ojo de Bife e uma Colita de Lomo. Tava muito, muito, muito bom! Tanto que precisei perguntar para o garçon qual era o segredo para a carne argentina ser tão absurdamente macia e saborosa. Ele então explicou o óbvio: A Argentina, como vimos lá de cima do avião, é um lugar rasteiro, diferente do Brasil que tem muitas montanhas. Desse modo, os pastos são retos, e, consequentemente, os animais se exercitam menos e possuem uma carne macia! Tá explicado! Quando cogitei pedir uma picanha, ele retrucou: "você viaja quilometros e quilometros pra comer picanha que tem no seu país???" Então tá,né? 






Usufruimos daquele jantar delicioso com vista para o canal todo iluminado, mais brega romantico impossível! Depois aproveitamos as luzes da cidade para tirar umas fotografias noturnas! Tomamos um café em uma cafeteria que não lembro o nome e seguimos para Palermo, na expectativa de pegar o Supermercado Disco aberto. Ah, é! O namorado compartilha da mesma paixão por supermercados, ainda mais os elaborados. Podemos passar horas passeando pelas prateleiras atrás de uma cerveja ou um tempero diferente, e foi exatamente isso que fizemos! A questão é que ao invés de "uma cerveja diferente", nos empolgamos e compramos bem umas dez cervejas diferentes de várias regiões do mundo pra experimentar! 


detalhe para o mini chandon rose!




Também pudera, enquanto que no Brasil pagamos uma média de 11 até muitos reais em uma cerveja importada, lá encontramos várias (que sequer conhecíamos) por uma variação que ia de 7 a 11 pesos. Essa valor convertido pra real sequer paga a Antartica Original do boteco da esquina de copacabana! Fizemos a farra mesmo! Aliás, não só com cerveja: aproveitei e dei uma de fina, comprando chandon mais barato que Salton. Tá bom, né?


Na ponta do lápis:
Jantar no El Mirasol - 340
Cafezinho - 10
Festa no supermercado - 200



sexta-feira, março 30, 2012

Bons Ares - 20.03 - Recoleta

da janela preguiçosa do quarto - namorinho!


O dia amanheceu cheio de uma preguiça que nos fez levantar da cama às 11h. Parecia que tinham umas dez mãos puxando a gente naquela Super King. Depois de muito lengar, não teve jeito: Rua! 

eu, super empolgada pulando as poças! uhuuuu!
E lá fomos nós, embaixo de chuva (e das marquises) e sem guarda-chuva. Pra dar aquela animada, fomos tomar o café da manhã no Bar 6. Super recomendado! Ele fica na própria Armenia, umas quatro quadras depois da nossa casa. 


Entramos no Bar 6 e de cara me agradei!  A luz baixa, o cheirinho de café e os sofás ao redor da mesinha baixinha de madeira prontos pra nos aquecer após o banho de chuva. Não perdemos tempo e nos jogamos nele! Tinham algumas opções de Desayuno, dentre eles o americano que vinha bacon, ovo e toda essa gordura que americano adora. Ficamos com o desayuno portenho mesmo: torradas, media lunas, geléias, cream cheese, sanduiche de jamon y queso, suco de laranja natural e café com leite! Mas a verdade é que o café da manhã de lá não se compara com o nosso, cheio de coisas, não importa a pousadinha que fique!


Quando terminamos, a chuva já havia dado uma trégua e partimos pra Recoleta! Primeiro fomos ao Cemitério onde foram enterradas as principais figuras de Buenos Aires, dentre elas, Eva Peron! Parece um pouco tosco, mas é um passeio que vale a pena, tanto que tá entre os pontos turísticos e só o que tinha eram pessoas com a câmera pendurada no pescoço. A arquitetura é belíssima! As tumbas ficam a mostra e o cemitério parece uma cidadezinha, cheia de ruas com igrejas e casinhas!




Ah, os gatos marcam presença! Em toda esquina tem um ou dois. Conta a lenda que os familiares levavam gatos para tomarem conta das tumbas! Rodamos por lá, vimos a tumba da família Duarte (da Eva Peron), de guerrilheiros e de chefes de Estado. 


Exercitando!

Think about

Passeamos por umas praças lindas que tem em Recoleta a caminho do Museu Nacional de Belas Artes, um dos lugares mais incríveis visitados na viagem! Uma infinidade de obras primas, tais como Monet, Picasso e Van Gogh. E o melhor: gratuito! Não tem fotos pra registrar esse momento, porque não é permitido fotografar. Mas tá tudo guardadinho na retina!

Saímos do Museu e fomos em busca da Flor de aço,  monumento famoso e que estampa vários cartões postais de lá. Seguimos o mapa, e, achando que ainda estávamos distante, nos deparamos com aquela monstruosidade! Ela era muito maior do que esperávamos! E linda!!! 


Fica dentro de um lago que fica transbordando. Beleza pura. Essa flor fica aberta durante o dia e se fecha a noite. Quando chegamos não tinha ninguém. Um gramado enorme e limpo e ela ao fundo. 

:D

Depois chegou um grupo de turistas e saímos em busca de mais belezas. Coisa bonita é o que não falta no bairro da Recoleta. Quando saímos da área da flor, passamos em frente a faculdade de direito, mega imponente e seguimos para o Palácio de vidro, onde vimos a exposição que estava lá, também gratuita! Ah, lá era permitido fotografar!

Faculdade de Direito de BsAs

palais de glace

Depois de tanto passeio, a fome apertou e já tínhamos escolhido o restaurante que iríamos comer: O José Luis. Cozinha espanhola! Mas, ao chegar lá, o restaurante ainda estava fechado e só abriria as 20h. Ah, vale falar que os restaurantes abrem tarde pra jantar, a maioria abre por volta das 21h.  O "jeito" foi fazer hora no Aroma. Espaço mega aconchegante que vende doces, tortas, cafés e sorvete da freddo. Eu tomei um de chocolate e doce de leite e Igor tomou um de chocolate amargo e creme irlandês. Aproveitei e comprei um vidro de doce de leite pra trazer na bagagem! O mais impressionante é que o pote de doce de leite é mais barato que o sorvete tamanho pequeno. Vai entender!


mas é gato, viu? : )

Demos um rolé pela praça da Recoleta e o céu tava deslumbrante! Tiramos algumas fotos por lá e passamos na igreja da praça,onde estava para começar uma missa! Saímos de lá fomos para o José Luis!

Igor na nossa mesa, no lado direito

A Espera valeu a pena demais. O lugar é lindo! Tem um jardim incrível do lado de fora, e, claro, foi onde ficamos. Clima super romantico e agradável. 

eu tomando nota aqui para o blog!


Comemos o cobierto e pedimos uma Paella de frutos do mar. Quando o prato chegou, fomos para a parte de dentro do restaurante, pois o frio deu uma apertada e o prato iria esfriar! Ahhh! Quase que me esqueço!!! Decerto a dona do estabelecimento quis nos agradar e colocou música brasileira pra tocar, e, adivinhem só? Pêpê e nenem, Leandro e leonardo, e, pra fechar com chave de ouro: KLB. A sorte é que a comida tava uma delícia! 


De bucho cheio, partimos pra Palermo e passamos no único mercadinho que tava aberto para nos equipar com vinho e cerveja. Resultado? Bebemos tudo que tinha na geladeira, conversamos sobre coisas que nem existem e fomos dormir bêbados e felizes!



Na ponta do Lápis :

Desayuno: 30 por pessoa
Cemitério: grátis
Museu de Belas Artes: Grátis
Palais de Glace: Grátis
Sorvete da freddo: 20 cada
Doce de leite da freddo: 19
Jantar no José Luis: 315
Vinho no mercadinho: 18

quinta-feira, março 29, 2012

Bons Ares - 19.03 - Palermando parte II




Por mim, poderia ter Palermado o tempo inteiro. Ô lugarzinho gostoso pra passear, namorar, comer  ou simplesmente, caminhar. Então usamos a desculpa de ainda não ter conhecido todos os pontos turísticos do bairro, pra ficar nele durante o dia inteiro! 


Primeiro fomos no Jardim Japonês, pra não correr o risco de pegá-lo, novamente, fechado no final da tarde. O dia tava lindo! Pagamos o ticket e em seguida percebemos que o troco tava errado! Voltamos na portaria e a moça deu o restante. Essa foi a única vez que aconteceu com a gente, mas é bom ficar ligado!


Pra começar, comprei logo um picolé pra refrescar, sabor Batida de Piña, da Arcor. MUITO BOM! Depois seguimos pelo jardim. É bem bonito, cheio de bonsais, pontes, peixes no laguinho,monumentos e muito verde. Nos esbarramos com os conterrâneos o tempo inteiro. Todo mundo falando portunhol e depois percebendo que era tudo farinha do mesmo saco! O Jardim é relativamente pequeno, passamos menos de uma hora por lá e seguimos para o Museu Malba. 






Ele é bem bonito, voltado para obras da America Latina. Vimos alguns até do Rio e da Paraiba! Ele é todo tomado por uma arquitetura moderna que foge ao estilo imaginário de museu! Muito vidro e muito branco, bem clean. Vimos as exposições que estavam por lá,e, dentre elas, um quadro todo pintado de preto. SÓ. Daí escuto do Igor: "Uma coisa é um ovo quebrado, uma merda no prato... Outra coisa é um quadro todo pintado de preto." Ai já é demais, né, namorado? Passamos horas rindo disso. Mas, além do quadro preto, tinham outras coisas legais. Nada diferentão, mas bonito de olhar. 


Ao percorrer todo o MALBA, percebi que não esbarrei com as obras da Tarsila do Amaral e foi quando soube que as principais obras estavam emprestadas para o museu de Huston. Uma pena! De tudo, o que mais curti foi esse banco:

essa raíz de madeira faz uma trepadeira pelos andares!

Saimos do Malba famintos e fomos comer no Restaurante do Guido (Italiano). Tínhamos visto ele no guia de viagens da América Latina que meu namorado comprou e nos chamou atenção o fato de ser um menu fixo, o Menu Degustação, onde você paga um tanto e tem direito a entrada, prato principal, bebida e sobremesa, sem saber do que se trata. Tipo um menu surpresa onde o livro fazia questão de dizer que, apesar de você não escolher o prato, não tinha risco de sair de lá sem comer muito bem! 



Como estávamos próximo a ele, resolvemos arriscar. E que bom! Nossa mãe, chegamos lá com a luz do dia e saimos já escuro. A degustação não tinha fim! 

Primeiro chegaram as duas gasosas (isso eles deixam escolher, pedimos 7up!) e depois veio a entrada, por sinal, o melhor da casa. Comemos sem pena, tanto que o pão acabou e eu comecei a colocar as coisinhas em cima da pizza, até que o garçon trouxe mais pão. Foi a entrada mais feliz de nossas vidas, tenho certeza. Tava divino, limpamos os 5 pires e não acreditamos que ainda tinha o prato principal!

água na boca só de lembrar!

Em sentido horário: uma espécie de canjiquinha temperada, beringela com pimentão, pepino com molho de mostarda, duas fatias de pizza deliciosas e champignon com palmito, kani e lula. Todos bastante temperados, delícia!!!

Quando pensamos que o prato principal estava a caminho, tivemos uma surpresa! Entrada parte II! Duas tortas, uma de queijo com batata e a outra de verduras. Ambas deliciosas!



Quando terminamos as entradas, já estava praticamente satisfeita, mas como sou maga de ruim e o namorado também, mandamos ver nas duas massas que o chef preparou pra gente. Ele optou por fazer uma pasta branca e a outra vermelha, de modo que pudéssemos compartilhar e conhecer um pouco de cada tempero da casa, boa pedida! Um funghi e o outro de tomate com rúcula e manjericão. 




Agora era a vez da sobremesa! E aceitamos só por uma questão brasileira de que "se paguei, vou comer tudo o que tenho direito". Mas já estávamos no limite e comemos um pouquinho de cada coisa, mesmo porque, a sobremesa estava mais bonita do que saborosa! O cafézinho que era a última coisa do menú degustação, deixamos para a próxima. O Igor preferiu tomar em uma cafeteria, mais tarde!


Saímos de lá felizes da vida e fomos até a Santa Fé, atrás de uma loja que vende all star cano alto por 70 reais. Bom, a verdade é que até agora não descobrimos onde ela fica e eu acho que isso foi viagem de uma colega, que indicou, pois em todas as lojas que passamos, o all star tava na faixa de 340 pesos, mais caro que no Brasil!

O tempo deu uma virada e começou a esfriar, mas continuamos o passeio. Ao chegar na Av Santa fé,já sem fé em achar o sapato, começou a chover, e, em seguida, começou a chover granizo! Mas não era granizo do tamanho de uma bolinha de gude não! Meu namorado quase foi atingido por um granizo maior que essa torta da foto acima! Entramos no Shopping Alto Palermo e ficamos impressionados olhando aquele festival de gelo voador em cima dos carros, dos guarda-chuvas e do asfalto.  Aproveitamos que já estávamos por lá e demos uma volta até que a chuva passasse.


Andamos até em casa e abrimos uma Quilmes litrão e uma batata Lays. Pronto, foi a diversão da noite e serviu pra puxar aquele soninho profundo!

Na ponta do lápis:

Jardim Japonês - 16 por pessoa
Malba - 50 por pessoa
Menu degustação do Guido - 120 por pessoa
Chuva de granizo - não tem preço!



quarta-feira, março 28, 2012

Bons Ares - 18.03 - Dia de feirinha!!!





Domingo é dia de feirinha em qualquer lugar do mundo, inclusive, em Buenos Aires. E eu piro em uma feirinha, adoro! Acordamos mais cedo que nos outros dias e partimos pro bairro de San Telmo, onde acontece a feirinha de antiguidades nos finais de semana. Pegamos um ônibus que nos deixou próximo ao fuzuê. Chegamos lá e já demos de cara com uma animação que me fez sentir na feirinha do Lavradio, do Rio de Janeiro (que por sinal eu amo!). 




Artistas de rua, pessoas tomando cerveja nos botecos, gente feliz, sol esquentando o quengo e muita, muita barraquinha com mimos portenhos e outras tantas com artigos antigos. E é esse o foco da feirinha de San Telmo: antiguidade! Muita! Selos, tampinhas, garrafas, vinis, cristais, louças e tudo que se possa imaginar nesse âmbito! Me senti transportada para a casa dos meus sogros, mesmo estando a quilômetros de distância. Em quase todas as barraquinhas eu falava: Eita, essa é a loja da Soninha! Lá na casa deles é assim... Um parque de diversões para diretores de arte de cinema. Mas isso eu conto em um outro post.


Como ainda não havíamos tomado o desayuno, acabamos comendo as delicinhas que apareciam no meio da rua: Empanadas bolivianas!!! A massa lembra a de risole e o recheio parecia o recheio do taco. Não era uma delícia, mas era bom! Seguimos primeiro pela lateral da praça, onde tinham as barraquinhas com presentinhos e coisinhas de feirinha normal, sem ser antiguidade: blusas, bijus, imãs e enfeitinhos. Mas eu achei meio fraquinho, nada além, ainda mais pra quem é acostumado com a feirinha de Ipanema e a do Lavradio. Mas me apaixonei por um conjuntinho de Chef de cozinha da Mafalda, com avental e chapéu e comprei. Liiiindo!





Continuamos a rodar pela praça e vimos uma bandinha tocando ao vivo e a gringalhada ao redor fotografando, batendo palma e colocando umas moedas no chapéu, clássico,né? Olhamos o restante da feirinha, os vários artigos antigos e eu sempre na maior tensão pra não quebrar nada! Tinha um vinil do piazzolla lindo. Tinham uns telefones coloridos e muita prataria e cristais. Ao terminar a feira, me senti meio vazia! Eu tinha apostado todas as minhas fichas nessa feirinha, jurando que ia torrar grande parte dos pesos por lá e voltar cheia de muamba, mas não foi o que aconteceu. 


Av. Del Libertador




Como ainda tava cedo, pegamos nossa lista de dicas de viagem e vimos que nos finais de semana também acontece a feirinha da Recoleta. Não titubiamos e nos mandamos pra lá. Pegamos um ônibus que nos deixou na Av Del Libertador, outra artéria gigante de Buenos Aires, e, de longe, já vimos a movimentação no local. Um gramado gigantesco cheio de pessoas e rodeado por barraquinhas. Nossa! Era aquilo que eu tava querendo!!! E fizemos a festa. Compramos vários mimos pra casa (quadrinhos, imãs, enfeitinhos, etc), comprei algumas roupas pra mim, bijus lindas e  maioria dos presentes também levamos de lá! 


Batuque! Todos lindos! Igor comprou um





A pracinha tava cheia de gente, cheia de cultura, apresentações nos gramados com bandinhas locais, rodas de capoeira, barraquinhas de lanche, uma farra só! Passamos o restante do dia por lá, e, já de noite, jantamos no "Café Victória". Como estávamos empanturrados de tanta carne, optamos por um prato mais leve. Eu fui no fetuccine a bolonhesa e o Igor pediu risoto de salmão. Pra variar veio aquela entrada cheia de pães, torradas e pastas. 






O local era super agradável e curioso: olhamos ao nosso redor e observamos que éramos os unicos com idade menor que 60 anos!!!


De lá, passamos em uma sorveteria chamada "Volta" que também tem em outros bairros de BsAs. Achei o sorvete mais fraquinho em comparação com a Tufic e a Freddo. Mas é sorvete, né? Tá valendo!


Os docinhos do Volta. Hmmm




Voltamos pra casa de ônibus e tomamos a cerveja da Patagônia acompanhada do salame e queijo artesanal que comprei na feirinha da Recoleta. Ê beleza!


A cerveja da Patagônia é um pouco aguada




Na ponta do lápis:
ônibus pra San Telmo para os dois: 2,50 
Queijo e Salame artesanal: 20 cada
Almojanta no Café Victória: 180
Sorvete pequeno Volta: 14


Preço de alguns dos mimos comprados:


Calça peruana (duas) - 150
Pulseira do norte da argentina (duas) - 40
Colar do norte da argentina (dois) - 30
Conjuntinho de chef da Mafalda: 70
Imãs de geladeira: 4 unidades por 10 pesos
cartaz temático (banda, cerveja, filmes) - 10 a unidade



terça-feira, março 27, 2012

Bons Ares - 17.03 - Palermando








O dia começou com café da manhã tomado em uma fiambreria perto de casa. Passamos na frente e Igor viu na vitrine um baguette lindo e quis. Compramos dois e comemos com suco de laranja, bom demais! Depois fomos passear pelo nosso bairro, afinal, chegamos a noite e no outro dia já partimos para o Centro. O dia foi destinado a Palermo. O bairro é dividido em Palermo Viejo, Palermo Soho e Palermo Hollyood. Caminhamos pela Armenia e fomos sentindo a rotina do lugar, tudo muito vivo! 







Passamos em frente a uma sorveteria que me chamou atenção, chamada Tufic e eu, como boa devoradora de sorvetes que sou, pedi pra fazer um pit stop e provei o de dulce de leche de lá. Muito bom! Ela é única, não existe outras pela cidade como a Freddo que tem, estratégicamente, em todos os pontos turísticos. Confesso que essa sorveteria virou meu chodozinho e sempre que passávamos na frente, eu tomava um! Mas indico pedir outro sabor além do de doce de leite, mesmo no pote pequeno (que foi o meu caso), pra não enjoar. Igor tomou o de Sabayon especial e menta, hmmmm. 





Seguimos com o passeio e demos de cara com a pracinha da Armenia e uma feirinha que percorria toda ela. Essa feirinha acontece todos os finais de semana a partir da sexta. Namorei uma bolsa da Mafalda e uma carteira, mas acabei deixando pra comprar em outro lugar, pois sabia que no domingo teria a feirinha de San Telmo. Tinha um caleidoscópio lindo também, com uma lente olho de peixe que dava um efeito genial. Mas também não compramos. 





Continuamos pela Armenia e chegamos na Costa Rica, uma das ruas que cortam a Armenia. Lá é cheio de restaurantes. Andando mais um pouco, demos na Plaza Serrano. Lá é um ponto chave do bairro. Famoso pelos vários bares descolados que rodeiam a praça e a feirinha nos finais de semana. Demos uma volta por lá, olhamos umas lojas, passamos por uns bares, sentimos a brisa e o clima portenho. Voltamos cruzando as ruas pra poder conhecer as "calles" de Palermo. 













Fomos zigzagueando até chegar nos "Bosques de Palermo". Passamos pelo primeiro bosque, cheio de árvores, laguinho com patinhos e pessoas andando de bicicleta, fazendo piquinique, namorando. Lembra o clima delícia do aterro. Fomos no Rosedal e tivemos uma sorte danada, pegamos todas as rosas abertas e lindas. Vermelhas, rosas e brancas. Em determinadas épocas do ano, de rosedal só sobra o nome. Ficamos um tempo por lá e depois tentamos ir no Jardim Japonês, ao lado (faz parte do "bosques de Palermo"), mas ele já estava fechado. Tudo bem, teríamos muitos e muitos dias pra ir lá, e é do lado de casa. 










A fome começou a apertar e a vontade de comer aqueeeela parrilha também! Fomos no restaurante Miranda, também em Palermo e nos esbaldamos. Deus, que coisa deliciosa! A carne derretia na boca, eu quase choro. Pedimos um Lomo e um Colita de Quadril (maminha) e dividimos, juntamente com a guarnição: batata na brasa (tipo cozida, só que feita na brasa) com creme de cebola. Tava tudo divino, de comer rezando. Na saída do restaurante, um moço tocando beatles no saxofone enquanto uma brisa fria percorria a cidade. Delícia de noite!





Na volta pra casa, já tarde, paramos na Tufic novamente e tomamos um de chocolate com mousse de maracujá (demais!!). A sorveteria fica aberta até 3am e o mais engraçado é que ela tava bombando!

Ah, uma coisa que vale ressaltar nesses relatos de viagem: Nos demos o prazer de desfrutar de tudo o que fazíamos com calma. Não ficávamos na correria pra conhecer as coisas, pra mudar de um lugar para o outro ou andar rápido. E isso foi a coisa mais gostosa da viagem: viver e curtir a rotina do lugar. Ir na padaria, tomar cerveja em casa, relaxar bastante e não precisar acordar cedo, já que Buenos Aires em sí só desperta tarde da manhã e segue seu ritmo até muito tarde da noite. E fizemos questão de nos locomover com nossos próprios pés, mesmo que fosse uma distância mais longa. BsAs é uma cidade construída pra caminhar. Quando precisávamos tomar uma condução, optávamos por ônibus, pra olhar a vista pela janela, em ultimo caso usávamos o metrô. Taxi? Apenas na ida e na volta para o Aeroporto, por uma questão logística! Mas no restante dos dias não entramos em nenhum, afinal, estávamos em um apartamento localizado onde toda a noite acontecia e que é deliciosa pra se locomover com os próprios pés! Palermo é o que há!

Chegamos em casa e tomamos a Quilmes litrão. Delícia saber que tá pagando R$3,00 em uma cerveja importada de 1 litro!

Aaaah, Buenos Aires!


Na ponta do lápis:


café na padaria: sanduiches + suco - 27
Sorvete (cada um) - 16

Bosques de Palermo: Rosedal é grátis!
Jantar no Miranda para dois - 230 (eles não cobram cobierto, apesar de ser uma tradição de lá! Em todos os restaurantes eles cobram uma média entr 10 e 15 pesos por pessoa de entrada!)