quarta-feira, abril 04, 2012

Lujan - 22.03 - Zoológico


É muito difícil escolher um dia pra ser o melhor da viagem, cada um tem um gosto e um charme diferente do outro e diferente de tudo o que já foi vivido, afinal, é tudo novidade a cada esquina: um café, um restaurante, o ônibus, um passeio ou uma simples rua. Mas é com facilidade que menciono esse dia como o mais emocionante de toda a viagem! O dia em que fomos para Lujan. Lujan é uma província da Argentina que fica a 60km da cidade de Buenos Aires e que não estava dentro do nosso roteiro mental de viagem. Certo dia estávamos andando por Palermo e pegamos uma revista de turismo que estava em cima de uma mesa de um restaurante que sequer sentamos pra comer, e, ao folhear, vimos que uma das opções de passeios para um lugarejo mais distante ficava em Lujan. O zoológico de Lujan! Quando vimos o preço, caro e em dólar, nos desanimamos, mas aquela vontadezinha de ir ficou guardadinha e não foi descartada, afinal, não se tratava de um zoologico qualquer que a gente vai, olha os bichos, dá tchauzinho, anda de pedalinho e vai embora, não! Se fosse isso, eu nem ia me animar, tanto que o zoológico de Buenos Aires ficava do lado de casa e não quisemos ir. A questão é que se tratava do único zoológico da América Latina onde os animais se relacionam diretamente com as pessoas. Isso mesmo! Começamos a babar quando vimos as fotos das pessoas dentro das jaulas com os leões e tigres, e, claro, achamos aquilo tudo uma coisa fora da realidade.

Procuramos então saber se havia a possibilidade de ir por conta própria, sem depender de excursão e de tantos dólares. Descobrimos um ônibus que deixa em frente ao zoologico e que passa a cinco minutos da nossa casa. Quando somamos o valor do transporte + o valor do ticket, vimos que saía pela metade do preço que a revista propunha. Perfeito! Lá fomos nós.

Acordamos cedinho e super empolgados. Quando chegamos na parada do tal ônibus, o moço apontou mais pra frente e eu ví o 57 saindo. Saí correndo feito uma maluca em direção a ele e só escutei um barulho estrondoso. Nesse minuto eu percebi duas coisas: a primeira é que o moço acenava para o lugar em que se compra a passagem e não para o ônibus, e, em seguida eu percebi também que esse barulho foi de uma lata de lixo quase da minha altura sendo derrubada. Ah, por mim, claro! Tentei fazer a doida, mas quando olhei pra trás, além daquele latão enorme virado e cheio de coisas espalhadas, havia também o meu namorado, o motorista e várias pessoas me olhando e rindo. Mas assim: rindo MUITO da minha cara. Pense! Entramos no ônibus e seguimos rumo à Lujan. Ah, tem que ficar atento na parada do zoologico, pois esse é um ônibus intermunicipal onde as pessoas pegam não necessariamente pra ir ao zoologico. Se você não pedir pra parar lá, ele passa direto!


A viagem durou em torno de 1h30 por conta das paradas,e, quando finalmente chegamos no destino final, nos vimos em meio a um lugar compĺetamente diferente de tudo o que havíamos visitado até então: chão de terra batida, poeira e tratores de perder de vista! Essa foi a primeira imagem do lugar. O zoológico, além de ser a casa de um monte de bicho, também é um museu a céu aberto! Eles possuem uma coleção enorme de tratores!



Quando chegamos, percebemos logo a diferença de lá para os zoológicos tradicionais: não tinha uma portaria com uma bilheteria, não! Uma pessoa que chegou lá para nos recepcionar e pegar o valor da entrada. Depois ela falou que mais à frente teria uma barraquinha onde podíamos pegar o mapa do local. Lá é tudo bem rural, parece aquelas fazendas gigantes onde o dono cria tudo ao mesmo tempo: tigre, papagaio, pato, cachorro! Sem exageros, lá é assim mesmo! 



Assim que chegamos, andamos rumo à jaula dos tigres (a mais temida e esperada do passeio), e, na fila para entrar nela, havia mais patos do que pessoas dividindo o território. Eu que tenho pavor de patos, nessa altura de campeonato já tava fazendo carinho na cabeça e tirando foto deles. Afinal, o que é uma bicada de um pato pra quem tá prestes a entrar na jaula do leão e do tigre, né?

dando leitinho

Quando finalmente chegou a nossa vez, minha perna começou a tremer, juntamente com as piadinhas que surgiam o tempo inteiro daqueles que ainda estavam na fila: "boa sorte! Espero que você volte com boas histórias! Ele parece tá morrendo de fome! Ele vai sentir o cheiro do filhote dele!" Enfim, deixamos as bolsas lá fora e entramos apenas com as câmeras, óbvio!! Na jaula tinham  5 tigres grandes e 5 humanos felizes, contando com o domador deles. Passamos dez minutos com eles, que até então estavam calmos, até que um decidiu "brincar" com o outro, correndo feito malucos e pulando bem alto. Tremi nas bases, aliás, trememos. Uma tensão gostosa! No final deu tudo certo: alisamos os tigres, tiramos fotos com eles e, pasmem, o Igor deu até leite na boca deles. E eu, claro, registrei tudo! 




Saímos de lá com uma alegria e uma vontade monstra de desbravar aquele lugar. Cheia de euforia, quis logo ir na jaula do leão! Acontece que no meio do caminho nos deparamos com a coisa mais fofa de todo o zoológico: os filhotinhos do tigre! Pegamos ele no colo, uma fofura só, e, apesar de ter apenas dois meses de vida, já faz aquele barulho feroz. A coisa mais fofa. Quase morri do coração quando o Igor colocou o tigrinho no colo. Ele ficou bem aconchegadinho lá, tanto que pra tirá-lo depois foi um sacrifício! Até a moça que toma conta deles ficou impressionada! Ah, os tigrinhos dividem o mesmo espaço com os cachorrinhos. Durante o dia eles ficam separados dos pais, por conta da rotina do local e a noite eles ficam juntinhos. 






Depois do tigrinho, passamos na jaula do leão! Só tínhamos eu e o Igor pra entrar nela e um leãozão enorme, deitado. Dessa vez eu dei leitinho pra ele também, a língua é enorme e parece uma lixa. Adrenalina nas alturas! Ele tava calminho, não fez nenhuma estripulia... Mas e precisa? era um leão, gente! Enorme! Depois disso, seguimos para o passeio de Dromedário. Ele é bem altão! Subimos em uma plataforma pra podermos montar nele.



Rodamos pelo zoológico e fomos curtindo aquela paisagem linda, bem campestre mesmo! O lugar me remetia a minha querida Aldeia, cheia de mato, bicho solto pelo sítio e cheiro de campo. Tudo bem rural! Vimos os macacos, o gorila, o urso gigante, iguana, os leões marinhos cheios de malandragem, fazendo uma dancinha sincronizada pra ganhar comida! Tucano, arara azul, furão, uma beleza!



dancinha

Quando pensamos que já havíamos rodado tudo, lembramos do elefante! Ele ficava lá no finalzinho do zoológico, em uma área bem reservada. Quando chegamos lá, nos deparamos com aquele bichão imenso atrás de uma barreira! Gente, era imenso! Do tamanho do teto da minha casa! Pelas fotos  parece menor, mas é porque estava bem afastado da gente (vide a distância entra os pés do Igor e as patas dele) de modo que os tamanhos não ficam proporcionais.




Eu pensei, aliviada, que fosse só chegar lá, olhar, tirar umas fotos e partir. Mas que nada! O homem puxou logo o Igor e colocou na mão dele um pedaço de maçã pra dar pro elefante, mas a gente tem que ficar de costas, pra não ser capturado pelo bicho! E é aí que a aflição aumenta ainda mais, pois você não sabe quando o elefante vai pegar a fruta. Ele pega com a tromba e leva até a boca. Depois foi a minha vez. Só que um pouco diferente do Igor, pois o elefante me achou cheirosa e sugou minha mão completamente. Ahhhhhhhhhhhhhhhh! Que nervoso!!!!! Chupou a minha mão! 


Saímos do zoologico e fomos esperar o ônibus de volta pra Buenos Aires. A parada de ônibus era bem beira de estrada, e, de lá, víamos a cerca do zoológico e um monte de bambi brincando. Lindo!


Tomamos o ônibus de volta e como ainda tava cedo e o comércio lá só fecha tarde (por volta das 21h), fomos na Córdoba 5000, avenida conhecida pelas lojas! Até então não havíamos achado nada barato, mas não custava dar uma checada! O Igor tava atrás de uma bota de tracking. Andamos um bom pedaço da Córdoba (que é gigantesca) e não achamos o sapato dele, e, quando já estávamos sem esperança de nada, achei um tênis botinha estilo all star, só que da Levis. Exatamente da cor que eu queria e com um descontão! Comprei na hora. E o Igor, pra não dizer que não comprou nada, voltou com um casaco de cachemir, lindo! 

Saímos de lá à caça por um restaurante para jantar. Rodamos, rodamos, rodamos e acabamos em um restaurante que sempre passávamos na frente e não ficávamos. o Reencontro. Lá é esquema de rodízio, paga um preço fixo e come até enjoar. E, claro, foi o que fizemos! pedimos de tudo: massas, carnes, saladas, mais carnes e o que mais tivesse. A comida era boa, umas pedidas mais certeiras que as outras, como deve acontecer em todo rodízio de tudo. A provolleta de lá tava uma delícia! Mais tostada do que a do El Mirasol. Os queridinhos da noite foram o gnocchi com molho de espinafre e o filé de porco (cerdo). Tava tão bom que pedimos duas vezes!




Na volta pra casa, passamos em frente à Freddo e tomamos coragem pra comprar A Rosca Gelada. Desde o dia em que chegamos, passamos na frente da sorveteria e vemos aquela propaganda de páscoa na porta: uma torta-sorvete de fazer qualquer um babar. Acontece que é uma torta de sorvete com dez fatias e que custa 99 pesos. Por outro lado: o que são dez fatias pra quem come bolas e mais bolas de sorvete? Sem contar que estávamos de viagem, que ela era de fazer qualquer ser humano parar na vitrine, sem contar que é edição limitada de páscoa, enfim, compramos e saimos correndo pra casa!



Gente, acreditem, ela é muito mais gostosa do que na foto!

Uma camada de chocolate meio amargo, uma camada de chocolate branco, uma camada de chocolate ao leite, recheio de doce de leite com amendoas e cobertura de chocolate com ovinhos de chocolate recheados de doce de leite. Tudo com a qualidade Freddo.

Morri!

Na ponta do lápis:


Passagem pra Lujan por pessoa: 20 ida e volta
Ticket do zoologico por pessoa: 100
Jantar por pessoa: 80 pesos + refrigerante 




segunda-feira, abril 02, 2012

Bons Ares - 21.03 - Puerto Madero

Logo cedo fomos ao Centro resolver umas questões burocráticas do apartamento: havíamos acertado apenas sete dias e queríamos alongar a estadia por mais 3. A burocracia, na verdade, foi zero. Pagamos o proporcional a cada dia (sem custo extra) e fomos super bem atendidos pela moça da BYT. O esquema é organizado, eu indico! Além de ser uma maneira prática e segura de ficar hospedado em BsAs, o valor compensa, além do conforto: O ap vem todo equipado com toalhas de banho, lençois, secador, ferro de passar roupa, cofre e até sabonete!  Aproveitamos que já estávamos no Centro e fomos trocar uns dólares, dessa vez no Banco Piano, pois já havia passado das 15h. O Banco de La Nacion funciona até às 15h e o Piano até às 16h. Mais uma vez: papel da imigração em mãos!

Depois de tudo resolvido, partimos pra Puerto Madero a pé, fica pertinho do Centro! A idéia era ver o pôr-do-sol por lá, conhecer o local e depois jantar no El Mirasol ou no Cabana Las lilás. Estávamos com os dois na manga. Todos os livros turísticos indicam o Siga La Vaca, mas quando você procura saber direitinho, só escuta crítica. 







Chegamos lá, e, confirmamos o que mais se ouve: Puerto Madero é o oposto do restante de Buenos Aires. Enquanto que a cidade inteira é colorida com tons pastéis que oscilam entre o bege, o rosa e o cinza, Puerto Madero é uma grande metrópole, super moderna e espelhada! Arranha Céus enormes e muitas empresas grandes alojadas por lá. De cara, já avistamos a Ponte de la Mujer, onde o arco branco que passa por cima do canal simboliza o sexo feminino e as astes, o sexo masculino. Ao fundo, vemos os mais variados designs de prédios, um mais cheio de vidros do que o outro! Apesar de ser diferente do estilo antigo de Buenos Aires, é bem bonito.



É na beira desse canal que ficam os restaurantes chiques, na rua Alicia Moreau del Justos. E são muitas as opções, de perder de vista! 

Quando estávamos atravessando a ponte, umas meninas se aproximaram com a câmera delas e tentaram se comunicar. Entendi que era pra tirar uma foto delas. Quando peguei a câmera ela perguntou se podiam tirar uma foto com a gente. O mais engraçado foi a cara de envergonhada, e, ao mesmo tempo, de empolgação que elas ficaram ao tirar essa foto! Depois que saímos ficamos achando que elas confundiram a gente com algum famoso! Vai saber! Passei uma semana inteira ouvindo que pareço a atriz de O Artista. rs


Andamos por Puerto Madero e passamos por um campo onde pessoas andavam de skate e etc. Buenos Aires se assemelha muito com o Rio no que diz respeito a prática de esportes: o tempo inteiro, não importa a hora ou dia da semana! 


O dia começou a cair, trazendo com ele um tom roseado no céu. Afora a poesia, trouxe também um punhado de fome! Atravessamos de volta e caminhamos por toda a Calle Alicia M. Del Justos atrás do nosso restaurante! Primeiro passamos pelo Cabana Las Lilás, mas achamos meio esquisitinho. Seguimos pela rua e lá no final tinha o El Mirasol, bem mais convidativo. E foi lá que ficamos!


provolleta










De entrada pedimos a primeira Provolleta da viagem. Se soubesse que era tão gostosa, teria começado a pedir antes, mas tudo bem, teve tempo pra isso! Provolleta nada mais é do que o queijo provolone na chapa com orégano e azeite. Mas parece que eles fazem de um jeito que fica uma coisa! Como pedimos uma entrada, perguntei ao garçon se o cobierto poderia ser descartado e ele explicou que até poderia, mas seria cobrado do mesmo modo, pois é uma tradição dos restaurantes portenhos. Todos eles cobram o cobierto. Foi bom esclarecer essa questão, pois até então não sabíamos se era obrigatório ou não, pois sempre comemos e então sempre pagamos sem questionar. Acho que já falei, mas o cobierto varia entre 8 e 15 pesos por pessoa.







Pedimos um Ojo de Bife e uma Colita de Lomo. Tava muito, muito, muito bom! Tanto que precisei perguntar para o garçon qual era o segredo para a carne argentina ser tão absurdamente macia e saborosa. Ele então explicou o óbvio: A Argentina, como vimos lá de cima do avião, é um lugar rasteiro, diferente do Brasil que tem muitas montanhas. Desse modo, os pastos são retos, e, consequentemente, os animais se exercitam menos e possuem uma carne macia! Tá explicado! Quando cogitei pedir uma picanha, ele retrucou: "você viaja quilometros e quilometros pra comer picanha que tem no seu país???" Então tá,né? 






Usufruimos daquele jantar delicioso com vista para o canal todo iluminado, mais brega romantico impossível! Depois aproveitamos as luzes da cidade para tirar umas fotografias noturnas! Tomamos um café em uma cafeteria que não lembro o nome e seguimos para Palermo, na expectativa de pegar o Supermercado Disco aberto. Ah, é! O namorado compartilha da mesma paixão por supermercados, ainda mais os elaborados. Podemos passar horas passeando pelas prateleiras atrás de uma cerveja ou um tempero diferente, e foi exatamente isso que fizemos! A questão é que ao invés de "uma cerveja diferente", nos empolgamos e compramos bem umas dez cervejas diferentes de várias regiões do mundo pra experimentar! 


detalhe para o mini chandon rose!




Também pudera, enquanto que no Brasil pagamos uma média de 11 até muitos reais em uma cerveja importada, lá encontramos várias (que sequer conhecíamos) por uma variação que ia de 7 a 11 pesos. Essa valor convertido pra real sequer paga a Antartica Original do boteco da esquina de copacabana! Fizemos a farra mesmo! Aliás, não só com cerveja: aproveitei e dei uma de fina, comprando chandon mais barato que Salton. Tá bom, né?


Na ponta do lápis:
Jantar no El Mirasol - 340
Cafezinho - 10
Festa no supermercado - 200



sexta-feira, março 30, 2012

Bons Ares - 20.03 - Recoleta

da janela preguiçosa do quarto - namorinho!


O dia amanheceu cheio de uma preguiça que nos fez levantar da cama às 11h. Parecia que tinham umas dez mãos puxando a gente naquela Super King. Depois de muito lengar, não teve jeito: Rua! 

eu, super empolgada pulando as poças! uhuuuu!
E lá fomos nós, embaixo de chuva (e das marquises) e sem guarda-chuva. Pra dar aquela animada, fomos tomar o café da manhã no Bar 6. Super recomendado! Ele fica na própria Armenia, umas quatro quadras depois da nossa casa. 


Entramos no Bar 6 e de cara me agradei!  A luz baixa, o cheirinho de café e os sofás ao redor da mesinha baixinha de madeira prontos pra nos aquecer após o banho de chuva. Não perdemos tempo e nos jogamos nele! Tinham algumas opções de Desayuno, dentre eles o americano que vinha bacon, ovo e toda essa gordura que americano adora. Ficamos com o desayuno portenho mesmo: torradas, media lunas, geléias, cream cheese, sanduiche de jamon y queso, suco de laranja natural e café com leite! Mas a verdade é que o café da manhã de lá não se compara com o nosso, cheio de coisas, não importa a pousadinha que fique!


Quando terminamos, a chuva já havia dado uma trégua e partimos pra Recoleta! Primeiro fomos ao Cemitério onde foram enterradas as principais figuras de Buenos Aires, dentre elas, Eva Peron! Parece um pouco tosco, mas é um passeio que vale a pena, tanto que tá entre os pontos turísticos e só o que tinha eram pessoas com a câmera pendurada no pescoço. A arquitetura é belíssima! As tumbas ficam a mostra e o cemitério parece uma cidadezinha, cheia de ruas com igrejas e casinhas!




Ah, os gatos marcam presença! Em toda esquina tem um ou dois. Conta a lenda que os familiares levavam gatos para tomarem conta das tumbas! Rodamos por lá, vimos a tumba da família Duarte (da Eva Peron), de guerrilheiros e de chefes de Estado. 


Exercitando!

Think about

Passeamos por umas praças lindas que tem em Recoleta a caminho do Museu Nacional de Belas Artes, um dos lugares mais incríveis visitados na viagem! Uma infinidade de obras primas, tais como Monet, Picasso e Van Gogh. E o melhor: gratuito! Não tem fotos pra registrar esse momento, porque não é permitido fotografar. Mas tá tudo guardadinho na retina!

Saímos do Museu e fomos em busca da Flor de aço,  monumento famoso e que estampa vários cartões postais de lá. Seguimos o mapa, e, achando que ainda estávamos distante, nos deparamos com aquela monstruosidade! Ela era muito maior do que esperávamos! E linda!!! 


Fica dentro de um lago que fica transbordando. Beleza pura. Essa flor fica aberta durante o dia e se fecha a noite. Quando chegamos não tinha ninguém. Um gramado enorme e limpo e ela ao fundo. 

:D

Depois chegou um grupo de turistas e saímos em busca de mais belezas. Coisa bonita é o que não falta no bairro da Recoleta. Quando saímos da área da flor, passamos em frente a faculdade de direito, mega imponente e seguimos para o Palácio de vidro, onde vimos a exposição que estava lá, também gratuita! Ah, lá era permitido fotografar!

Faculdade de Direito de BsAs

palais de glace

Depois de tanto passeio, a fome apertou e já tínhamos escolhido o restaurante que iríamos comer: O José Luis. Cozinha espanhola! Mas, ao chegar lá, o restaurante ainda estava fechado e só abriria as 20h. Ah, vale falar que os restaurantes abrem tarde pra jantar, a maioria abre por volta das 21h.  O "jeito" foi fazer hora no Aroma. Espaço mega aconchegante que vende doces, tortas, cafés e sorvete da freddo. Eu tomei um de chocolate e doce de leite e Igor tomou um de chocolate amargo e creme irlandês. Aproveitei e comprei um vidro de doce de leite pra trazer na bagagem! O mais impressionante é que o pote de doce de leite é mais barato que o sorvete tamanho pequeno. Vai entender!


mas é gato, viu? : )

Demos um rolé pela praça da Recoleta e o céu tava deslumbrante! Tiramos algumas fotos por lá e passamos na igreja da praça,onde estava para começar uma missa! Saímos de lá fomos para o José Luis!

Igor na nossa mesa, no lado direito

A Espera valeu a pena demais. O lugar é lindo! Tem um jardim incrível do lado de fora, e, claro, foi onde ficamos. Clima super romantico e agradável. 

eu tomando nota aqui para o blog!


Comemos o cobierto e pedimos uma Paella de frutos do mar. Quando o prato chegou, fomos para a parte de dentro do restaurante, pois o frio deu uma apertada e o prato iria esfriar! Ahhh! Quase que me esqueço!!! Decerto a dona do estabelecimento quis nos agradar e colocou música brasileira pra tocar, e, adivinhem só? Pêpê e nenem, Leandro e leonardo, e, pra fechar com chave de ouro: KLB. A sorte é que a comida tava uma delícia! 


De bucho cheio, partimos pra Palermo e passamos no único mercadinho que tava aberto para nos equipar com vinho e cerveja. Resultado? Bebemos tudo que tinha na geladeira, conversamos sobre coisas que nem existem e fomos dormir bêbados e felizes!



Na ponta do Lápis :

Desayuno: 30 por pessoa
Cemitério: grátis
Museu de Belas Artes: Grátis
Palais de Glace: Grátis
Sorvete da freddo: 20 cada
Doce de leite da freddo: 19
Jantar no José Luis: 315
Vinho no mercadinho: 18

quinta-feira, março 29, 2012

Bons Ares - 19.03 - Palermando parte II




Por mim, poderia ter Palermado o tempo inteiro. Ô lugarzinho gostoso pra passear, namorar, comer  ou simplesmente, caminhar. Então usamos a desculpa de ainda não ter conhecido todos os pontos turísticos do bairro, pra ficar nele durante o dia inteiro! 


Primeiro fomos no Jardim Japonês, pra não correr o risco de pegá-lo, novamente, fechado no final da tarde. O dia tava lindo! Pagamos o ticket e em seguida percebemos que o troco tava errado! Voltamos na portaria e a moça deu o restante. Essa foi a única vez que aconteceu com a gente, mas é bom ficar ligado!


Pra começar, comprei logo um picolé pra refrescar, sabor Batida de Piña, da Arcor. MUITO BOM! Depois seguimos pelo jardim. É bem bonito, cheio de bonsais, pontes, peixes no laguinho,monumentos e muito verde. Nos esbarramos com os conterrâneos o tempo inteiro. Todo mundo falando portunhol e depois percebendo que era tudo farinha do mesmo saco! O Jardim é relativamente pequeno, passamos menos de uma hora por lá e seguimos para o Museu Malba. 






Ele é bem bonito, voltado para obras da America Latina. Vimos alguns até do Rio e da Paraiba! Ele é todo tomado por uma arquitetura moderna que foge ao estilo imaginário de museu! Muito vidro e muito branco, bem clean. Vimos as exposições que estavam por lá,e, dentre elas, um quadro todo pintado de preto. SÓ. Daí escuto do Igor: "Uma coisa é um ovo quebrado, uma merda no prato... Outra coisa é um quadro todo pintado de preto." Ai já é demais, né, namorado? Passamos horas rindo disso. Mas, além do quadro preto, tinham outras coisas legais. Nada diferentão, mas bonito de olhar. 


Ao percorrer todo o MALBA, percebi que não esbarrei com as obras da Tarsila do Amaral e foi quando soube que as principais obras estavam emprestadas para o museu de Huston. Uma pena! De tudo, o que mais curti foi esse banco:

essa raíz de madeira faz uma trepadeira pelos andares!

Saimos do Malba famintos e fomos comer no Restaurante do Guido (Italiano). Tínhamos visto ele no guia de viagens da América Latina que meu namorado comprou e nos chamou atenção o fato de ser um menu fixo, o Menu Degustação, onde você paga um tanto e tem direito a entrada, prato principal, bebida e sobremesa, sem saber do que se trata. Tipo um menu surpresa onde o livro fazia questão de dizer que, apesar de você não escolher o prato, não tinha risco de sair de lá sem comer muito bem! 



Como estávamos próximo a ele, resolvemos arriscar. E que bom! Nossa mãe, chegamos lá com a luz do dia e saimos já escuro. A degustação não tinha fim! 

Primeiro chegaram as duas gasosas (isso eles deixam escolher, pedimos 7up!) e depois veio a entrada, por sinal, o melhor da casa. Comemos sem pena, tanto que o pão acabou e eu comecei a colocar as coisinhas em cima da pizza, até que o garçon trouxe mais pão. Foi a entrada mais feliz de nossas vidas, tenho certeza. Tava divino, limpamos os 5 pires e não acreditamos que ainda tinha o prato principal!

água na boca só de lembrar!

Em sentido horário: uma espécie de canjiquinha temperada, beringela com pimentão, pepino com molho de mostarda, duas fatias de pizza deliciosas e champignon com palmito, kani e lula. Todos bastante temperados, delícia!!!

Quando pensamos que o prato principal estava a caminho, tivemos uma surpresa! Entrada parte II! Duas tortas, uma de queijo com batata e a outra de verduras. Ambas deliciosas!



Quando terminamos as entradas, já estava praticamente satisfeita, mas como sou maga de ruim e o namorado também, mandamos ver nas duas massas que o chef preparou pra gente. Ele optou por fazer uma pasta branca e a outra vermelha, de modo que pudéssemos compartilhar e conhecer um pouco de cada tempero da casa, boa pedida! Um funghi e o outro de tomate com rúcula e manjericão. 




Agora era a vez da sobremesa! E aceitamos só por uma questão brasileira de que "se paguei, vou comer tudo o que tenho direito". Mas já estávamos no limite e comemos um pouquinho de cada coisa, mesmo porque, a sobremesa estava mais bonita do que saborosa! O cafézinho que era a última coisa do menú degustação, deixamos para a próxima. O Igor preferiu tomar em uma cafeteria, mais tarde!


Saímos de lá felizes da vida e fomos até a Santa Fé, atrás de uma loja que vende all star cano alto por 70 reais. Bom, a verdade é que até agora não descobrimos onde ela fica e eu acho que isso foi viagem de uma colega, que indicou, pois em todas as lojas que passamos, o all star tava na faixa de 340 pesos, mais caro que no Brasil!

O tempo deu uma virada e começou a esfriar, mas continuamos o passeio. Ao chegar na Av Santa fé,já sem fé em achar o sapato, começou a chover, e, em seguida, começou a chover granizo! Mas não era granizo do tamanho de uma bolinha de gude não! Meu namorado quase foi atingido por um granizo maior que essa torta da foto acima! Entramos no Shopping Alto Palermo e ficamos impressionados olhando aquele festival de gelo voador em cima dos carros, dos guarda-chuvas e do asfalto.  Aproveitamos que já estávamos por lá e demos uma volta até que a chuva passasse.


Andamos até em casa e abrimos uma Quilmes litrão e uma batata Lays. Pronto, foi a diversão da noite e serviu pra puxar aquele soninho profundo!

Na ponta do lápis:

Jardim Japonês - 16 por pessoa
Malba - 50 por pessoa
Menu degustação do Guido - 120 por pessoa
Chuva de granizo - não tem preço!



quarta-feira, março 28, 2012

Bons Ares - 18.03 - Dia de feirinha!!!





Domingo é dia de feirinha em qualquer lugar do mundo, inclusive, em Buenos Aires. E eu piro em uma feirinha, adoro! Acordamos mais cedo que nos outros dias e partimos pro bairro de San Telmo, onde acontece a feirinha de antiguidades nos finais de semana. Pegamos um ônibus que nos deixou próximo ao fuzuê. Chegamos lá e já demos de cara com uma animação que me fez sentir na feirinha do Lavradio, do Rio de Janeiro (que por sinal eu amo!). 




Artistas de rua, pessoas tomando cerveja nos botecos, gente feliz, sol esquentando o quengo e muita, muita barraquinha com mimos portenhos e outras tantas com artigos antigos. E é esse o foco da feirinha de San Telmo: antiguidade! Muita! Selos, tampinhas, garrafas, vinis, cristais, louças e tudo que se possa imaginar nesse âmbito! Me senti transportada para a casa dos meus sogros, mesmo estando a quilômetros de distância. Em quase todas as barraquinhas eu falava: Eita, essa é a loja da Soninha! Lá na casa deles é assim... Um parque de diversões para diretores de arte de cinema. Mas isso eu conto em um outro post.


Como ainda não havíamos tomado o desayuno, acabamos comendo as delicinhas que apareciam no meio da rua: Empanadas bolivianas!!! A massa lembra a de risole e o recheio parecia o recheio do taco. Não era uma delícia, mas era bom! Seguimos primeiro pela lateral da praça, onde tinham as barraquinhas com presentinhos e coisinhas de feirinha normal, sem ser antiguidade: blusas, bijus, imãs e enfeitinhos. Mas eu achei meio fraquinho, nada além, ainda mais pra quem é acostumado com a feirinha de Ipanema e a do Lavradio. Mas me apaixonei por um conjuntinho de Chef de cozinha da Mafalda, com avental e chapéu e comprei. Liiiindo!





Continuamos a rodar pela praça e vimos uma bandinha tocando ao vivo e a gringalhada ao redor fotografando, batendo palma e colocando umas moedas no chapéu, clássico,né? Olhamos o restante da feirinha, os vários artigos antigos e eu sempre na maior tensão pra não quebrar nada! Tinha um vinil do piazzolla lindo. Tinham uns telefones coloridos e muita prataria e cristais. Ao terminar a feira, me senti meio vazia! Eu tinha apostado todas as minhas fichas nessa feirinha, jurando que ia torrar grande parte dos pesos por lá e voltar cheia de muamba, mas não foi o que aconteceu. 


Av. Del Libertador




Como ainda tava cedo, pegamos nossa lista de dicas de viagem e vimos que nos finais de semana também acontece a feirinha da Recoleta. Não titubiamos e nos mandamos pra lá. Pegamos um ônibus que nos deixou na Av Del Libertador, outra artéria gigante de Buenos Aires, e, de longe, já vimos a movimentação no local. Um gramado gigantesco cheio de pessoas e rodeado por barraquinhas. Nossa! Era aquilo que eu tava querendo!!! E fizemos a festa. Compramos vários mimos pra casa (quadrinhos, imãs, enfeitinhos, etc), comprei algumas roupas pra mim, bijus lindas e  maioria dos presentes também levamos de lá! 


Batuque! Todos lindos! Igor comprou um





A pracinha tava cheia de gente, cheia de cultura, apresentações nos gramados com bandinhas locais, rodas de capoeira, barraquinhas de lanche, uma farra só! Passamos o restante do dia por lá, e, já de noite, jantamos no "Café Victória". Como estávamos empanturrados de tanta carne, optamos por um prato mais leve. Eu fui no fetuccine a bolonhesa e o Igor pediu risoto de salmão. Pra variar veio aquela entrada cheia de pães, torradas e pastas. 






O local era super agradável e curioso: olhamos ao nosso redor e observamos que éramos os unicos com idade menor que 60 anos!!!


De lá, passamos em uma sorveteria chamada "Volta" que também tem em outros bairros de BsAs. Achei o sorvete mais fraquinho em comparação com a Tufic e a Freddo. Mas é sorvete, né? Tá valendo!


Os docinhos do Volta. Hmmm




Voltamos pra casa de ônibus e tomamos a cerveja da Patagônia acompanhada do salame e queijo artesanal que comprei na feirinha da Recoleta. Ê beleza!


A cerveja da Patagônia é um pouco aguada




Na ponta do lápis:
ônibus pra San Telmo para os dois: 2,50 
Queijo e Salame artesanal: 20 cada
Almojanta no Café Victória: 180
Sorvete pequeno Volta: 14


Preço de alguns dos mimos comprados:


Calça peruana (duas) - 150
Pulseira do norte da argentina (duas) - 40
Colar do norte da argentina (dois) - 30
Conjuntinho de chef da Mafalda: 70
Imãs de geladeira: 4 unidades por 10 pesos
cartaz temático (banda, cerveja, filmes) - 10 a unidade