Hoje me senti na liberdade de falar sobre ela.
Uns pregam que liberdade é estar tranqüilo para fazer suas próprias escolhas sem interferências, outros crêem que no fundo é um troço que dá medo e não é seguro. Existe ainda o pensamento prematuro e mais superficial de que ser livre é ser solteiro.
Levando em conta que não existe verdade absoluta, juntando os três, teríamos a livre escolha que, de tão livre, pode causar medo, susto e insegurança, já que somos pessoas e pessoas quase sempre são condicionadas à opinião alheia. (Não consegui fazer uma junção com o solteiro, desculpa aos que pensam que liberdade é isso ou apenas isso!)
A questão é que diante do paradigma do to be or not to be that is the question , percebo à olho nú, sem vestes ou lupa, que toda e qualquer tentativa de liberdade absoluta custa um preço, as vezes bem alto. E, mesmo com o preço alto, não podemos tê-la por completo. Quando falo 'podemos' me refiro a qualquer pessoa.
Vejamos: Fazer suas próprias escolhas sem que ninguém meta o bedelho, significa não reclamar depois com quem quer que seja e isso implica em ter segurança suficiente para fazer o que quer que seja sozinho. Para ter segurança em fazer o que quer que seja sozinho, também é necessário ser independente em alguns quesitos importantes: financeiro, afetivo e emocional.
Se o homem conseguiu chegar nesse estágio e está prestes a abrir o chandon para comemorar tamanha liberdade, eis a surpresa: Ele se encontra, mais do que nunca, em estado de escravidão do sistema.
Logo, não existe um ser indubitavelmente livre.
2 comentários:
Gostei demais desse texto,carlinha. Tuas palavras foram me guiando. Acho que liberdade é aceitar que até mesmo a liberdade tem limite,né. Eu sou do primeiro tipo de pessoa, que acredita que liberdade é estar tranquilo para fazer as próprias escolhas, mas sabendo dos limites.
e o que não falta é gente idiota que quando é perguntada sobre o que é liberdade, responde de primeira (segunda, terceira) que é pegação. Certamente, lendo esse texto, não iam entender mais nada da metade para o fim. Coisas da vida, a liberdade de ser um (uma) idiota!
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