O dia-a-dia é tranquilo, tudo bem, a rotina easy going, erro muito, aprendo rápido, questões, relações, resoluções, sintonias, enquadramentos, o naturalmente, o deslizar, insights. meu namorado sorri largo e também se comove e emociona com o belo. quando triste, ele deita no meu colo dentro de um abraço e tudo volta a ser conforto, quentinho, suave. minha paixão é recíproca, meu amor é regado. não tenho dor de amor partido, alfinetado, mal resolvido, mal vivido ou mal amado. minhas saudades são mutuas. meus amigos, que não são muitos mas fundos, estão pelo mundo afora e ao mesmo tempo bem pertinho. minha mãe me chama pra construir junto com ela mas precisa de um puxão, que eu dou com prazer. meu pai diz que tá tudo bem e compara corpo humano com baldes de frutas, acerolas e mangas. meus irmãos crescem longe de mim mas perto no coração. o dinheiro não é muito mas não me falta. tá tudo certo, é tudo água, olho pra fora e gosto da chuva. é tudo Peixes.
Mas quando bate a peste ariana, não carece mais de uma frase pra explicar, 'pedindo licença': minha pomba gira perde feio.
Áries, querido, não adianta seduzir os demais com seus truques, criatividade, arte, seu sexo, carisma, luz, beleza, espirito livre e títulos de poemas e músicas pra disfarçar esse cão que te carrega. Aceita que, querendo ou não, tem um peixinho nadando no meu Aquário, dentro de mim, tomando espaço. Não adianda teimosia. Um peixe que tá com uma vontade danada de crescer ainda mais, tomar corpo e amadurecer, te ofuscar, que grave, te ofuscar, como nunca quis antes nessa vida astral.
Último conselho: pra sobreviver, sugiro que conviva bem com ele.
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